23 de septiembre de 2015

Que Horas Ela Volta?



Sei lá mil coisas. Poderia elogiar o filme como libelo contra o classe dominante, como ensaio social sobre a injustiça e a mudança de paradigmas nos últimos anos. Poderia sim. Mas prefiro olhar apena o lado criativo, e nesse ponto, na minha modesta opinião, a película deixa a desejar. Há um excesso de didatismo e explicações na tentativa de não deixar nada no ar. Preferiria algo mais cognitivo, mais poesia e menos discurso. Por mim, o filme terminava com a Val na piscina e só. 

8 de septiembre de 2015

#Imprensa - Vinte e cinco anos depois continuamos a discutir mais do mesmo

http://www.portalimprensa.com.br/imprensa25anos/img/internas/capas/08.pdf

Lembro que nos anos 80/90 se falava muito em isenção jornalística, objetividade ou coisas do tipo e a Folha alardeava isso como práxis, ou melhor, pura ferramenta de marketing. Mais de vinte e cinco anos já se passaram e continuamos a discutir ou a achar que ainda cabe pensar em imparcialidade...


http://bocc.ubi.pt/pag/moretzsohn-sylvia-profissionalismo-jornalismo.html

7 de septiembre de 2015

Tencionava escrever, mas tenho sangue nas mãos

Tencionava escrever 
mil palavras curtas
apenas
te ver
um pouco
quase nada
talvez menos
mas não consigo
os aviões negros
não permitem
circulam
e destroem tudo ao meu redor.

Sim, um encontro casual
séculos
se passaram
e sou
um sujeito entre tantos
longe de Brads e Toms
andando de metrô lotado
o celular entre os dedos
a estação aos prantos
com belas mulheres
sinto o impacto
o fedor do Tamanduateí
e é como se fosse ontem
transfigurada
prestes a pular no rio
um menino solta fogo pela boca
os transeuntes disparam
os carros buzinam
tenho que volver
escrever mesmo.

Pássaros pousam na minha cabeça
e um deles me derruba
no meio do lodo, da lama, do nada
e agora estou aqui 
- entre milhares d'almas -
a pensar no meu fim.

Papéis me cobrem
encho o peito
deito de bruços
sinto seu hálito
sinto seu gosto
e quero morrer
morrer mil vezes
e acordar com sua mão segurando a minha.

Quero dizer basta
aos gritos
janelas se abrem
uma música me invade
e fico à deriva
nada importa
nada mais me seduz
nada me atrai
e uso as palavras como arma
branca
indolor
espero tudo passar.