Liberdade para opinar, falar besteira e reclamar da vida (antigo ProviSório - como tudo que nos rodeia).
27 de junio de 2020
Wasp Network - Rede de Espiões
Baseado no livro "Os últimos soldados da Guerra Fria" de Fernando Morais, o filme narra a missão de revolucionários cubanos infiltrados em organizações de extrema-direita em Miami. Nada contra. O filme é bem feito e está povoado de estrelas onde se destaca a Penélope Cruz. O problema é o roteiro que vai e volta e deixa tudo confuso (por exemplo, por que o personagem de Wagner Moura volta para Cuba no meio do filme?). Bom, serve como ilustração histórica, principalmente, para os Brasileiros a conviver com a ameaça dos bolsominions e suas loucuras.
21 de junio de 2020
Pedro Navaja - Jazz at Lincoln Center Orchestra - Rubén Blades
A pegada jassistica é de arrepiar. Uma pequena
obra-prima. Lembro que havia um colega na Faculdade que só ouvia e falava dessa música.
Como se fosse um ator a simular os dissabores de Pedro Navaja. A caminhar pelas ruas de Lima, aguardando um final trágico. Nunca mais o vi, nunca mais soube dele. Deve ter tido uma vida sofrida como muitos limeños pobres ou de classe média ou talvez esteja bem de vida. Vai saber, afinal: "La vida te da sorpresas, sorpresas te da la vida".
EL PRESO por FRUKO Y SUS TESOS - SALSA
Sinceramente, desconheço qualquer música brasileira que tenha a ousadia de fazer uma composição sobre um condenado. Independente disso, o gênero Salsa é de arrepiar. A saborosa mistura da percussão, piano e sopros é algo que só o Caribe e adjacências poderia produzir.
16 de junio de 2020
SHARP OBJECTS (2018)
Como história de suspense deixa a desejar (o final é muito forçado). Talvez o livro seja melhor. Lembra muito a 1a temporada de True Detective. The "Deep South"na sua essência: atrasada, conservadora e prestes a explodir.
15 de junio de 2020
Las Chicas de Miraflores (revisitado)
Sou travado - já me disseram. E poderia até concordar se houvesse algo dentro de mim a ser solto, destravado, libertado...
14 de junio de 2020
O Meu Sentimento Hoje (revisitado)
O meu sentimento hoje?
Pulando de galho em galho
que nem beija-flor aloprado.
Tal rio sem leito,
confuso, caudaloso e
oscilante.
O meu sentimento hoje?
Vive dengoso, carente e melancólico.
Com vontade de esconder-se
num cantinho escuro, quieto e
tiritante.
O meu sentimento hoje?
Está com medo.
Com um medo que o deixa
paralisado por tanto sofrimento e
estupidez galopante.
O meu sentimento hoje?
Continua inseguro.
Com lágrimas e soluços de menino bonito
postado na janela.
Continua indeciso,
pois não sabe
como terminar o poema
sem ser repetitivo, melodramático e
arrogante.
O meu sentimento hoje?
Pede paz, pede água, pede pão.
Pede um olhar de carinho,
um abraço terno,
dez centavos no bolso,
uma passagem de ida,
um amanhã menos frio, mais justo e
tolerante.
6 de junio de 2020
Los pájaros negros del adiós (revisitado mais de mil vezes - 2009)
E um deles - após voo rasante - me derruba
no meio do lodo, no meio da lama, no meio do nada.
E agora estou aqui - entre milhares d’almas -
4 de junio de 2020
O Vazio II (versão compacta)
Prefiro o vazio.
Já dizia
o torturador.
Sonhar é
desprezar o óbvio.
Morro
culto e de forma anônima.
Insensatez.
Ouço o
latido da meia noite.
As
buzinas das 7:30.
Horas que
nunca terminam.
E o tempo
se repete ad aeternum.
Defeito.
Poderia
concluir de forma sabida.
Repetir
frases antigas.
E arrumar
milhões de desculpas.
Para cada
vítima.
Vergonha.
A razão
nunca esteve comigo.
Nem dentro de mim.
Quando
tudo irá terminar?
Ou
seremos todos exterminados?
Paranoia.
1 de junio de 2020
31 de mayo de 2020
25 de mayo de 2020
A casa lilás no meio da floresta
E se não me falha a memória, o único movimento visível era a fumaça da velha chaminé (talvez fosse um pão sendo assado ou quem sabe uma torta de framboesa, tanto faz).
Havia também o trecho de um caminho feito todo de pedregulhos e que terminava bem na entrada da casa e era por ele que andava quase todo dia. Do café ao jantar, dia ou noite sem parar.
A casa lilás era o meu refúgio e o caminho era o meu túnel do tempo. E entre uma garfada e outra – e brigas e confusões – sempre dava um jeito de fugir sem ninguém perceber.
E de pedra em pedra, abria a porta e me escondia dentro, permanecendo junto ao calor do forno. Para sair, era só piscar duas vezes que voltava à mesa no meio do dia a dia familiar.
O quadro, a pintura modesta ficou por lá um bom tempo. Pendurada no meio da cozinha. Uma cozinha de paredes verdes, toda descascada e cheia de gotinhas de gordura.
03/10/2003
Revisado em 24/05/2020