18 de mayo de 2013

O frugal Money Mustache

A coluna do Thomaz Wood Jr. na CartaCapital é quase sempre fundamental para quem estuda, observa ou vive 10 a 12 horas por dia no tal de Mundo Corporativo. E o cara entende do assunto, pois é professor da FGV. A coluna desta semana é imperdível por verbalizar todo o absurdo do consumismo desvairado. "Vivemos para pagar dívidas" e comprar besteiras por uma questão de status, inseguranças e compensações.
http://www.cartacapital.com.br/revista/748/o-frugal-money-mustache

ROLA (ou tanto celeuma por quase nada)...

12 de mayo de 2013

O meu sentimento hoje?


O meu sentimento hoje?

Vai bem, obrigado.

pulando de galho em galho

que nem beija-flor aloprado

tal rio sem leito
confuso, caudaloso  e
oscilante.

O meu sentimento hoje?
Vive dengoso, carente e melancólico
com vontade de esconder-se
num cantinho escuro, quieto e
tiritante.

O meu sentimento hoje?
Está com medo
com um medo que o deixa
paralisado por tanto sofrimento e
estupidez galopante.

O meu sentimento hoje?
Continua inseguro
com lágrimas e soluços de menino bonito
postado na janela.
Continua indeciso,
pois não sabe
como terminar o poema
sem ser repetitivo, melodramático e
arrogante.

O meu sentimento hoje?
Pede paz, pede água, pede pão.
Pede um olhar de carinho,
um abraço terno,
dez centavos no bolso,
uma passagem de ida,
um amanhã menos frio, mais justo e
tolerante.





Sol de Inverno


Como o sol de inverno
Que me engana
Que mente e me faz
Sair sem abrigo
Agora sinto 
O frio

5 de mayo de 2013

Se (azul)

Se eu não me levasse tão a sério, me jogaria aos seus pés de porcelana. Usaria a saia como refúgio. Corromperia os pretorianos e soltaria fogos de artifício. Se tudo não fosse tão ridículo, espalharia pela cidade cartazes com sua foto, inventaria mentiras ardilosas e conseguiria seu número. Se eu fosse 20 anos mais jovem, ligaria todos os dias à meia-noite, aceitaria pedidos mirabolantes e usaria seu rímel favorito. 
Se a chuva e o vento não fossem tão intensos, correria pela praia, molharia os pés e me perderia no meio do oceano. Se perfeito tudo fosse, cresceria por dentro, olvidaria seus olhos, escreveria cartas de amor com tinta guache e me pintaria todo de azul royal. Simples assim.

27 de abril de 2013

Da arte de escrever cartas...


No Dia Internacional do Livro, lembrei da época que escrevia cartas. Havia toda uma preparação na escolha do papel e caneta. Da forma da letra, da lu z, da postura do corpo, da pressão da mão. Todo um contexto físico que influenciava e impunha uma certa solenidade no ato de escrever. E hoje tudo mudou. A máquina de escrever, num primeiro momento e depois a vinda do computador, eliminaram por completo todo o charme ou mise-en-scène 
da escrita pura e simples.

A vida é como um lápis

A vida é como um lápis. No inicio somos cheios de atitude & garbo para depois terminarmos encolhidos e largados em qualquer canto. Mas o que de fato importa é aquilo tudo que escrevemos e ficou registrado. Para o bem ou para o mal.

14 de abril de 2013

Estou me matando aos poucos...

Produto de uma cruzada histórica
da feirante e do balconista
Em devaneios curiosos
Em risadas histéricas
Pequenas interpretações do mal
Em benefício próprio 
Crianças pulam no meu entorno
E a concentração se esvai
Vivo de futilidades e remédios mil
flatulências insistentes
velhas manias
tudo no seu devido lugar 
Pintas no rosto
semanas separam as palavras
e idiotas me cercam em roupas mínimas
A janela em frente
não guarda segredos 
corrói a alma 
em suaves prestações
E o azul que te cerca
em breve irá virar cinzas ao léu
de salto alto e quedas intensas
Estou me matando aos poucos
seguro o peito da minha Mãe
misturo cocaína com vodka
analgésicos e ansiolíticos
sem espaços, vírgulas e pontos
sem cerimônia
sem culpa
sem pressa