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12 de abril de 2015

Cabia a palavra flor em uma das mãos


A vi passar de lado 
tantas vezes 
ter você como amiga
pretensamente amiga
folhas são campeãs 
únicas e distantes
pêssegos em calda
ao lado da estrada
quero inflar seu ego
deitar de lado
infringir dor
e querer
ver
um tanto 
quase nada.




Um coração de aluguel
inteiriço
e decadente
pede perdão
ninguém ouve
menos a distancia
um lugar qualquer
olhar papel janela
medo de estranhos
singulares
medo
de plurais
de verbos
categóricos
aforismos
que matam.

No pain
no gain
círculos chistosos
detalhes pequenos
pés enlaçados
um livro
um dedo em riste
pensamentos imunes
pássaros negros
que teimam
em escrever
ouvindo Tom Waits
num sábado à noite.

29 de marzo de 2015

Mirada

Your way of being make me happy. Your way of looking make me sad.
   02/11/2010

8 de marzo de 2015

No Dia Internacional da Mulher - Parte de um poema de Hilda Hilst - Do desejo

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância. 
Antes, o cotidiano era um pensar alturas 
Buscando Aquele Outro decantado 
Surdo à minha humana ladradura. 
Visgo e suor, pois nunca se faziam. 
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo 
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás 
Depois das lidas. Sonhei penhascos 
Quando havia o jardim aqui ao lado. 
Pensei subidas onde não havia rastros. 
Extasiada, fodo contigo 
Ao invés de ganir diante do Nada.


16 de febrero de 2015

110

Cabe a mim escrever uma peça de teatro extensa
inverter os diálogos
sair pela tangente
digitar
palavras
fazer piadas
rir das desgraças
e sexo dissimulado.

Peidos e arrotos
pululam no meu organismo
penso em deletar tudo
escrever em guardanapos
e juntar sentenças
equidistantes.

Menos melodrama
mais filigrana
vãs tentativas
de esquecer
de disser perdão
de longe
de longe
entre paredes
visto tuas roupas
sinto
releio
apalpo
e de salto alto
pulo em segundos.

Vc fala?
Estrebucha então
bate no meu rosto
me faz reagir
milhares de vezes
já disse
eu não durmo
apenas fecho os olhos
e encomendo
meus sonhos.

Aceito pedidos
mas volta pra fila
ela está na sua frente
lendo Bukowski
com uma câmera 110
de tentáculos verdes
e muita fome.





1 de febrero de 2015

Moça me atropela


Navego sim. Navego.
Entre cores escaldantes 
e temerosa água fria.
Entre areia submersa 
e gaivotas urrantes.

Entre pausas e aspas
signos diversos.
Entre avisos de perigo
boias 
e círculos flutuantes
me solto
perco o controle
perco a visão
a voz
perco.

Entre paciência 
e dádiva
persigo sua
lembrança
fossilizada
na memória
de olhares raivosos
e penas ao vento.

Surto infinito.
Perdões abafados
clemência absoluta
vísceras expostas.
Moça me atropela.
Não direi nada.
Apenas irei pedir
pela minha Mãe
entre soluços.

25 de enero de 2015

Namoradas de papel

Aprecio os meus longos minutos de silêncio e contemplação.
Contemplo, logo existo.
Sir John Coltrane me disse uma vez para seguir em frente...
pelo lodaçal, sujando os pés (unhas compridas e remelentas).

Subo na boleia de um caminhão de rodas coloridas e metalizadas.

Com idiotas rindo ao longe.
Na paisagem estranha - o idiota sou eu, talvez.
Faço um selfie: sorriso aberto.
Grito. Desço. Ainda não vivi o suficiente.
Vago pelo mato.
Corto palavras.
Queimo pontes.
Circulo entre cabras copulando
a tormenta se acerca.
Raios e trovões.
Frio e chuva.
Deito na lama.
Acaricio meu pênis.
Adoro gatos e namoradas de papel.
O mundo gira em torno de mim.

Imagino cavalos em fuga 

meretrizes ao vento
pipas encharcadas
abelhas embrutecidas.
Sofro sem querer.
Choro sem pesar.
Elevo a voz.
Jovens sendo espancados no meio-fio.
E eu aqui, dando milho aos pombos.

Na esquina há um bar

Esquina é seu nome
ninguém que eu conheça
a bebida mais forte
paro de pensar
escrevo
deleto
deletério
diletante
num guardanapo
qualquer
Where is My Mind.

Mais um selfie. Não me reconheço

O copo - só vejo o fundo
Desisto e repito como se fosse um mantra
Mil vezes, mil vezes, mil vezes:
Nada me atrai
Nada me distrai
Nada me seduz
E continuo à deriva.

12 de diciembre de 2014

O Demônio de Quatro Patas


Queria te ver 
nua         crua
possuída
por um demônio de quatro patas
incisivo
e teratológico.
Sim, porque ela gosta de palavras difíceis
grandiloquentes
mirabolantes.

E enquanto entre quatro paredes
ele olha a mulher do caixa
a mulher do café
a mulher da pipoca
entra meia duzia de pivetes
pagando meia-entrada
e o filme
faz círculos tal cinematografia francesa
de antes
de antanho
cortes abruptos
relatam o seu abuso
seu uso
intenso
belo
e que
esconde
qualquer sentimento
- melhor assim.

A sós
os dois se juntam
pedem sossego, pão e água
e com vinte centavos no bolso
atravessam a alameda
pegam o primeiro voo
e deturpam
correm
se escondem
no trem 
de pouso.

Anos depois 
jazem ainda congelados
na pista vazia
cinzas
e aconchegados.

25 de mayo de 2014

Eu a vi (quase)

Eu a vi (quase)

Eu a vi há pouco, quase nada. 
Um retrato, talvez.
Olhos pequenos, escuros e o sorriso tímido
de quem me vê e não diz nada.
E em silêncio, quase sem palavras,
vivo, escrevo e te esqueço
em suaves prestações mensais.


10 de mayo de 2014

De jogos e outras locuras



A loucura é ampla, geral e irrestrita. 
daquelas que você acha numa loja de dpearytamentos. 
E são vendidas em várias cores e tamanhos. 
E se você encontra-la por aí, lembre, ela é gosta de mentir.
Dizer que é sã. 
Sem complexos e auto-confiante
Travestida em mil figuras psicodelicas
E tessitura ambar

ë como se fosse um vírus
que se instala num computador, num celular
e derruba todo o sistema
e finge que não é com ele
que manda mensgaem desejando um Feliz Natal 
e depois alega que foi engano.

Vive de Hotel em Hotel
e cancela vôos e de longa duistância
Desiste de brinca e volta pro colo da Mãe.

Traga seu cigarro, bebe seu chimarrão
Chora em espasmos
Ouve Legião e pergunta p quê foi feito do 4to elemento
Chacoalhar o esqueleto

Joga dominó na primeria esquina
mas saiba quie é uma ilusão
como se fosse um sábado ã noite
ouvindo Russain Red
e do nada saem chispas
como um carvão \ como incenso
e permita-me dizer
não faltam palavras.

E a folha em branco
a caneta cinza
não conseguem contê-la
e sem revisões - correções
publica
o pouco que sabe
sobre a locura que suspira
e ainda vive no hospedeiro.

5 de abril de 2014

De pés pequenos que pregam o amor eterno...


Sabidamente o olhar não tira pedaço, então por que estupidamente usamos o banheiro público para encontrar-nos? se de fato a praça oferece mais espaço para maconhar, se o obelisco é um objeto redondo que solta faíscas, se o ventre da sua madre não implora perdão, mas refaz-se na curva, curvados iremos viver se não entrarmos na Florida e pedalando o pedal da bicicleta que cai de tanto andar, de vício livre, de sempre livre, corredores que nunca terminam, circulando, circulando diz o gendarme, e sob jatos d'água, vejo reluzir seus pés pequenos que pregam o amor eterno, mas odeiam serem seguidos por olhares estranhos...

4 de abril de 2014

Pensou ter visto um olhar sincero


Sucessivamente distante e ao mesmo tempo tão perto - decidiu cair de amores pela primeira pessoa que passasse na rua - justo ele que adorava gatos - o corrosivo cheiro de urina fez que tudo fosse esquecido (acordou entre amores - sem saber o sentido - da vida - da existência) - pensou ter visto um olhar sincero - ledo engano - era de ódio - e sentindo-se aleijado e descontente - posou nu para o lambe-lambe da praça - perdido entre aspas e fiel condutor da existência alheia - pensou ter visto a luz no fim do túnel - mais uma vez - estava errado - não havia luz - apenas indiferença - e entre quatro paredes tortas - desenhou seu corpo estirado no chão - cedo - muito cedo - viu-se no espelho novamente - e pensou se estaria ainda perdido - sem pé nem cabeça - como este texto alucinado de sexta à noite - enquanto fuma - divaga - escreve - e ouve o som da partida - da luz inquieta - de cerdos voando - de ninfas e suas tatuagens escandalosas - de pés pequenos que pregam o amor eterno - de um adeus sincero - de uma palavra amiga - de pensamentos difusos e inquietos - de conselhos lidos no jornal de domingo e de bate pronto - acaba tudo - e se masturba.

29 de marzo de 2014

By the way


By the way, os aviões negros que circulam por cima da minha cabeça - não são aviões.

São pássaros negros. 

De asas longas, imensas e um bico curvo tal gancho pirata.

Centenas. E a cada dia mais atrevidos e sem cerimônia.

Abruptly, um deles faz um voo rasante e me derruba. 


No meio do lodo, da lama, do nada.

Finally, estou aqui - entre milhares d'almas - a pensar no meu fim.
The End.

23 de marzo de 2014

Ser Urbano

Suddenly, apareces. Vou na sua direção e e dás meia volta. Foges.
É como se eu fosse uma espécie de ser químico, cheirando mal.
É como se todos os defeitos do mundo tivessem feito morada no meu rosto, no meu olhar.
Tenho saída? Há respostas? Existe algum remédio?
Prefiro acreditar que sim. Prefiro voltar no tempo. Regredir.
Correr. E desejar o colo materno.

By the way, os aviões negros que circulam por cima da minha cabeça - não são aviões.
São pássaros negros. De asas longas, imensas e um bico curvo quem nem gancho pirata. Centenas. E a cada dia mais atrevidos e sem cerimônia.

Abruptly, um deles faz um voo rasante e me derruba. No meio do lodo, da lama, do nada.

Finally, estou aqui - entre milhares d'almas - a pensar no meu fim.

The End.

21 de febrero de 2014

Analógico

Por mais que eu tente, continuo sendo um ser analógico com inúmeros problemas digitais.

8 de febrero de 2014

Sujeito Oculto II

Tencionava escrever pequenas histórias brutas.
E usar cegas palavras para te tocar em pedaços.
Busto, umbigo saliente, nádegas, pés disformes.

Descrever é insistir.
O vermelho do rosto. A tatuagem em ídiche.
O suor em volta dos lábios.
Unhas bicolores.
Mas nada mais me atrai. Nada mais me provoca. 

Resta o verso, a brisa e viver de prosa. 
Vou me esbaldar, vou me acabar.
Deixar-me esquecer na beira, de fininho, oculto e à deriva.
Tenho dito.

29 de diciembre de 2013

Biotipo (poesia em tempos de Twitter II)


vou avisando. Não sou do tipo que lê poesia e envia flores.

E se mesmo assim, você quer me conhecer.
Preciso te alertar: sou do tipo que  usa ainda ponto e vírgula; 

esconde pecados sob o tapete; adora remédios de tarja preta e some no meio da multidão.
Sou do tipo que guarda velhos gizes de cera na gaveta da escrivania  (cheiro de infância), uma caixa vazia de sabonete Francis (cheiro do sul), não usa cheques e adora pizza com maionese.
Você teima estupidamente em me ver? Então faço questão de te lembrar: não sou nenhum Brad Pitt, gosto de Fado e Zarzuelas, como com garfo e faca, arroto por prazer. 
E me dou o direito de sonhar com a felicidade aritmética e a paixão geométrica (ou seria o contrário?). 
Enfim, quando você quiser conversar, é só um dar um toque.
Afinal, o que é menos ou mais que um toque? conforme já disse Walt Whitman.




23 de noviembre de 2013

Queria te ver em prantos



Queria te ver em prantos
                                                                                de leve - mal passado
Queria te ver estupidamente gelada
                                                                                                                     envolta numa cápsula de metal
tijolo a tijolo
pulando cercas
blusa preta
renda chinesa
louça suja


Doideira
Sem palavras
Olhar tira - corta - reduz - surta em pedaços
Bebo e nado em círculos 
Garranchos na parede
Gritos abafados

Um ponto, uma vírgula fora de lugar
Desiste
Escrevo pra mim
Sinto pena
                                                                                                                                                           difícil 
difícil é saber se o copo está vazio
se a decisão foi acertada
tenso o seu silêncio
uma carta sem selo
uma fita K7 feita em trizas
canetas sem tinta
miniaturas em decomposição

                                                                         Tento
Deito cabeça a cabeça
enrolo meias num cemitério de irmãs solitárias
cruzo o rio e vejo ao longe um cavaleiro
ele me diz
que te viu
aos prantos
e sinto que as lágrimas
fizeram transbordar as águas
deixam-nas coloridas
e me afogo.
                                                                                                                            O fogo pede perdão e se apaga em suaves prestações mensais. 
Fica causando e bêbado corre atrás do trem
perde o folego

e diz adeus ao pequeno bezerro que mama 
enquanto afasta com o rabo uma mosca de olhos grandes de desespero

Ele inerte - eu descanso.

17 de noviembre de 2013

Tenho problemas com...

Metidas de pata
Malcriadezes
Melindres
Menosprezo
Mulheres
Matemática
Maledicências
Misantropia
Misoginia
Motivação
Matéria
Malandragem
Meretrizes
Mocreias
Multas
Médicos
Miércoles
Marte
Maiúsculas
Maionese
Meticulosidade
Mirror

29 de septiembre de 2013

Tudo Que Vai

Apenas uma lâmpada de luz piscante e calendários de mulheres seminuas - me fazem companhia.
E descubro - feliz - que poderia morrer de overdose. 
Anos depois - em frases homeopáticas e versos confusos regados a álcool - toco a vida.
Metástase. Metáfora. Metalinguagem.
Em ruas vazias e escuras: Pequenos larápios.
A malemolência do trânsito.
A escassez de afeto: A indiferença.
Continuo nessa tentativa vã de obter perdão. Engolir palavras. Jogando e perdendo sempre.