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27 de enero de 2013

#SantaMaria de luto

Esta imagem - com certeza - será sempre lembrada como símbolo 

do descaso das autoridades e ganância de alguns empresários. 

#SantaMaria.

11 de agosto de 2012

Fracasso olímpico do futebol brasileiro


Dúvida cruel: Essa cara de c... é porque não ganharam a medalha de ouro ou porque deixaram de receber o prêmio extra 
de 180 mil cada um???

5 de julio de 2012

Curintia e o preconceito de classe

Ontem à noite depois da vitória do #Timao, teve de tudo nas mídias socias. Mas algo em particular chamou a minha atenção. É o preconceito de classe que vaza na rede toda vez que alguém supostamente humilde ganha algo de significativo. E é o mesmo preconceito que surge toda vez que o Serra perde uma eleição. 
É como se todo corinthiano fosse pobre e analfabeto. Criminoso e maloqueiro (e trata-se de uma falsa premissa, pois já vi numa escola de elite aqui em São Paulo mais corintiano do que a soma das outras torcidas). Despejamos toda a nossa raiva, neurose, paranoias e frustrações na torcida de um determinado time e perdemos qualquer noção de civilidade e bom senso. A nossa nação é dividida, sim. Mas não é pelo fato de termos inúmeras torcidas e sim porque apenas 1% da população possue 99% das riquezas do país. A nossa luta é (ou deveria de ser) contra as elites. E tanto faz se elas são São Paulinas, torcem pelo Palmeiras, o Grêmio, o Inter, o Mengo ou o próprio Corinthians.

28 de abril de 2012

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS




EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS
de Beto Brant e Renato Ciasca
Punhal de prata já eras, punhal de prata! nem foste tu que fizeste a minha mão insensata. vi-te brilhar entre as pedras, punhal de prata! - no cabo flores abertas, no gume, a medida exata, exata, a medida certa, punhal de prata, para atravessar-me o peito com uma letra e uma data. A maior pena que eu tenho, punhal de prata, não é de me ver morrendo, mas de saber quem me mata.
(Cecília Meireles)
Há duas possíveis leituras, olhando o filme como um todo. A primeira é de que estamos frente à luta entre o corpo e a alma. A segunda, é encararmos a obra como uma metáfora de que todo pecado merece ser punido.
Simbolicamente, uma das primeiras cenas, acontece numa prisão. O que acreditamos que sejam criminosos passam por uma sessão de fotografia a contragosto. E por uma ironia do destino, o personagem principal, fotografo de profissão, terá que experimentar algum tempo depois, da hospitalidade carcerária.
Ele, o fotografo, o forasteiro, o intruso, não se limita a olhar, a enquadrar a realidade e cortar seus excessos. Vai além. Sucumbe à beleza trágica da mulher do pastor local. E não bastasse o pecado da cobiça, tenta mudar o curso da história, tenta mudar o destino de Lavínia (interpretado pela excelente Camila Pitanga) e é punido com a perda parcial do seu instrumento de trabalho.
Na outra ponta do triângulo, temos o pastor que não sobrevive à “lei da selva”. O discurso mesmo travestido de retórica evangelizadora, não agrada aos poderosos da região. Há um desafio ao status quo e isso traz mais uma perda, mas desta vez, total e irreversível.
Lavínia, não sai ilesa desse redemoinho de interesses escusos e egoístas. O gozo é punido. A luxúria é proibida e quem dela faz uso e divertimento cai em desgraça. Só lhe resta fugir e esconder-se em si mesma.
Por outro lado, temos a leitura do corpo e da alma.
Enquanto o pastor tenta salvar a alma de Lavínia, usando a religião como remédio; o fotografo procura a salvação do corpo dela com a realização das mais variadas fantasias. Os dois fracassam, por sinal. A alma perturbada e infeliz não resiste às tentações da carne e vice-versa. O pastor também fornica, também deseja, mas não é o suficiente. Falta o ardor da paixão que não se revela. Do instinto que vai mais fundo e enlouquece. O discurso libertador não resiste à tentação mundana.
Enfim, somos pecadores e merecemos o castigo. Temos corpo e alma. Somos imperfeitos. E tanto faz se estamos à beira do rio e da natureza exuberante, a incerteza e o medo fazem parte da nossa pesada bagagem.
http://companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11927

6 de enero de 2012

Ação contra o crack quer dispersar moradores de rua

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1030641-acao-contra-o-crack-quer-dispersar-moradores-de-rua.shtml

Uma frase chamou a minha atenção:

Essa será a terceira fase da operação da PM iniciada na terça-feira na cracolândia. A primeira vai durar 30 dias, com o objetivo de "sufocar" consumidores e desarticular o tráfico.



Se a ideia do Kassab e da PM é sufocar os consumidores. Que tal jogar todo mundo no Tietê?

Por outro lado, não vejo nenhum movimento de indignação nas redes sociais em defesa dos moradores de rua. É triste constatar que maltratar animais dá mais IBOPE.

8 de septiembre de 2011

Marcha anticorrupção e os números que nunca batem.

Na época da ditadura, a PM sempre dava um jeito de minimizar as manifestações populares. Por exemplo, o ato pelas diretas já na Praça da Sé, teve no máximo 5000 populares (segundo eles). Sendo que a olhos vistos, havia uma multidão muito maior. Nos dias de hoje, os papeis se inverteram. A imprensa golpista e conservadora, dá um jeito de inchar os números toda vez que tem uma manisfestação anti-governo petista (seja com a desculpa da corrupção ou não). E surgem - no dia seguinte - as manchetes grandiloquentes, anabolizadas por interesses escusos. Vejamos os números de ontem em Brasília. A polícia diz que foram 12.000, o Estadão fala em 25.000, sendo que - citando a Folha - "...parte dele assistiu ao desfile e se integrou ao protesto depois". Quer dizer, das 26.000 que confirmaram presença no Facebook, compareceram apenas 2.000 e o restante, foi assistir ao desfile de 7 de setembro primeiro. Então, sou obrigado a acreditar, que no mínimo 10.000 pessoas foram ao desfile onde aplaudiram a entrada da Dilma e depois - no clima de oba-oba - juntaram-se ao protesto para xingar os políticos corruptos. Acredite se quiser...

1 de septiembre de 2011

Ato contra a Corrupção - 7 de setembro

Surgem nas paredes do metrô, postes e ruas diversas, panfletos conclamando para o Ato contra a Corrupção no próximo dia 7. Uma atitude tola, na minha opinião, pois apesar dos diversos escândalos divulgados com toda a pompa e cincunstância pelos meios de comunicação (algo que não faziam quando se tratava de governos conservadores), o Brasil convive hoje com emprego em alta, estabilidade financeira e otimismo. Logo, uma situação totalmente diferente à encontrada na Europa. Sem muitas delongas, a corrupção sempre existiu e sempre irá existir porque ela é inerente às elites. Se queremos acabar com a corrupção, precisamos acabar primeiro com a desigualdade social e deixar de ser massa de manobra de grupos interessados apenas em atacar um governo eleito pela maioria.
Análise do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em agosto de 2011 http://ping.fm/rsr7b
MERA COINCIDÊNCIA http://ping.fm/zOexd
Manifestações contra a corrupção mobilizam internautas no Facebook http://ping.fm/IK37q

11 de agosto de 2011

FHC X LULA X DILMA

O governo Dilma é mais corrupto porque pune mais ou pune mais porque é mais corrupto???

30 de julio de 2011

Livros X Celulares

Cada vez que adentro no metrô fico a observar os inúmeros passageiros que se aglutinam em massa rumo ao serviço, à escola ou afazeres diversos. E percebi que nos últimos anos, as pessoas costumam ler cada vez menos, sejam jornais, revistas e principalmente livros. Tudo foi substituído pelo bendito celular. Celulares de todos os tamanhos, marcas e modelos. Cada um ensimesmado, concentrado, com o olhar fixo na telinha do dito cujo. Pode ser falando, digitando uma mensagem, jogando uma bobagem qualquer ou, a maioria, navegando na internet. Aí me pergunto, o quê eles faziam antes da disseminação dos celulares? Conversavam, liam, trocavam olhares com a rapariga ao lado? Lembro que no passado era um hábito mais do que comum passar na banquinha da esquina, comprar o jornal de preferência e abri-lo dentro do ônibus, do metrô. Levar um bom livro embaixo do braço e curtir sua leitura entre uma estação e outra. Agora? Nada disso. Só sabemos de celulares e mais celulares. Mídias sociais que num supremo paradoxo nos afastam. Citando Walt Whitman, "Que pode haver de maior ou menor do que um toque?"  Ironia do destino, talvez nos dias de hoje, a resposta seja: um tweet, um toque no Facebook, um sms...E se o Cidadão Kane fosse refilmado - a cena do jantar onde o casal se afasta, se distancia - seria necessário trocar os jornais por um celular, um smartphone, um iPad. 
Longe de mim querer tripudiar com as mídias sociais. Tenho e participo de tudo um pouco. Acredito que elas vieram para ficar, pois servem para compartilhar os nossos anseios, brincar, demonstrar revolta, indignação e nos aglutinar em causas comuns. Só não concordo que "o meio" substitua o conteúdo
Provavelmente, seja um saudosismo besta. E se comecei a falar mal do celular, derivando numa lógica só minha, para terminar reclamando das mídias sociais, é porque a desilusão é uma só. Se a pessoas te magoam em carne e osso - farão o mesmo digitalmente falando. Sem pena e sem dó. 

18 de julio de 2011

¿Por que los brasileños no reaccionan ante la corrupción de sus políticos? Ou o novo significado de Caetanear

Acordei com a macaca hoje. E o meu humor piorou muito depois de ouvir a @radiobandnewsfm e ficar sabendo das besteiras ditas por Caetano Veloso e por causa da indignação seletiva de alguns jornalistas picados pela soberba. Por tal motivo, decidi me apropiar do neologismo "caetanear" e a partir de agora, o seu significado será falar besteira, dizer idiotices travestidas de um intelectualismo atravessado, torpe. São membros dessa generosa trupe, entre outros, o FHC, o anchorman Ricardo Boechat e o próprio Caetano. Li agora pouco o artigo de Caetano no jornal O Globo e entre outras pérolas de sabedoria ele reclama da falta de indignação dos jovens brasileiros contra a corrupção (fazendo eco ao apelo do também desinformado jornalista espanhol Juan Arias). Eu respondo, e os protestos em Natal contra a prefeita Micarla de Sousa, do mesmo partido da candidata presidencial de Caetano? Protestos no norte e/ou nordeste não contam? Não vou citar mais exemplos, pois o meu tempo é ouro (e estou em horário de trabalho). É trata-se de um trabalho formal - algo que o brasileiro iletrado (termo usado por Caetano) começou a conhecer com o governo do tão criticado Lula. E que o Caetano e os conterrâneos do Juan Arias desconhecem. O primeiro - por viver de uma arte beneficiada por incentivos fiscais e o segundo, devido ao enorme desemprego na Espanha. Em tempo, o nosso querido hermano Juan poderia pesquisar melhor e descobrir que por trás da indignação do jovens na Europa há o desemprego, ou melhor, é o desemprego, idiota! 


29 de mayo de 2011

Treinamento Motivacional funciona?

Cansei. Treinamentos Motivacionais focam apenas no indivíduo e na organização. Esquecem que tudo precisa ser contextualizado. Ignoram o contexto social, político e econômico (por mais que pareça um puta chavão ou lugar-comum).
Encarar o funcionário e a empresa como elementos isolados não leva a nada, não acrescenta nada. O crescimento profissional - por mais que seja da nossa total e única responsabilidade - não pode ser visto como algo alheio e/ou independente da nossa realidade.
Esquecer que vivemos numa sociedade injusta, com conflitos sociais, discriminação, desemprego e miséria - é muito cômodo para quem dá o treinamento e quer desenvolver pessoas, mas é incompleto. Peca pela omissão e em alguns aspectos é ter uma atitude covarde e alienada.
Ou o consultor (instrutor) não tem a cultura necessária para lidar com tais situações macro ou ele parte do princípio que o líder do futuro não tem preparo para encarar assuntos tão complexos.


Cansei. Cansei de ver o vídeo de Tempos Modernos em tudo que é treinamento.

9 de diciembre de 2010

O 11 de setembro virtual - Mastercard - Visa - Wikileaks

O dia de ontem - 8 de dezembro - será lembrado no futuro como o 11 de setembro virtual para o mundo corporativo. Exageros à parte, se analisarmos friamente tudo aquilo que aconteceu, seremos obrigados a concordar. No momento que um grupo de "piratas virtuais" derruba o site de várias empresas por questões políticas, não há qualquer estratégia de marketing que fique em pé. Não há qualquer planejamento estratégico que suporte tal ameaça, tal rombo no faturamento. Às empresas, a partir de ontem, não será apenas necessário ter responsabilidade social e preocupação com  a sustentabilidade, será necessário também a preocupação de não aliar-se com políticas opressoras, governos ditatorias, políticos corruptos - pois elas correrão o risco de terem suas operações via internet prejudicadas por uma verdadeira avalanche de ciber guerrilheiros corporativos. 
As escolas de administração e marketing precisarão rever seus conceitos de forma urgentíssima. E no Brasil, é bom que os diretores de TI fiquem também de olhos bem abertos. Imaginem se - em plena campanha eleitoral - o site da Folha de São Paulo tivesse sido invadido, derrubado por ter um comportamento tão parcial, tão cafajeste. Seria no mínimo o nirvana dos hackers tupiniquins. 
Aqui comigo penso que a verdadeira arte engajada, combativa e comprometida com os ideais de liberdade e justiça, está sendo feito hoje na internet. E a cultura digital, presa aos valores pequeno burgueses, está fadada a ser extinta.

18 de noviembre de 2010

Fórum da Cultura Digital 2010: O pobre tem vez? II

A importância do meu blog é tal que ninguém deu-se o trabalho de comentar. Logo, todo mundo concordou com o post anterior.
Nada pessoal, mas quando vejo uma turma de mauricinhos tomando conta daquilo que deveria de ser de todos, fico p da vida.
As razões do domínio da cultura digital na mão de poucos é, sem lugar a dúvidas, o fator financeiro. Afinal, num país onde pouco mais de 20% das residências possuem um PC com acesso à internet, seria pedir demais que os mais necessitados tivessem vez.
Um notebook básico não sai por menos de R$ 1000,00. Logo, como o pessoal da periferia vai ter condições de apropriar-se desse espaço?
Numa época onde a xenofobia tomou conta dos noticiários, pensar que a Cultura Digital é excludente e que o governo federal faz vista grossa de tudo isso, é revoltante.
Como disse antes, o discurso pode ser datado e talvez até injusto. Mas que merecia uma discussão maior, merecia sim. #prontofalei.
http://tvig.ig.com.br/162535/cresce-numero-de-domicilios-com-internet.htm

13 de noviembre de 2010

We All Want to Be Young

The movie "We All Want to Be Young" is the outcome of several studies developed by BOX1824 in the past 5 years. BOX1824 is a Brazilian research company specialized in behavioral sciences and consumer trends.

We All Want to Be Young from box1824 on Vimeo.

31 de octubre de 2010

Sorry Maresias - Foi a vez da periferia - #Dilma13

Eleições 2010: Turistas enchem praias do litoral de SP
http://eleicoes.uol.com.br/2010/album/101031guaruja_album.jhtm?abrefoto=18

Existe aquela história antiga de que brasileiro não gosta de trabalhar e diversas pesquisas demonstram o contrário. Mas, com certeza, o brasileiro adora sim um feriado prolongado. E não há nada, mais nada mesmo que o faça desistir de viajar e sair do local onde reside. Pode ser a serra, o litoral, o mato, a chácara, o sítio. Pode ficar num hotel, num camping, no apartamento da praia, ou na casa de algum amigo. Tanto faz. Viajar é preciso. E como quem tem condições financeiras de viajar com maior freqüência,  é a classe média, são as elites - o coitado do Serra terá bem menos votos hoje. Em outras palavras, os indecisos, os eleitores da Marina, os anti-PT e os tucanos de ocasião, abriram mão de votar contra a Dilma em troca de algumas horas de sol e mar. Discurso raivoso não rima com comprometimento.

18 de octubre de 2010

Vale a pena ler de novo: Rose Muraro






Zero hora, Porto alegre, 24 de setembro de 2006.

"Sempre achei o mensalão uma bobagem''
Entrevista com Rose Marie Muraro.
> Reconhecida no Brasil e no Exterior como autora de livros
> sobre a condição da mulher, Rose Marie Muraro ganhou
> prestígio como feminista a partir dos anos 70. Formada
> em economia, circula pela sociologia, antropologia e
> psicologia para entender o feminino e seu ambiente de
> opressão e pobreza. Nesta entrevista por telefone, ela
> defendeu uma tese que admite ser capaz de provocar
> reações indignadas:
> ZH: - Ser moral dentro de um sistema imoral é legitimar a
> imoralidade.
> É dita, repetida, soletrada para defender que, apesar
> das denúncias de corrupção, o governo Lula deve ser
> anistiado por ter socorrido os pobres. A escritora, 75 anos,
> entende que setores que cobram moralidade de Lula, do
> governo e do PT sempre se comportaram imoralmente. A seguir,
> a entrevista que concedeu por telefone:

> Zero Hora - Os intelectuais identificados como de esquerda
> voltaram a falar depois da crise de corrupção?

> Rose Marie Muraro - Eu falei o tempo todo. Nunca estive em
> silêncio. Outros estiveram, porque houve um desânimo,
> um pouco de decepção com Lula. Mas vou votar nele de
> novo.
> Minha decepção é com a parte econômica. Quero ver o
> que ele vai fazer no segundo mandato. Estou votando meio de
> nariz fechado. Mas no Alckmin (Geraldo Alckmin, candidato
> do PSDB) não voto porque é da extrema direita.

> ZH - Sua decepção é só com a área econômica?

> Rose Marie - Eu estava esperançada. Achei que Lula
> sairia do modelo > neoliberal, e ele não saiu. Mas reconheço
> que o Bolsa-Família incrementou a > economia do Nordeste, que
> cresceu 10%. Aprendi com Dom Hélder Câmara > (arcebispo
> de Olinda e Recife, já falecido) que, ao mesmo tempo em que
> se dá comida, é preciso se fazer uma reforma estrutural.
> Mas o pobre diz: Lula faz > por mim. Os porteiros da minha rua
> dizem: pelo menos hoje a gente come. Um > deles me contou:
> pela primeira vez consegui juntar dinheiro para comprar uma
> passagem e retornei à minha cidade no Nordeste, e ela
> estava toda iluminada. >
> ZH - Por isso, segundo as pesquisas, os pobres votam em
> Lula?

> Rose Marie - O pobre sempre foi expropriado desde o
> nascimento. Lula sabe disso porque fugiu de Garanhuns
> para não morrer de fome. Uma pesquisa que realizei
> mostra que, desde que nasce, uma criança filha de camponeses sabe
> que vai chorar de fome e que seus desejos não serão
> satisfeitos, que sua fome não será saciada. Que ela
> sempre espera pela mãe, que já sofria como mulher a
> opressão do marido, dos pais. Essa criança esperava, na
passividade, pela vontade de Deus, do céu, uma
> salvação. Se ficasse boazinha, como pobre, iria para o céu. Aí tem
> também a opressão do patrão, do machismo, a
> dominação, a religiosidade popular. >
> ZH - O pobre não vincula Lula ao mensalão e agora ao
> caso do dossiê contra Serra?

> Rose Marie - O pobre já vinha sendo roubadíssimo,
> expropriado. Isso de mensalão e de sanguessuga é da
> lógica da classe média, não chega ao pobre da forma
> como os entendemos. A corrupção é uma disfunção do sistema
> econômico. Temos uma dupla moral. Os pobres serão sempre
> roubados pelos dominantes, porque os pobres devem ser
> honestos, e eles, não. Um banqueiro me disse que é
> assim mesmo, que a corrupção e a fraude são das leis do
> mercado. A classe rica ri de você. O caso do dossiê é
> revelador. Nada se investiga sobre o envolvimento de Serra com as
> sanguessugas, mas tudo se investiga sobre o PT. A mídia
> está com todo o foco sobre o PT.
> ZH - Todos, invariavelmente, agem então de forma
> antiética?

> Rose Marie - Eu digo que ser moral dentro de um sistema
> imoral é legitimar a imoralidade. O pobre sempre ouviu
> que deveria ser honesto, mas foi expropriado. Hoje ele
> pensa: vou votar em alguém que faz algo por mim, que me
> dá o que comer. É ético o que o povo está fazendo,
> ele está defendendo a sua vida. É a lógica da vingança de
> quem sempre foi expropriado. Seja quem for, se der comida aos
> pobres, terá meu voto. São Tomás de Aquino, na Suma Teológica,
já dizia que, se você está com fome, você tem o
direito de roubar. Nenhum presidente antes havia
favorecido tanto os pobres, a não ser Getúlio Vargas.
> Mas depois veio Delfim (Delfim Netto, ministro da Fazenda >
> durante a ditadura) e expropriou a comida dos pobres. Delfim
> era um ético?
> ZH - Isso justifica o mensalão e a corrupção?

> Rose Marie - Essa história de mensalão foi criada pelo
> PFL. O próprio Roberto Jefferson (ex-deputado, do PTB,
> que denunciou o mensalão) disse que o PT não tinha se
> locupletado. Os outros governos roubaram indistintamente.
> Juscelino (Juscelino Kubitschek) fez Brasília com o
> dinheiro da Previdência. O mensalão é pouco perto dos
bilhões das privatizações do governo FH, o governo mais corrupto.
Mas Lula é considerado um semi-estadista, e FH é um >
> grande estadista. Sempre achei o mensalão uma coisa ridícula,
> uma bobagem. > Converso com pessoas esclarecidas que se deram
> conta de que tudo foi uma > armação.
> ZH - O governo não tinha como agir de outra forma, sem o
> mensalão? >

> Rose Marie - Tinha. Eu iria para a TV e diria: tenho tais
> leis para votar, boas para a população, e o Congresso
> não quer. Mas como governar se a Câmara tem os partidos dos
> ruralistas, das empreiteiras, da indústria farmacêutica,
dos bancos, das indústrias? O que Lula deveria ter feito
> era trocar a > política econômica que beneficia essa elite.
> Mas ele acendeu uma vela a Deus e outra ao diabo.
> ZH - Pelas suas conclusões, Lula teria sido vítima de
> uma campanha moralista?

> Rose Marie - Todo moralismo é farisaísmo. Está em
> São Mateus. Os fariseus de hoje são a classe dominante.
> Falam de moral num sistema que sempre foi imoral. Isso é
> farisaísmo. E não sou comunista, porque o comunismo tem
> a mesma lógica. A noção de ética não pode ser
> aplicada à economia se não vier acompanhada de outros valores.
> Essa moral foi feita para manter as pessoas pobres. Eu não
> sou farisaica. Enfrentei a ditadura e luto concretamente >
> contra a injustiça. >
> > ( moises.mendes@zerohora.com.br )

9 de octubre de 2010

Tropa de Elite 2 ou de como tentei vencer o sistema (sozinho)


Um filme que impressiona pela sua qualidade. Produção, roteiro e direção impecáveis. E se no filme anterior, os vilões eram os traficantes, agora temos as milícias, a corrupção policial e os políticos desonestos como nossos piores inimigos. 
Mas chega. Não quero falar do filme como cinema e sim como tese sociológica.
Essa história de um homem só querer derrubar e vencer o sistema é bem típico de filme norte-americano.
É muita ilusão, muito absurdo pro meu gosto.
E o coronel Nascimento, é claro, não derrota o sistema. Apenas ajuda a torna-lo mais experiente, mais sólido. Mas o que seria o sistema? A soma de políticos de direita, mais policias e milicianos degenerados? Tudo isso e muito mais. 
Eis aí que o filme se perde. Na tentativa de apontar culpados e puni-los, esquece que tais "párias" são produto da sociedade. Quer dizer, nada mais, nada menos, a sociedade é o sistema. É uma luta que já começa em desvantagem. E de sucesso ingrato, temporário e duvidoso. 
Não sei onde que eu li que o filme seria uma forma disfarçada de fazer propaganda do Serra. Ledo engano. O filme é tudo menos de direita. Pelo contrário. Um dos novos personagens de destaque, de importância central até, é um intelectual de esquerda. Um intelectual com discurso consistente e convincente.  E se no começo, o Nascimento é seu inimigo declarado, chegado ao fim, vemos que os dois se aproximam, pois o inimigo comum é...a sociedade naquilo que tem de pior: o comodismo, a ganância, o conservadorismo, o poder, a violência, a hipocrisia, o oportunismo e a alienação. E isso tudo tem um nome, direita raivosa.
Cenas de Tropa de Elite 3: a Igreja reacionária e a grande Imprensa são os novos alvos do BOPE.

17 de julio de 2010

NET Fone via Embratel = A maior fria!


O NET Fone via Embratel (telefonia via cabo) é uma roubada, pois não alerta os seus clientes de que todas as chamadas são tarifadas a partir do atendimento. A Anatel, infelizmente, deixou isso passar e está acontecendo o seguinte absurdo:
Mesmo que a ligação local para fixo não tenha sido tecnicamente completada (atendeu, caiu), o cliente paga 1 minuto. Ou se a ligação local para celular for atendida por uma mensagem eletrônica, avisando que a mesma irá cair numa caixa postal, o cliente paga 30 segundos.
Em outras palavras, toda ou qualquer ligação tentativa de 1 e 2 segundos está sendo tarifada. Algo que vai de encontro à prática normal de outras operadoras que só faturam as ligações a partir do terceiro segundo.
Os atendentes tanto da Net como da Embratel não sabem informar sobre essa "particularidade". O site não fala disso em lugar algum:
http://www.embratel.com.br/Embratel02/cda/portal/0,2997,RE_P_8491,00.html
http://www.embratel.com.br/Embratel02/cda/portal/0,2997,RE_P_3124,00.html
http://nettv.globo.com/NETServ/hotsites/netfone/

Não é uma denuncia vazia. Pesquisei bastante sobre o assunto e como antigo funcionário de uma empresa de Telecom conheço o tema. Fui atrás, reclamei de todas as formas possíveis e depois de muita burocracia da Anatel (e ter que pagar pelas cópias), consegui o descritivo do PAS 036 que diz respeito ao Plano Alternativo Net Fone via Embratel. Lá de fato consta a cobrança de todas as ligações e após consulta ao IDEC, isso caracteriza abuso econômico. Estou vendo com o IDEC a possibilidade de impetrar uma Ação Civil Pública, pois segundo dados da imprensa, existem mais de 2 milhões de usuários do Net Fone e mais um tanto de usuários do Plano Livre da Embratel (lembrando que a Net e a Embratel pertencem ao mesmo grupo do homem mais rico do mundo, Carlos Slim).http://www.brasileconomico.com.br/noticias/fusao-da-america-movil-e-telmex-tera-efeito-no-brasil_75029.html