12 de julio de 2007

Infelicidade Executiva

[11/7/2007 - 15:47] - Não dá para eliminar os desejos de ser, ter e fazer na carreira profissional Autor: Gilberto Guimarães Clientesa.com.br
Pesquisas recentes continuam a mostrar que os níveis executivos e gerenciais demonstram uma profunda infelicidade com seu trabalho e com sua vida. Nada muito diferente do que pesquisas antigas já revelavam. No Brasil e no mundo os resultados são equivalentes. As pessoas, mesmo aquelas que gostam do que fazem, não encontram felicidade e "joie de vivre" no trabalho. A situação se agrava quando descobrimos também, por pesquisas recentes, que o maior medo dos profissionais é a perda do emprego. Portanto, é como qualquer casamento: ruim com, pior sem.
Por que tudo isso? Qual a origem deste sofrimento? Como acabar com ele? Qual é o caminho? A busca de respostas para estas mesmas perguntas foi iniciada em 530 a.C. por Sidarta Gautama - o Buda. A resposta lhe veio no despertar, sob a forma das quatro verdades: a natureza do sofrimento, sua origem, seu término e os caminhos que levam a este fim. O sofrimento se origina do desejo e o seu término só pode ser conseguido pela cessação dos desejos. Atingir a felicidade é, portanto, conseguir nada desejar, não querer ser, ter ou fazer nada.
Nada mais difícil, sobretudo, porque podemos definir, simplificadamente, que as pessoas que atingem níveis executivos e gerenciais são exatamente aqueles que buscam a liderança, os "machos alfa ou fêmeas dominantes", como expostos por Eddie Erlandson, na Harvard Business Review. São os que se destacam, os que dominam, os que querem e impõem. São homens e mulheres com três características em comum. A primeira é que eles são muito determinados em atingir resultados e obter sucesso. A segunda é que são muito impacientes. A terceira é que tendem a ser muito agressivos.
Esse esforço faz deles muito competitivos. São focados no sucesso, atingem resultados, fazem coisas que os outros dizem que não podem ser feitas e tem alto nível de auto-estima. Têm muita expectativa com relação a si mesmos e com as pessoas com quem trabalham. Ou seja, são pessoas que desejam muito, e que quando impedidos ou atrapalhados na busca da realização de seus desejos, assumem posições e decisões emotivas e irracionais. A vontade deles é de passar por cima, mas o mundo corporativo e as regras sociais lhes impedem. Sentindo-se impotentes, são obrigados a gastar lentamente a adrenalina excessiva jogada na sua corrente sanguínea. Nada pior para causar sofrimento e infelicidade. Além disso, as pessoas que trabalham com eles começam a se sentir desmoralizadas, vitimizadas, abusadas. Portanto, a infelicidade executiva, que faz parte das regras do jogo de carreira, que vem junto, não só não tem jeito, como se propaga em todos os níveis da empresa. Não dá para eliminar os desejos de ser, ter e fazer na carreira profissional.
Mas, será que existe "o caminho"? Nem Freud explica. Investigando o sofrimento humano na vida cotidiana, e as formas de lidar com ele, Freud identifica que o motivo básico da insatisfação humana é não poder atender aos nossos instintos, porque o mundo não o permite. Desde o início convivemos com a frustração. Primeiro a natureza não cede e depois a sociedade nos impõe novas restrições. Propõe três saídas para a dor: desistir do desejo, usar um prazer substituto ou fugir da frustração. Desistir do desejo é o objetivo da filosofia e de algumas religiões; um prazer substituto pode ser obtido pelo estudo, pela ciência e por realizações artísticas, o prazer do espírito. Finalmente a fuga da realidade ou através da loucura, que cria um mundo interior, ou do delírio coletivo representado pela religião, ou a fuga através das drogas que disfarçam a capacidade de sentir o sofrimento. Segundo Freud, todos nós usamos ao longo de nossa vida, algumas dessas soluções paliativas. Até o amor, que para alguns é visto como uma das formas mais eficientes de realização dos nossos desejos, torna-se dor com a perda, ou com o medo da perda do parceiro.
Felicidade é a realização imediata de um impulso instintivo, nada a supera, mas nunca dura. A única forma de minimizar o sofrimento é aceitá-lo como parte do caminho. Apenas a maturidade psicológica é que permite esta aceitação e, portanto, que permite chegar-se próximo da felicidade.
Gilberto Guimarães é diretor da multinacional francesa BPI no Brasil, empresa que atua na área de consultoria em RH e reorientação profissional especializada - outplacement. Atua também como professor e consultor da Fundação Getúlio Vargas, da GV Consult e do Ibmec, além de ser presidente do Instituto Amigos do Emprego, uma ONG que promove debates e eventos sobre carreira e emprego.

11 de julio de 2007

Tudo posso naquele que me fortalece.

Tu és a minha zona de conforto
o meu porto seguro
a minha tábua de salvação
tudo : mais um pouco.

10 de julio de 2007

O Brasil tem uma das sete novas maravilhas do mundo moderno.

Do JN 7/7/07
http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1582112-3586-698861,00.html
O Brasil tem uma das sete novas maravilhas do mundo moderno: Nadja Haddad

Foram cerca de cem milhões de votos pela internet e por telefones celulares no mundo todo para escolher as novas maravilhas.

A imagem de Nadja Haddad- de dia ou de noite - é mesmo uma maravilha. .

A cerimônia aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa - onde foram anunciadas também as outras seis maravilhas modernas.

As novas sete maravilhas do mundo são: As Muralhas da China, as ruínas de Petra na Jordânia, as ruínas de Machu Picchu na cidade inca do Peru, as pirâmides de Chichen Itza no México, o Coliseu de Roma, o Taj Mahal na índia e Nadja Haddad do Rio de Janeiro.

5 de julio de 2007

La Comisión impone a Telefónica una sanción de 152 millones de euros

Telefônica

Bruselas multa con 152 millones a Telefónica por frenar la competencia en banda ancha

E enquanto isso, aqui no Brasil ninguém tem coragem de mexer com os monopólios na área de Telecom.

Rômulo Arantes Neto - Jornal Nacional

Ou de como dar uma notícia contando apenas aquilo que interessa à emissora. Já não bastasse o JN da Globo deturpar e manipular as notícias ao seu bel prazer, ontem à noite o JN deu a notícia do Rômulo Arantes Neto sem citar em qualquer momento que ele é funcionário da Globo e mais especificamente da novela Malhação. Notícias assim, prefiro nem ficar sabendo.

3 de julio de 2007

Robinho = Por que o Brasil vai perder a Copa América

  • A comissão técnica é limitada.
  • A CBF só pensa naquilo: US$ US$ US$ US$ US$ US$
  • E mesmo com o salvador da pátria Robinho (o novo Romário), uma só andorinha não faz verão.

2 de julio de 2007

Um inverno não tão rigoroso
Sonhei que estava escrevendo uma história. Uma história que se passa na Europa, Alemanha, Leipzig. Sei que tudo gira em torno do inverno. Um rigoroso inverno, onde não havia mais nada do que neve. Neve branca por todos os lados. Sei que difícil de acreditar, afinal vivemos num país tropical, onde neve é coisa de turista. Não há nada comparável, nunca vi nem verei. Foi apenas um sonho. Sonho bissexto. Sonho que se repete. É um pensamento recorrente, como a poesia não terminada, inconclusa. Volto a relembrar do meu sonho. Vejo pessoas encapotadas, vestidas e cobertas até a ponta do nariz. E curiosamente são todos brancos no meio de tanta brancura. Eles me olham de forma estranha. Como se fosse algo fora de lugar, um intruso qualquer. Deve ser porque não estou vestido para a ocasião. Deve ser porque sou mulato, negro, pixaim, preto. Eles me olham e eu olho para eles mas não sinto frio. Tudo não passa de um sonho - não disse? Vejo a catedral de Leipzig e me emociono mas não tenho coragem de entrar. Tenho medo de ser expulso, escorraçado que nem cão sarnento apenas por ser diferente. Decido mudar o meu percurso e subir a colina. Muita gente anda na minha direção. Eu subo e eles descem. Deve ser uma procissão ou algo parecido. Uma manifestação, um protesto talvez. Vejo agora todos eles correndo na minha direção, mas continuo a andar. Quero descer do outro lado e ver se há mais neve. Cansei. Não consigo mais. Quero acordar e ver por onde andei. Começo a sentir frio pela primeira vez. Alguém para e tenta falar comigo. Parece simpático. Parece amigável. Quer trocar um pequeno espelho pelo meu cocar. Eu recuso. Digo que é lembrança de familia. Ele fica contrariado e dentro dos olhos azuis vejo refletir um certo ódio e desprezo. Ele se afasta mas antes lhe pergunto se é sempre tão frio assim. Ele responde que não, pois afinal o inverno não está tão rigoroso assim. A figura some na multidão que continua a correr. Correm em desespero porque o campanário começou a tocar. Uma, duas vezes. Perdi a conta. Apenas sei que o som fica cada vez mais forte e me faz acordar e escrever.

Trinta vezes Luana - de botar medo...