1ª versão
Às vezes quando vou pro Rio
demoro horas e horas para juntar todo
o lixo do Leblon.
São garrafas, balas e velhos dobrões.
Guitarras histéricas
ao lado de pessoas que
param o meu andar,
oferecendo desenhos, poemas
e fotos de ocasião.
Sou solidário e não reclamo.
Vejo uma ruiva, jogando bola
e velhos pensam em xadrez.
Os homens são assim
sonham com eles mesmos
enquanto a cidade
vive de ilusão.
Sou feliz, sinto o cheiro do mar,
a luz verde da cidade e o choro de emoção.
Ao lado de um mendigo adormecido na Lagoa, na Lagoa.
2ª versão
Às vezes quando vou pro Rio
demoro horas e horas para juntar todo
o lixo do Leblon.
São velhos dobrões.
garrafas, balas e guitarras histéricas
ao lado de pessoas que
param o meu andar,
oferecendo poemas
desenhos e fotos de ocasião.
Sou solidário e não reclamo,
pois vejo uma ruiva, jogando bola
e velhos pensando em xadrez.
Os homens são assim
sonham com eles mesmos
e pensam estar felizes
enquanto a cidade
vive de ilusão.
Sinto o cheiro do mar,
a luz verde da cidade e o choro de emoção
ao lado de um mendigo adormecido na Lagoa, na Lagoa.
PUBLICADO INICIALMENTE EM 2006