29 de diciembre de 2013

Biotipo (poesia em tempos de Twitter II)


vou avisando. Não sou do tipo que lê poesia e envia flores.

E se mesmo assim, você quer me conhecer.
Preciso te alertar: sou do tipo que  usa ainda ponto e vírgula; 

esconde pecados sob o tapete; adora remédios de tarja preta e some no meio da multidão.
Sou do tipo que guarda velhos gizes de cera na gaveta da escrivania  (cheiro de infância), uma caixa vazia de sabonete Francis (cheiro do sul), não usa cheques e adora pizza com maionese.
Você teima estupidamente em me ver? Então faço questão de te lembrar: não sou nenhum Brad Pitt, gosto de Fado e Zarzuelas, como com garfo e faca, arroto por prazer. 
E me dou o direito de sonhar com a felicidade aritmética e a paixão geométrica (ou seria o contrário?). 
Enfim, quando você quiser conversar, é só um dar um toque.
Afinal, o que é menos ou mais que um toque? conforme já disse Walt Whitman.




28 de diciembre de 2013

#AndersonSilva X Atlético-PR/Vasco

Selvageria. Estupidez. Violência que precisa ser punida. Bando de animais. 

Esporte viril. Luta limpa. Força física. Artes marciais.

27 de diciembre de 2013

De Espinhos

Tem pessoas que são como pequenos espinhos nos dedos da mão. Não são perigosos, não causam dor nem são venenosos. 
Mas estão aí e teimam em não sair. 
E incomodam.

22 de diciembre de 2013

¡Cuetes y más cuetes!

Natal lembra o cheiro de pólvora.
A pólvora queimada de tantos "cuetes".
Lembra os amigos de infância. 

E os dedos perdidos.
Havia um colega na minha classe que vivia a esconder a mão direita.
Tinha vergonha da falta do indicador, do polegar.

Mas eu sou do tipo que não arrisca. Sempre tive medo de brincar com fogos mais potentes.
E me contentava na segura brincadeira de botar fogo em pequenas bombinhas vermelhas feitas no Oriente.
O máximo que me permitia, era botar fogo numa penca inteira.
E depois ficava quieto, observando de longe, o espipocar de pequenas luzes. O "bum" das explosões.

E havia toda uma técnica.
Que começava pelo cuidadoso desenrolar das pencas que vinham em pacotes compactos. Todos entrelaçados entre si. Sem esquecer da escolha do pavio que ajudava a economizar nos fósforos.

Natal - não era apenas o jantar em família, comer carne branca e tomar chocolate com panetone.
Era muito mais. Haviam os filmes na TV, as compras em ruas lotadas, os brinquedos de desejo, rever os primos distantes. 

E o cheiro de pólvora - traz tudo isso à baila

19 de diciembre de 2013

Um ano e tanto se olharmos as Personalidades do Ano - #2013

Se levarmos em conta que as três personalidades do Ano 2013 - na minha opinião - são Mandela, Mujica e o Papa Francisco - algo de muito bom temos no ar à espera de 2014. 

Dois latino-americanos e um africano. 
Nada de Obamas, Putins, Berlusconis e 
muito menos Serras.

18 de diciembre de 2013

Garabombo, el invisible. Livro do peruano Manuel Scorza é citado por #Dilma em entrevista

Uma das coisas que me arrependo, que lamento mesmo é não ter lido mais. Não ter lido os clássicos. Não ter lidos com mais afinco e interesse os autores peruanos. Aprendi a ler "literatura" já no Brasil e perdi - de certa forma - a oportunidade de conhecer melhor grandes escritores. É óbvio que nada impede que recupere o tempo perdido. Mas talvez fosse alguém diferente (e melhor) se tivesse lido mais e deixado a TV e as revistas em quadrinhos num segundo plano.
De qualquer forma, fiquei feliz que Dilma tenha citado Garabombo numa entrevista hoje de manhã. Não pelo fato de ser um escritor peruano, mas pelo seu significado. Há todo um viés político, um contexto social. Uma denúncia contra a opressão e a injustiça. E isso é muito bom.

Para saber mais sobre Garabombo, el invisible:
http://www.hispanista.com.br/revista/artigo126esp.htm

De como fiquei sabendo da entrevista de Dilma:
https://www.facebook.com/SocialistaMorena/posts/625875527472954



15 de diciembre de 2013

Nelson Mandela - El jugador numero 16 #Rugby



Baita documentário. Ainda na onda de Nelson Mandela descubro que o esporte pode ser mais do que um simples negócio. O Esporte com "E" maiúsculo pode ser uma forma válida e decente de consolidar e unificar uma Nação. E talvez seja por isso que tenha tanta antipatia por Copas do Mundo. Na minha modesta opinião, FIFA e CBF poderiam ser sepultadas nos alicerces dos monumentais estádios de futebol (com todos os dirigentes amarrados e amordaçados, é claro). 
O esporte virou mercantilismo, é o lucro a qualquer preço. Não há honra e muito menos dignidade. E tolamente ficamos na torcida, pois ainda acreditamos que a vitória do nosso time, da nossa seleção, irá mudar a nossa existência pra melhor.
Mandela conseguiu esse feito, mas Mandela era Mandela. E sorte dele que não havia uma FIFA de por meio.

8 de diciembre de 2013

Azul é a Cor Mais Quente - "La vie d'Adèle" - Blue Is the Warmest Color (2013)

Poderia resumir o filme em poucas palavras: Garota adolescente envolve-se com artista lésbica e depois de uma relação intensa, vive as agruras da separação.
Se fosse a minha intenção reduzir o filme a poucas palavras, o texto acima seria mais do que completo.
Entretanto, há muito mais. E não me refiro às intermináveis cenas de sexo (onde as atrizes usaram usaram uma espécie de prótese vaginal), e sim às brigas, às cenas de ciúmes, à exuberante , dançando uma cumbia, sem falar na deseperadora cena no café.
Um belo e corajoso filme. Tudo aquilo que Kubrick não teve condições de mostrar em "De Olhos Bem Fechados", Kechick o fez em "La vie d'Adèle".

23 de noviembre de 2013

Queria te ver em prantos



Queria te ver em prantos
                                                                                de leve - mal passado
Queria te ver estupidamente gelada
                                                                                                                     envolta numa cápsula de metal
tijolo a tijolo
pulando cercas
blusa preta
renda chinesa
louça suja


Doideira
Sem palavras
Olhar tira - corta - reduz - surta em pedaços
Bebo e nado em círculos 
Garranchos na parede
Gritos abafados

Um ponto, uma vírgula fora de lugar
Desiste
Escrevo pra mim
Sinto pena
                                                                                                                                                           difícil 
difícil é saber se o copo está vazio
se a decisão foi acertada
tenso o seu silêncio
uma carta sem selo
uma fita K7 feita em trizas
canetas sem tinta
miniaturas em decomposição

                                                                         Tento
Deito cabeça a cabeça
enrolo meias num cemitério de irmãs solitárias
cruzo o rio e vejo ao longe um cavaleiro
ele me diz
que te viu
aos prantos
e sinto que as lágrimas
fizeram transbordar as águas
deixam-nas coloridas
e me afogo.
                                                                                                                            O fogo pede perdão e se apaga em suaves prestações mensais. 
Fica causando e bêbado corre atrás do trem
perde o folego

e diz adeus ao pequeno bezerro que mama 
enquanto afasta com o rabo uma mosca de olhos grandes de desespero

Ele inerte - eu descanso.

21 de noviembre de 2013

La Ciudad y los Perros cumple medio siglo de publicación.

MVLl: El Nobel y el Cuartel | CARETAS ILUSTRACION PERUANA:

La enfermedad nacional por antonomasia, ha dicho Vargas Llosa, está constituida por ese caldo espeso del “resentimiento y los complejos sociales”. Lo dice así en El pez en el agua, y lo desarrolla en novelas fundamentales como La ciudad y los perros, que este año cumple medio siglo de haber sido publicada. Conmemorando aquella primigenia edición en Barcelona en el ya lejano 1963, la Casa de la Literatura alista el congreso internacional “La ciudad y los perros y el Boom hispanoamericano”, que busca proponer nuevas lecturas de la obra vargasllosiana, así como mostrar otras facetas de su producción, como el teatro.

17 de noviembre de 2013

Captain Phillips e o POP



O fascinante no filme é ver como os norte-americanos levam à sério os procedimentos, os protocolos. Procedimento com P maiúsculo, quer dizer, o Procedimento Operacional Padrão (POP) (em inglêsStandard Operating Procedure).
O simples fechamento das grades anti-piratas, a comunicação com as autoridades, a mangueira no local certo, o comportamento perante o inimigo, 
a abordagem dos navios, o tiro certeiro no momento apropriado. Tudo deve seguir uma sequência, uma rotina, nada pode ficar ao acaso ou ser improvisado. Tudo é treinado, seguido à risca. E de tão automatizadas, a sequência final com o Captain Phillips sendo examinado, ganha ares de absurdo. De um lado, o desespero. Do outro, a fria eficiência wasp (e sem querer, a cena me trouxe a lembrança de como o Saddam Hussein deve ter sido tratado pelos seus captores, mas sem tanta gentileza, é claro). 

U.S. Navy vs Spanish Coast Guard.

Ou como mandar à merda o militarismo yankee

Tenho problemas com...

Metidas de pata
Malcriadezes
Melindres
Menosprezo
Mulheres
Matemática
Maledicências
Misantropia
Misoginia
Motivação
Matéria
Malandragem
Meretrizes
Mocreias
Multas
Médicos
Miércoles
Marte
Maiúsculas
Maionese
Meticulosidade
Mirror

Noel Gallagher - Dont Look Back in Anger - Live Argentina 2009

Battle of the Santa Cruz Islands 26 October 1942 - U.S. Navy VS Imperial Japanese Navy

20 de octubre de 2013

Ativistas do #PetBlocs denunciam maus tratos nos perus ( cuidado, cenas fortes!)



Donas de casa deixarão de comer peru, neste Natal, depois de descobrirem que o peru perde a pose quando mergulhado na água quente.

12 de octubre de 2013

#VejaSafada

Deveria de haver uma lei que obrigasse os meios de comunicação a divulgar quem financia de fato suas edições. Tá na "capa" que a revista Veja desta semana foi bancada pela editora que vai lançar o livro da menina no Brasil. Até merchandising da autobiografia tem. A notícia como mercadoria.

6 de octubre de 2013

Da truculência policial

Muito se fala sobre truculência policial. Sobre o uso dos policiais como instrumento de terror e repressão do Estado. 
Mas aí me pergunto, o quê há por trás de tudo isso? O que leva um PM (ou Brigadiano) a agredir simples civis, jovens estudantes e professores? O que leva um fardado que - na sua grande maioria - deve ganhar no máximo dois salários mínimos a bater e achincalhar funcionários públicos que estão a reivindicar melhores salários e condições de vida? 
Recuso-me a pensar que todos eles obedecem apenas ordens superiores. Recuso-me a pensar que todos eles são doentes mentais, sádicos e adoradores do culto da violência pela violência. 

Dias desses fiquei a ouvir uma conversa entre policiais à paisana. 
E o papo todo resumia-se a armas de fogo, brigas homéricas com a patroa e de vagabundos que são soltos pela justiça de forma indiscriminada. É como se o mundo fosse apenas branco e preto, maus e bonzinhos, uma luta constante entre o bem e o mal. 
E se de fato, eles pensam assim (ou foram disciplinados e lobotomizados a pensarem que o Mundo é desse jeito), isso talvez explique a falta de sentimento de culpa e arrependimento. Talvez explique o orgulho de bater num idoso, de matar um suposto ladrão de galinhas com a desculpa de fazer parte do tráfico, de torturar e sentar à mesa - logo depois - para beber e jogar baralho.

A discussão é por demais complexa, envolve justiça social, corrupção das autoridades e falta de investimentos em educação, esporte e cultura. E falta - na minha opinião - um estudo sério sobre esse fenômeno. Ao invés dos nossos intelectuais tentarem descobrir o sexo dos anjos, deveriam sim, investigar os motivos da violência policial. 
Pois de entender as mazela da vida, chega-se à cura.
Charge de Carlos Latuff

Pra Rua Me Levar - Ana Carolina e Seu Jorge

4 de octubre de 2013

Por que os homens fazem xixi escondidos?

Fazer xixi fora do vaso. No chão. Na tampa da privada, no mictório. No meio da rua, no mato. De pé, sentado. Escondido.
Queria até elaborar uma tese de mestrado sobre o assunto. 
Uma tese psico-sócio-antropológica a ser defendida na frente de uma banca de ilustres professores da USP (ou PUC). 
O título seria mais ou menos assim:

Do porquê dos Homens se esconderem na hora de fazer xixi.
Trauma infantil ou medo patológico?
Um estudo dos costumes masculinos sob a ótica do catolicismo pequeno burguês.
Ou
Um estudo sobre o aparelho urinário masculino sob uma ótica freudiana.

É curioso ver o comportamento dos homens em qualquer banheiro público. A ideia é esconder-se, fugir do olhar dos outros homens. De preferência fazer xixi em pé na privada, após encostar a porta. Medo ou falso pudor? Inveja do pênis alheio? Vergonha? 
Todo mictório é dividido e há uma espécie de parede a esconder as nossas partes. Você não me olha fazendo xixi que eu não te olho também. É constrangedor. Duvido que as meninas, as mulheres tenham tanto pudor. É só baixar a calça, a calcinha e sentar. 

Nós homens precisamos fazer de pé. Quem senta é gay, é boiola. Mesmo não acertando a pontaria e fazendo fora do vaso ou por cima da tampa, tanto faz. Homem que é homem faz em pé. 
Mas faz questão de não mostrar o pinto. Mostrar o pinto só entre amigos e conhecidos íntimos. Na frente de estranhos, não! 
E se aparecer um tarado, querendo apertar os nossos testículos?????

Temos vergonha do nosso pinto? Um trauma de infância? 
De tanto ouvirmos que sexo é pecado, acabamos por materializar a nossa culpa no coitado do nosso bilau. Escondê-lo é preciso! 
Que eu saiba, nunca teve um movimento de queima-cuecas. Deveria de ter. Não seria necessário ir numa praia de nudistas para sentir-nos livres. Liberdade para o sexo masculino já!!!

Lembrei de umas fotos bacanas do Oliviero Toscani sobre a diversidade do órgão genital masculino. Fotos nada bonitas, por sinal. Tem de tudo. De todos os tamanhos e gostos. Enrugados, sem pele, tortos e tímidos. Brancos, pretos, amarelos e 
queimados de sol. 

A natureza fez o nosso sexo ficar à mostra. O da mulher já é escondido. O nosso simboliza poder e gloria (ou a falta de). 
Temos o falo e quanto maior, melhor. 
Vi esses dias na novela da Globo o quanto ainda tal tema povoa a nossa mente. Homens com uma jiboia entre as pernas estão com tudo e podem tudo. Desse ponto de vista, os negros são felizes e os orientais, uns pobres coitados.

Deve ser por isso que fazemos questão de nos esconder na hora de esvaziar a bexiga. Tudo pra evitar comparações e um provável bullying. No fundo, no fundo, é tudo medo de passar ridículo.
Criamos um falso puritanismo apenas para não mostrar os nossos defeitos, o nosso handicap.

E foda-se se tem apenas um vaso sanitário no banheiro da empresa, se desperdiçamos água à toa quando damos a descarga ou deixamos a tampa toda molhada.

3 de octubre de 2013

#Facebook cumpre ordem judicial, apaga posts e não sairá do ar

Uma gaúcha de Cruz Alta, um pit bull e um dentista paulistano - seria cômico se não fosse uma quase tragédia urbana superdimensionada pelas redes sociais.

29 de septiembre de 2013

'Stay On These Roads' - Trailer

Tudo Que Vai

Apenas uma lâmpada de luz piscante e calendários de mulheres seminuas - me fazem companhia.
E descubro - feliz - que poderia morrer de overdose. 
Anos depois - em frases homeopáticas e versos confusos regados a álcool - toco a vida.
Metástase. Metáfora. Metalinguagem.
Em ruas vazias e escuras: Pequenos larápios.
A malemolência do trânsito.
A escassez de afeto: A indiferença.
Continuo nessa tentativa vã de obter perdão. Engolir palavras. Jogando e perdendo sempre.



22 de septiembre de 2013

To the Wonder - Terrence Malick Movie (Amor Pleno)



O mais francês dos cineastas norte-americanos. O filme que traz a natureza como metáfora dos nossos problemas. A falta de comunicação, a ameaça subterrânea. O desejo, a fé, a dor e o desalento.
Quem em sã consciência teria coragem de retratar os EUA como um país decadente e miserável e ao mesmo tempo belo? 
Por que vivemos em constante mutação, em deslocamentos e ausências? 
O amor não basta quando temos contas a pagar, o emprego é escasso e a vida incerta.

14 de septiembre de 2013

Vermelho

Poderiam ser seus lábios, mas são apenas um despiste.
E cheio de sódio (ou seria ódio?)
Vejo seus passos
Subir as escadas
Morrer de lance em lance
Em silêncio.
Queria sim
Queria sim
As suaves prestações
Na medida do possível
Sem percalços
Saltos
Pés pequenos
Em silêncio
Basta.

13 de agosto de 2013

#Alckmin processa #Siemens - Ladrão que rouba Ladrão...

Alckmin processa Siemens - Sonia Racy - Estadao.com.br:

Os caras do Tucanato Paulista conseguiram financiar a sua máquina eleitoral com o superfaturamento das licitações e agora querem processar por perdas e danos a empresa que facilitou e contribuiu com tudo isso! É muita Cara de Pau!!!

27 de julio de 2013

Brincar com as palavras

Estava de passagem
Vivendo escondido entre paredes
Dramas melosos
De poções envenenadas
Palavras mal-ditas
Cabeças ao vento
E mãos sujas.

Tento esquecer
Paro por um minuto de pensar
"sorpresas te da la vida"
Sem cerimonias
Sem preâmbulos
Sem luzes e alma pobre
Entre a multidão irrequieta
Tudo acontece.

A chaleira ferve
O carvão estala
O frio desce
O minuano corta
Resta brincar com as palavras.

23 de julio de 2013

Luciano Szafir revela sofrer de #TranstornoBipolar

F5 - celebridades - Em campanha, Luciano Szafir revela sofrer de transtorno bipolar - 23/07/2013:

Os antigos maníacos-depressivos viraram bipolares. OK. Nada contra mudarem o nome da doença. Errado é o poderoso Laboratório Abbott patrocinar uma suposta campanha de esclarecimento sobre a doença com o apoio da Associação Brasileira de Psiquiatria, sendo que eles comercializam o Depakote - que por mera coincidência é prescrito para...Transtorno Bipolar! Só falta agora a Glória Perez bolar uma nova novela da Globo com um personagem Bipolar para a doença virar moda e a Abbott lucrar horrores.

Gerardo Martino: su filosofía en diez frases #Barcelona

Gerardo Martino: su filosofía en diez frases:

20 de julio de 2013

Canalhas também amam seu filhos num sábado à noite


Desdobro-me em sementes
cresço com um girassol que tomou choque
sujo a calça
e vejo multidões.
Arrumo a mudança
insiro fechaduras e cadeados
coloco pregos na parede
e retratos teimam em cair da moldura.
Tu te tornas
o perfil que não consigo desenhar
feito sem gosto
apenas pele e gordura.
Eu sou a poesia da esquina
onde não há mais neblina
nem guris de prontidão.
O vinho verde 
repousa na calçada
pedindo esmola
e um grito ao longe
em cima do viaduto
acorda o trem.
Subo teus degraus
e esqueço onde tu guardas as minhas memórias.
Limito meus passos no teu ventre e me escondo
apenas um de cada vez - imploro
uma nova chance.
Risco tua pele clara
e deixo toda colorida as linhas da tua mão.
Vejo três tristes tigres tentando acomodar-se no teu colo
vejo flores largadas na lixeira
vejo conspirações tomando corpo
vejo capitalistas cheirando pó
vejo assassinos cuidando de recém-nascidos
vejo o espelho e o canalha.
O canalha lava a louça
arruma a cama
limpa o sangue
e vive de dar falsas esperanças.
Enquanto continuo a juntar o meu corpo
- as sobras -
de overdose em overdose
em calma procissão.



29 de junio de 2013

Quer saber de mim?





Sou de lábios na cor e no tom mais discreto possível
com a pele alba e cheia de segredos
tatuagens a externar desejos
fantasias mal resolvidas
enredada em mil partituras
perdida entre tantas palavras.


Procuro ser minimalista 
em meus erros
mas não admito a escolha infeliz
teimo e sinto as consequências
de ser ou querer ser tão perfeita.


Corações despedaçados
cidades abandonadas
ruas em desalinho
e aguardo uma mensagem
um recado
um assobio.

Circulo entre a multidão
vejo policiais
me escondo entre pilastras
começa a correria
o gás entra pela minha boca
e vomito palavras.


Flores abandonadas na lixeira
chuva esparsa 
cinco graus negativos 
helicópteros caindo do céu
a terra aberta em mil pedaços
pouco importa.

Aos gritos
falo que não tenho 
medo de morrer
Eles não compreendem
Medo eu tenho é de sofrer - explico
porque isso é de matar.

Continuo a juntar o meu corpo
de overdose em overdose
em procissão.



Foto by Pedrosa Neto



Da janela lateral

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----------------- Milhares saíram às ruas a exigir mudanças
mas o pouco que tenho dentro - em nada mudou
pois continuo a sentir frio --------------------------------------------------

Foto by Mustafa Dedeoğlu

Julieta Venegas - Volver A Empezar

11 de junio de 2013

Movimento Passe Livre - São Paulo

Correndo o risco de perder o emprego e alguns seguidores, mas não há como fazer uma leitura reducionista dessas manifestações. Algo que começou na Europa, Chile e EUA, cedo ou tarde, chegaria ao Brasil. Algo de importante está a acontecer no país do futebol, do samba e das mulatas gostosas. E quem não quer enxergar isso, sofre do síndrome da avestruz. Ou os políticos reveem os seus conceitos ou serão atropelados pela força das ruas (jovens que utilizam muito bem a mídia e o mundo virtual, diga-se de passagem).


30 de mayo de 2013

Olhar furtivo

PODERIA morrer de overdose
em verdadeiras doses homeopáticas.
Em versos confusos 
regados ao mais puro álcool. 
Escrevendo por espasmos e
relembrando o meu passado com olhar furtivo 
desconfiada
infinitamente reticente
a assumir qualquer  erro.
Quer saber de mim? 
Sou de lábios na cor e no tom mais discreto possível
com a pele alba e cheia de segredos
tatuagens a externar desejos
sentimentos abafados
fantasias mal resolvidas.
Você pensa que sou frágil?
Ledo engano. Resisti e deixei tudo como era antes
não mexi em nada
mas te vejo ao longe a reclamar
que alguém mexeu na escrivaninha de caoba
na agenda repleta de fotos e poemas antigos
mas juro que em nada mexi
que nada li
apenas joguei fora o guardanapo onde estava escrito
que você voltaria para mim.



JEAN MOREAU - EACH MAN KILLS THE THING HE LOVES - FASSBINDER'S QUERELLE



Para os amigos quem vem para São Paulo neste domingo tão especial...

26 de mayo de 2013

Side Effects Official Trailer (2013) - TERAPIA DE RISCO - Movie Steven Soderbergh



Há algo de dúbio e simulacro. Nada é aquilo que parece ser. Devemos ser cúmplices da mentira, da ilusão, do conluio e do fazer de conta. Como diria Hitchcock: ao diabo com a verossimilhança!

25 de mayo de 2013

Gianni Ferrio - L'appuntamento (Sentado A Beira Do Caminho)

CAIXA ALTA

FICO preso nas palavras, enredado em suas pequenas letras. 
O idioma ídiche confuso. A escrita cirílica embaralhada. 
 Signos, símbolos, semânticas significantes. Estou entre aramaicos. 
São esdruxulas suas ideias, onomatopeicas desculpas sem sentido. Proparoxítonas perversas e paradoxais saindo dos seus dedos.
Metáfora linguísticas travestidas de moralismo.
Você sabe com quem está falando? 
You're talkin' to me?
 Imberbe, detenho-me, paro entre vírgulas, 
e me limito a pensar em CAIXA ALTA.

20 de mayo de 2013

Amor à Vida ou como deixar o Peru por cima...

HÁ anos que procuro não assistir à TV Globo e muito menos se forem suas novelas ou telejornais. Abri uma exceção hoje porque tratava-se do capítulo inicial filmado em parte no Peru. Desisti depois de 5 longos minutos. Se a ideia era fazer o clichê do clichê, eles conseguiram. Se a ideia era parodiar o Expresso da Meia Noite (com batida de coração e tudo), foi de enojar. Só falta agora termos cenas de tortura numa prisão de Cuzco (e tomara que não coloquem torcedores corintianos no meio). 




Enfim, uma bela merda que mesmo as belas paisagens da serra peruana não conseguem salvar. Das duas uma, ou a Globo tá sem grana pra bancar uma abertura nos Alpes Suíços ou o governo de Humala está pagando o peso da Paolla Oliveira em ouro.

19 de mayo de 2013

Jack Reacher



UM filme que tem o  e  como convidados não poderia ser pouca merda... 
A parte final do filme lembra em alguns momentos o também final apoteótico de Los Angeles - Cidade Proibida (http://www.imdb.com/title/tt0119488/?ref_=fn_tt_tt_11). Sem falar dos clichês e das coincidências,  pois temos a loira, o policial corrupto, o cara misterioso que quebra todas as regras para fazer justiça. O cinquentão Tom Cruise, que por pouco bate as botas durante as filmagens, continua, literalmente, detonando.