PoeTwittar
Liberdade para opinar, falar besteira e reclamar da vida (antigo ProviSório - como tudo que nos rodeia).
10 de marzo de 2024
Pobres Criaturas
9 de marzo de 2024
25 de febrero de 2024
ANATOMIA DE UMA QUEDA | Trailer Oficial
20 de febrero de 2024
Forestella - Despacito
30 de enero de 2024
Cia. Teatro do Incêndio - ÁGUAS QUEIMAM NA ENCRUZILHADA
21 de enero de 2024
Death In Venice | Morte em Veneza (1971) - Luchino Visconti
1 de enero de 2024
De imagens e espelhos (revisto atemporalmente ad eternun)
Ou à refletida no vidro escuro de um shopping qualquer?
Espinha amarela, lábio rachado,
uma pinta fora de lugar,
sangue na blusa,
gordura localizada, riso idiota.
Sou tudo isso?
Ou é apenas uma vaga e efémera ilusão?
E se não consigo saber algo tão simples,
como tu queres que saiba teus segredos?
Por favor, descreve teu rosto,
descobre teu corpo,
pinta tua puta áurea imunda.
Preciso de uma pista. És covarde.
Tu me vês e num piscar de olhos
extrais o pouco que resta.
24 de diciembre de 2023
NAPOLEÃO | Ou o Waterloo de Ridley Scott
Preleção e Mundo Coporativo #Fluminense #Futebol
10 de diciembre de 2023
Traidor
«Por favor não me procura mais...»
Sábias palavras. Curtas e grossas. Que nem corte de canivete afiado em pedra-pomes.
Esperava mais de ela, mas a ingratidão é uma das características do ser humano mais subestimadas.
Tento entendê-la, usar da minha empatia. Pensar se ela agiria diferente se eu ainda servisse para algo.
Culpa?
Não. Sou levado por incertezas e atos não refletidos.
Impulso?
Veja bem, não sou de ferro.
E a beleza feminina é a única coisa que nos salva neste mundo tão cheio de guerras e atrocidades.
É tanta besteira que me sinto como um Bukowsky tupiniquim. Mas diferente do Deus beatnik - não aguento mais beber nem transar.
A vida me traz lembranças de uma certa noite em São Gabriel. Onde o frio era tão intenso que tentava dormir de meias e com botas.
Não sou o mesmo. Nem sei mais escrever direito. Estou longe daquele garoto que tinha tanta raiva dentro de si. Que escrevia horas sem parar, apenas reclamando da vida, das mulheres e do cotidiano.
Se alguém viesse me perguntar o que houve para parar de escrever, diria apenas que a culpa é de anos e anos de antidepressivos, tratamentos ineficientes e choques no hemisfério esquerdo.
Drogas e drogas sem parar.
Ou talvez seja tudo fruto de tanta bebedeira inconsequente. De garrafões de vinho barato, cachaças de má índole e vodcas que lembram mais desinfetantes hospitalares.
Acredito ter dito tudo isso no passado, quando ainda tinha vontade de viver e aproveitar da vida. De querer curtir o momento como se fosse o último. De viver intensamente que nem propaganda de refrigerante.
Tornei-me obsoleto, velho.
Vi esse dias uma peça de Gerald Thomas. E fiquei pensando de como a arte pode ser usada para enganar os desavisados.
Cadê a insurgência do passado, a virulência, a raiva e a contestação?
Tudo ficou pra trás. Tudo virou enfadonho, repetitivo e usa e abusa de uma verborragia que não passa de frases feitas e lugares comuns.
Mas voltando ao começo, como diria o professor que perdeu suas fichas e não sabe mais o que falar na frente de imberbes e idiotas em plena década de 80.
Ela disse para deixa-la em paz, caso contrário procuraria as autoridades. Pois bem, ou ela é muito ingênua ou foi contaminada até o mais recôndito neurônio com o discurso hipócrita do Me Too.
O que me incomoda no Me Too? A hipocrisia que condena o abuso sexual mas faz vista grossa à indústria do espetáculo que usa meninas hipersexualizadas para gerar mais e mais lucro.
Torpes! Torpe vem de torpor. Homem que vive alienado e é presa fácil de coachers, políticos de direita e meninas interesseiras. São do tipo que vestem a camisa da empresa, se orgulham do trabalho, mas que na primeira oportunidade - são dispensados que nem lixo.
Esquece.
Esquece que estou a escrever palavras desconexas. Que estou a me desiludir mais uma vez com suas palavras.
Sou tão carente que qualquer sorriso feminino e bonito me faz sonhar acordado.
Você já viu o sorriso de uma mulher bonita hoje?
Ando pelas ruas, parques, gramas, cascalho e terra vermelha. Não acho ninguém. Não vejo ninguém.
É de noite agora e vou ao Lanterna para ver se encontro alguém. Mas não. Nenhum amigo, colega, conhecido ou desafeto. E muito menos um sorriso bonito. Uma dentadura branca e perfeita. Uma sobrancelha escura e bem delineada. Tudo naturalmente finalizado com os olhos claros e cabelos loiros de quem tem um pé nas Europas.
Não há sotaque, língua ou idioma que supere a palavra "SAUDADE".
Já o disse o William Hurt numa entrega de Óscar qualquer.
Vem aqui. Pula na minha cama. Fala o que tu tens a falar e sai de fininho.
Apaga a luz, desliga o gás, deixa a chave embaixo do tapete e some.
O ônibus passa tão rápido quem nem me vê no ponto. Perco o último transporte público que me faria sair daqui. De uma Barcelona que pouco conheço mas muito admiro.
E não há mais ninguém a me trazer alento. Um sopro de vida. Enxugar as minhas lágrimas e me fazer brevemente feliz.
Você gosta de mim ou algo assim?
Seja sincera. Não adianta falar que estamos juntos há milhares de anos.
Ficar junto não é amar - já dizia o poeta.
Morrígan, a Grande Rainha, pouco ou nada sabe das minhas desventuras. Do meu passado, das minhas aflições e angustias. Porque caso soubesse estaria a contemplar o meu fim sem esse irônico sorriso no rosto.
Quero morrer, morrer mil vezes e trocar o dito pelo não dito em suaves prestações mensais.
28 de noviembre de 2023
Shameless
“The only way for poor people to get a lot of money is to steal or cheat. These are the rules, but if they change, please let me know.” Lip