Manhãs de Setembro / Mare of Easttown
Por mais absurda que possa ser a comparação ou a tentativa de traçar um paralelo - há sim como relacionar os dois seriados, pois envolvem pais, mães e filhos.
Um (uma) detesta, destrata, não reconhece o rebento. A outra não se dá o luxo de viver o luto pelo filho morto e tenta abraçar o mundo como uma forma de expiar uma possível culpa.
Por outro lado, as duas atrizes estão ótimas. Belas pelo simples fato de serem ou estarem fora dos padrões.
E foda-se o politicamente correto que pede, exige finais felizes, lindas mulheres, casais padrões e famílias de propaganda de margarina.
Há também semelhanças no episódio final. Se por um lado há uma prolongação desnecessária apenas para justificar a saída fácil dos roteiristas. No outro há excessos que tornam a obra por demais associativa e a deixam de mais fácil entendimento para aquele povo do interior que por acaso é fielmente retratado.
Duas obras que merecem ser vistas e revistas.
Não pelos roteiro, fotografia ou direção e sim pela crueza das atrizes e por serem um retrato da nossa decadência como sociedade.
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