2 de mayo de 2020

Sergio (Sergio Vieira de Mello) | De heróis e escolhas


É de se pensar quais são os critérios que um país usa para escolher os seus heróis. O Brasil, por exemplo, escolheu - até prova em contrário - o Airton Senna. Ou um Sérgio Moro para não ir muito longe. Sem falarmos dos jogadores de futebol transformados em super-homens: Pelé, Ronaldo, Ronaldinho ou o famigerado Neymar.

E aí que entra o filme Sérgio. Está longe de ser um primor de obra cinematográfica. E precisei adiantar algumas cenas açucaradas ou de sexo gratuito. 
Mas o que resta é o relato de um Brasileiro com B maiúsculo, mas que não se fantasia de verde -amarelo. E que merecia sim ser tratado como herói 
e a sua morte ser lembrada todo ano.

Mas isso tudo se estivéssemos num país ideal, mas estamos muito, muito longe disso.

"...subir ao céu, virar uma nuvem, e cair em forma de chuva, ficando para sempre na terra."

https://www.instagram.com/p/Bm_eLXqDqsk/?igshid=cdph707sz1b4


20 de abril de 2020

Mozart In The Jungle



Acamado no Hospital, tive o belo prazer de descobrir a riqueza de Mozart in the Jungle. E ciente de que o seriado tinha sido já cancelado pela Amazon, mesmo assim, decidi enfrentar suas 4 temporadas.

Há séries - na minha opinião - que não precisam de uma segunda temporada, ou pior, de uma terceira ou quarta (Hunters, Jack Ryan, Lucifer, Freud etc), mas MITJ precisava de uma quinta, com certeza. 

Tudo ficou no ar. E não há como alegar de que se trata de uma Obra Aberta. Seremos obrigados a usar a nossa imaginação e completar o percurso sofrido e de idas e voltas dos principais personagens. 
Uma pena, mas que não invalida em nada a primeira, segunda, terceira e quarta temporadas de Mozart in the Jungle. Talvez por ironia do destino, o seriado fique em nossa memória afetiva como uma espécie
de Réquiem (inacabado por Mozart). 

10 de marzo de 2020

Da Bolha Financeira, Heróis e outras paradas...

Agora que a bolha financeira estourou de vez é chegada a hora de ver se os heróis do mercado financeiro são heróis mesmo ou simplesmente não passam de figuras de papelão, capas de revista, best sellers ou são puro marketing. É fácil crescer astronomicamente durante a bonança. Difícil é se manter na crista da onda depois da tempestade.
E a imprensa adora criar e divulgar exemplos de sucesso individual e esquecem que muitos duram muito, muito pouco (Eike, Ghosn etc). 
A conferir.

8 de marzo de 2020

Hunters | Prime Video



Pastiche. Cópia mal feita dos filmes de Tarantino. Ouvi de tudo. Mas de fato o que não me agradou é 
o maniqueísmo que permeia o seriado como um todo. Judeus de um lado e Nazistas do outro. Sem falar que cada personagem tem uma história, uma origem super mal contada. Muitos cabos soltos, violência gratuita, excessos e verosimilhança zero.
Mas nada contra o seriado brincar com assunto tão sério e doloroso, pois a Arte não aceita ou não deve aceitar limites.

9 de febrero de 2020

Jojo Rabbit X 1918


De 1918 a 1939 o mundo deu uma reviravolta total e se 1a Guerra Mundial deveria de ser a última grande guerra foi - ao contrário - o caldo de cultivo da serpente do nazismo. A estupidez e tudo aquilo que temos de pior dentro de nós aflora na década de 40 e mata milhões. E aí que entra Jojo Rabbit para fazer um contraponto e uma sutil crítica aos extremismos e cultos de personalidades doentias. Um filme lindo, que emociona, faz chorar e merecia um Óscar por tentar derrubar os muros e paredes da intolerância...



19 de enero de 2020

U-571 - Sinking the Destroyer (2000)



Chief Klough: Don't you dare say what you said to the boys back there again, 'I don't know.' Those three words will kill a crew, dead as a depth charge. You're the skipper now, and the skipper always knows what to do whether he does or not.

12 de enero de 2020

Retrato de uma Jovem em Chamas


Nada como o Olhar Feminino em maiúsculas.
Fascinante e arrebatador.
Daqueles filmes que você vê e tenta saber mais. Como foi feito? Quem são as atrizes, a diretora, 
os bastidores, a música.
O amor impossível, a divisão de classes, o feminino e suas nuances, os dissabores, desafios e tragédias.
A cumplicidade e a dor andam juntas, se misturam e se transformam em algo libertador nas mãos da arte.




1 de enero de 2020

The Only Living Boy in New York (2017)



O filme comeca devagar quase parando. Toma jeito depois da metade com uma solução previsível mas inesperada. Callum Turner é terrible, mas a Kate salva todas as cena quando aparece e desagrega todo mundo.

"...the best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity" Yates - Lou Reed