6 de julio de 2011

Procura-se

Visto na rua: Procuro por coração de aluguel. Pouco usado. Pouco sofrido. Sem preconceitos. http://ping.fm/ueKAw

5 de julio de 2011

Frio glacial

Naftalina e sexo: Em dias de frio glacial, o primeiro aparece intenso. O segundo se esconde sob as cobertas. http://ping.fm/EkKRl

4 de julio de 2011

Poli vence San Fran em jogo dramático (rugby)

Que jogo da seleção brasileira que nada. Jogo mesmo foi assistir à Poli x San Fran (Direito USP) num emocionante confronto de rugby universitário. E ver o filhote fazer um lindo try, depois de interceptar uma jogada na linha de 10 metros do adversário, carregando a bola num pique eletrizante até o ingoal - foi fantástico. http://ping.fm/v4prY

3 de julio de 2011

Primeiros Erros

Cai o dia e ninguém te espera.
Você foge e ninguém sente sua falta.
És um ser virtual
com sentimentos doloridos e antiquados.
Singelamente egoísta e imaturo.
De ruas vazias, coração fraco e lágrimas fáceis.

Un vestido y un amor - Fito Páez & Julieta Venegas

2 de julio de 2011

Carta a um Jovem Aprendiz

Mande flores. Na dúvida mande flores. Foi a mensagem lida na embalagem de um bombom. E com essa frase tão clichê começo o dia. Um sábado qualquer. Um sábado medonho, de clima estranho numa repartição estadual.
Escrevo por sobra de tempo, por desespero, por demência. Sou um funcionário público dos velhos tempos, de velhos hábitos e futuro incerto. Vivo de lembranças. E particularmente, no dia de hoje, sinto-me mais saudosista do que de costume.
Queria te ver, mas não consigo. Queria te tocar, mas é proibido.
E assim escrevo. Sublimo os meus desejos. Cuido dos meus sentimentos como quem cuida de uma linda roseira, jogando água filtrada em terreno sadio, num local arejado e de muito sol. 
Jogo com as palavras porque elas me perturbam. Jogo com a minha vida porque ela se esvai e eu vou junto.
Você não me entende? Prefiro as mensagens cifradas. A escuridão do texto. Nada de abordagens óbvias - já dizia o poeta. Quero que você morra, ficou claro?
Ontem, uma sexta-feira de sol esquisito, foi o dia da minha vingança. Depois de tantas e tantas desilusões, foi a vez de dar o troco. Cansei de aturar os seus desaforos. E escrevo.
Soltei a minha raiva. Coloquei tudo pra fora. Mas nada de agressão. Nada de violência.
Apenas não compareci, ou melhor, fugi da sua presença. Não atendi suas ligações. Não respondi suas mensagens. E tal uma sombra escapuli pelas ruas, sem destino, sem vergonha.
Quero tornar as minhas palavras um exemplo de vida. Quero que alguém as leia no ano de 2025 e aprenda algo com elas. Para não cometer os mesmos erros e sofrer desnecessariamente. Para conseguir levar um dia a dia mentalmente mais saudável. Menos medo, menos prazer, menos tudo. E assim escrevo.
Poderia te ligar hoje. Poderia sair a esmo e te encontrar. E meio sem jeito, diria bobagens, palavras sem nexo e desculpas furadas. Tentaria uma reconciliação em desvario. Um sonho alucinado sem retorno e sem respostas. Como a vez que fui ao seu apartamento e você fingiu não estar presente. Mas o olho mágico não mente e a contraluz por baixo da porta serve como prova. A justiça tarda, mas não falha.
Queria te ver um pouco, quase nada, talvez menos.
 (to be continued...)

Dominique Strauss-Kahn feat Mike Tyson

Correndo o risco de ser tachado como machista, afirmo que essa história do abuso sexual envolvendo o Strauss-Kahn sempre me cheirou a maracutaia. Para os politicamente corretos, não havia sombra de dúvida sobre a sem-vergonhice, sobre o crime praticado por Strauss-Kahn. E agora? Lembrei do Mike Tyson. Será que a acusação contra ele também não foi uma tramoia para tira-lo dos ringues? http://ping.fm/3XKNf 

26 de junio de 2011

Um breve resumo de vida

Poeta diletante. Homem frustrado. Não leu os clássicos, mas gosta de Bukowski.

Meia-Noite em Paris

Antes tarde do que nunca. Há tempos que não ia ao cinema e isso pra quem já viu três filmes num dia só (na época que passeava por Porto Alegre), é triste, um sacrilégio pra qualquer cinéfilo de carteirinha.
Enfim, foi um prazer voltar ao escurinho do cinema pra assistir a mais um filme do Woody Allen. Mesmo que a história fosse ruim, a voluptuosa e fútil Rachel McAdams (uma Paola Oliveira dos States) e a sempre lindíssima Marion Cotillard valem o ingresso (desculpem o chavão).
Mas o filme não é nada ruim. Muito antes pelo contrário. É simples sem ser simplista. É criativo sem ser soberbo. É divertido sem ser piegas. É melancólico sem ser "cursi". E Paris é sempre Paris. 
Como Woody Allen apresenta a petulância norte-americana e seu gosto jeca - é bárbaro. Lembro quando o Bush Jr ofendeu a velha Europa. E agora temos um filme que faz uma linda homenagem à cidade - nada melhor que o tempo para apagar as besteiras do Destino Manifesto. 
E o que dizer da trama, do plot? A melhor frase é "...todo escritor é competitivo", dita por um Hemingway bêbado. E a volta ao passado como negação do presente guarda em si uma loucura contida. Um escapismo besta mas romântico. Quem não gostaria de voltar ao passado? Quem nunca achou que nasceu na época errada? Voltar no tempo e encontrar heróis da literatura, artistas geniais é uma sacada e tanto. É como dizer que a arte salva tudo. E que estamos vivenciando um mundo medíocre porque a arte é idem. Owen Wilson resume tudo quase no fim do filme - o nosso presente é imperfeito, mas é o presente e cabe a nós muda-lo.



16 de junio de 2011

E o filhote que tá triste porque desmanchou com a namorada e ela está passando muito mal...