Depois de um início onde a câmera dá tantos rodopios que você fica com vontade de vomitar ou fazer algo pior - a história pra valer começa.
Personagens em busca da realização de um sonho (opa! Eu já vi esse filme antes), tanto faz, se é ser atriz de sucesso ou dono de um Bar dedicado ao Jazz de raiz - tanto faz. O importante é bater de cara contra a parede mais de uma vez, ver-se frustrado, mas com dinheiro no bolso, ver-se magoada mas com o namorado bacana que nos chama à razão.
Tudo tem uma solução. Tudo dá certo no fim. Pobres daqueles milhões que também tentaram mas terminaram seus dias como atendentes de telemarketing. A culpa é deles que não foram fundo, que não continuaram tentando, que desistiram antes da hora.
Mas como pedir algo mais realista para Hollywood?
Se é para saber como somos fracassados e que nada tem solução - não há necessidade de ir ao cinema. Bastaria visitar qualquer viaduto em noite de chuva.
Enfim, o filme - apesar de todo esse escapismo e fantasia - é bom. Muito bom.
E falo pela forma como a história é contada, pela forma que o diretor tece as diversas situações e procura finais alternativos. Pelo soco no estomago, pelo cruzado de direita de trazer à baila as consequências de nossas escolhas. E se eu tivesse dado aquele beijo, se tivesse saído para dançar com aquela menina e se...
Somos aquilo que escolhemos ser. E lamentações à parte, nos tornamos a cada dia mais adultos quando tomamos uma decisão, conscientes ou não, estupidamente ou não.
Bill: You're fired.
Sebastian: It's Christmas.
Bill: Yeah, I see the decorations. Good luck in the
New Year.