7 de abril de 2024

Rio de Setembro - MPB


A letra foi de um sonho que tive, vendo a minha amiga Elizah interpretar  uma música ainda não gravada formalmente 
(foi logo depois de ter viajado
pro Rio de Janeiro em setembro 2006).
Elizah depois intercedeu junto ao Marco Antônio de Almeida - músico carioca - que compôs a música e mexeu na letra, mas manteve o mesmo clima. 

Rio de Setembro

1ª versão

Às vezes quando vou pro Rio

demoro horas e horas para juntar todo

o lixo do Leblon.

São garrafas, balas e velhos dobrões.

Guitarras histéricas

ao lado de pessoas que

param o meu andar,

oferecendo desenhos, poemas

e fotos de ocasião.

Sou solidário e não reclamo.

Vejo uma ruiva, jogando bola

e velhos pensam em xadrez.

Os homens são assim

sonham com eles mesmos

enquanto a cidade

vive de ilusão.

Sou feliz, sinto o cheiro do mar,

a luz verde da cidade e o choro de emoção.

Ao lado de um mendigo adormecido na Lagoa, na Lagoa.


2ª versão

Às vezes quando vou pro Rio

demoro horas e horas para juntar todo

o lixo do Leblon.

São velhos dobrões.

garrafas, balas e guitarras histéricas

ao lado de pessoas que

param o meu andar,

oferecendo poemas

desenhos e fotos de ocasião.

Sou solidário e não reclamo,

pois vejo uma ruiva, jogando bola

e velhos pensando em xadrez.

Os homens são assim

sonham com eles mesmos

e pensam estar felizes

enquanto a cidade

vive de ilusão.

Sinto o cheiro do mar,

a luz verde da cidade e o choro de emoção

ao lado de um mendigo adormecido na Lagoa, na Lagoa.


PUBLICADO INICIALMENTE EM 2006