Medo de morrer não tenho não. Medo tenho é de sofrer. Porque sofrer mata e isso dói. Miedo de morir no tengo no. Miedo tendo es de sufrir. Por que sufrir mata. Y eso duele.
Início vigoroso. Mudanças de ponto de vista/tempo de forma vertiginosa (à la Dunkirk de Christopher Nolan). Pena que tudo acabe numa carnificina geral e irrestrita. Não lembro como termina o filme com Robert Redford, mas creio que foi uma forma fácil de ter/trazer personagens menos rasos na segunda temporada.
Uma pequena e agradável obra independente. Com final previsível, mas terno, comovente. Misturar The Deer Hunter com a possibilidade de evitar um suicídio foi uma grande sacada.
Tudo já foi falado, externado. O discurso de ódio atrai multidões, ganha adeptos no mundo todo e antecipa o fim. O inferno é logo ali e a realidade torna-se tenebrosa, árida. Como não comparar o Coiso a um cantor sertanejo de chapéu e cinto metálico que cai do cavalo na primeira tentativa? Ou como não lembrar do personagem Brett O'Keefe da 7a temporada de Homeland? O comunicador que incentiva a raiva, o desprezo pelas instituições e o armamentismo não sabe nem disparar uma simples arma de fogo. Triste simbologia que traz à baila a mentira, o fake news, a estupidez do fundamentalismo, do Deep South e dos seguidores prestes a linchar o primeiro que discordar. http://www.sho.com/homeland/cast/brett-okeefe A realidade imita a arte. Homeland tem diversos absurdos mas acerta em outros. A 7a temporada de Homeland traz à superfície um megaprojeto de criar mentiras nas redes sociais. Então como não lembrar disso perante as notícias de hoje que revelam o Caixa 2 do Bozo e a sua indústria de Fake News?
Tá tudo aí - o Analista que sai do quadrado, desafia as convenções e interrompe os Chefões. Corre, atira, briga, mas tem sentimentos. Valoriza e entende o inimigo, mas que nunca esquece que os EUA faz a diferença e precisa salvar o Mundo. Mistura de Bourne + Homeland + Missão Impossível. Uma bacana e atualizada adaptação do livro original.