22 de mayo de 2015

Brado

Longe dos outros, a minha indignação não é 

seletiva. 

                                                                  Brada por justiça e escancara seu 

desalento.




13 de mayo de 2015

EL CRITICO



Só consegui ver os dez minutos finais, mas só o fato de ter um filme dentro do filme e termos um narrador onipresente falando em francês - já é um bom começo.

21 de abril de 2015

VICE: “Outsourcing Embryos”

VICE: “The Line Drawn In The Sand” / “Outsourcing Embryos”:

A segunda parte do programa jornalístico é, desculpem o clichê, de arrepiar. Hospitais e maternidades na Índia transformadas em fábricas - literalmente - de bebés. Entra uma grávida, nasce a criança de cesárea, no meio do maior caos, enfermeiras e médicos correndo, o recém nascido é entregue aos pais adotivos que são enfiados numa van travestida de ambulância, tudo no menor tempo possível. Mães que ficam de "engorda" enquanto servem de receptáculos de embriões alheios. Dinheiro teoricamente fácil para mulheres que vivem na total miséria em favelas (favelas de fato - nada de puxadinhos com ruas demarcadas e esgoto canalizado). Tudo um grande negócio, lucro para os médicos e hospitais e casais do primeiro mundo economizando milhares de dólares, mesmo sabendo que seus pimpolhos foram concebidos em tubos de ensaio, provetas e úteros estranhos (pra não dizer de mulheres exploradas e enganadas pela miragem do lucro).

O meu sentimento hoje (01/08/2003)

O meu sentimento hoje?
Vai bem, obrigado.
Pulando de galho em galho
que nem beija-flor aloprado.
Tal rio sem leito,
confuso, caudaloso e
oscilante.
O meu sentimento hoje?
Vive dengoso, carente e melancólico.
Com vontade de esconder-se
num cantinho escuro, quieto e
tiritante.
O meu sentimento hoje?
Está com medo.
Com um medo que o deixa
paralisado por tanto sofrimento e
estupidez galopante.
O meu sentimento hoje?
Continua inseguro.
Com lágrimas e soluços de menino bonito
postado na janela.
Continua indeciso,
pois não sabe
como terminar o poema
sem ser repetitivo, melodramático e
arrogante.
O meu sentimento hoje?
Pede paz, pede água, pede pão.
Pede um olhar de carinho,
um abraço terno,
dez centavos no bolso,
uma passagem de ida,
um amanhã menos frio, mais justo e
tolerante.