23 de diciembre de 2012

Celulares causam infertilidade nos Homens


Cena vista ontem à noite no Shopping Metrô Santa Cruz.
Uma mulher extremamente linda e gostosa, sendo esnobada por um cara que não largava o celular.
Em vista de tanta indiferença, ela decidiu sair e pegar uma comida light.
Ele, sem dar atenção, saiu minutos depois pra pegar comida no McDonald's.
Enfim, já não fazem brasileiros como antigamente.

http://www.noticiadiaria.com.br/celulares-causam-impotencia-nos-homens/

Associação pró-armas culpa cinema e games por violência

Poderia ser cômico se não fosse 

tão trágico. Culpar a TV, o 

Cinema e os Games pela 

violência do ser humano é muita 

filha-da-putice. Ou será que 

Cain assistiu uma luta de MMA 

antes de matar Abel? 

A premissa de que só homens 

de "bem" - muito bem armados, 

por sinal - poderão nos salvar 

dos homens "maus" é estimular 

o medo e a paranoia. Foi assim 

nos EUA na época dos índios, foi assim no Brasil na época dos 

escravos. E assim caminha a humanidade a passos largos até não 

sobrar mais ninguém na face da terra...

16 de diciembre de 2012

This Must Be The Place



"Without realizing it, we go from an age where we say: "My life will be that" to an age where we say: 
"That's life." 
O sofrimento de quem não tem mais nada a perder. Ou acha que não tem mais nada a perder e que na procura consegue achar algum sentido, alguma resposta e viver mais tranquilo, mais leve e tranquilo.
A imitação, a humilhação, o roubo.
A cena do velho nu no meio da neve é, literalmente, de arrepiar.

9 de diciembre de 2012

Escape to victory - Fuga para a Vitória



Assistindo uma bobagem histórica made in Hollywood. Boba mas bacana e emocionante (com Pelé, Ardiles, Moore, Stallone...).

18 de noviembre de 2012

HOMELAND Someone Is Lying



Os EUA à beira de um ataque de nervos! Seriado pra gente adulta e que estava com saudades dos melhores capítulos de Arquivo X e 24 Horas.

Argo - O filme



É deveras engraçado saber que há uma pequena linha divisória entre o Ocidente decadente e o Oriente de extremos. E quando a tal linha é ultrapassada, podemos nos embebedar e celebrar à vontade. O filme é tenso, caricato e tenso. Poderia ser descartado como mais uma fábula, mas sabemos que tudo ou quase tudo, foi baseado em fatos reais. Eis sua força e eis também a sua fraqueza. Ao mesmo tempo que estamos a torcer pelo mocinhos brancos, sabemos que a realidade é bem mais dura, injusta e que o caos tomou conta do Oriente.

YEAR OF THE DRAGON - ( 1985 )



Um pequeno grande clássico de Michael Cimino.

26 de octubre de 2012

Skyfall - James Bond 007



Uma parábola, uma metáfora sobre a ressurreição do Império Britânico. Resumindo, seria basicamente isso.
Eis a Inglaterra, é claro, a Escócia, a Irlanda (indiretamente através do IRA) e as antigas colônias, Macau, Hong Kong e a Turquia (ocupada pelo ingleses após a grande guerra).
Temos citações explicitas de Batman, Apocalipse Now, O Silêncio dos Inocentes, entre outros, como forma de distração. 
Mas, no fim,  depois do SKYFALL, teremos a ressurreição. Mesmo cansados e abatidos tal Tennyson já escreveu e é citado por Judi Dench no filme, os britânicos voltam e vencem, pois nunca se rendem.
http://www.britishfuture.org/national-conversations/britain/skyfall/

“Tho’ much is taken, much abides; and though
We are not now that strength which in old days
Moved earth and heaven; that which we are, we are;
One equal temper of heroic hearts,
Made weak by time and fate, but strong in will
To strive, to seek, to find, and not to yield.”

Tennyson’s Ulysses.


23 de octubre de 2012

Rio X São Paulo


Rio de Setembro - 2006
Às vezes quando vou pro Rio
demoro horas e horas para juntar todo
o lixo do Leblon.
São velhos dobrões.
garrafas, balas e guitarras histéricas
ao lado de pessoas que
param o meu andar,
oferecendo poemas
desenhos e fotos de ocasião.
Sou solidário e não reclamo,
pois vejo uma ruiva, jogando bola
e velhos pensando em xadrez.
Os homens são assim
sonham com eles mesmos
e pensam estar felizes
enquanto a cidade
vive de ilusão.
Sinto o cheiro do mar,
a luz verde da cidade e o choro de emoção
ao lado de um mendigo adormecido na Lagoa, na Lagoa.



São Paulo é grande, mas o meu mundo é pequeno - 2012


Nada me atrai. Nada me cativa. Tudo me irrita. Tudo me incomoda. A traição. Medo de andar às escuras. A Paulista se retrai e esconde-se em bueiros e zonas de meretricio. O cheiro de cola do centro velho me afeta e me faz pensar em vozes. Vosmecê quer dar uma cheirada? Penso em Ricardo Piva e em seus monstros. Volto e a Rebouças continua congestionada. Sigo em frente. Passo pela Vila Madá. Encontro os bêbados de plantão sempre a comer nas latas de lixo reciclável. Nada vezes nada. Preciso trair tudo aquilo que acredito e surge do fim do dia. O cinza de desespero. A noite chega e me corta em pedaços. Sou coberto por asfalto. Sou recolhido. Vou parar no lixão e reencontro os velhos amigos. Prédios azulados me recebem e expulsam. Sou morador de rua e vejo princesas a labutar e correr atrás de carros importados. Vejo tatuagens ridículas a esconder os podres. Vejo cultura e simulacro. O espetáculo do deslumbre e pessoas enfeitiçadas em robes de seda. Volto a andar. Entro no metrô e pulo a catraca. Não há mais latidos nem lamentações - apenas o obvio, o esdruxulo, a proparoxítona, o ditongo crescente, a palavra mal feita, o beijo não dado, a lembrança da Haddock Lobo. O estrume do viaduto 9 de julho, a sujeira da capital, da metrópole. Medo de andar, medo da multidão, medo do trio elétrico. Não há mais esperança nem desejo. Nada me cativa, nada me atrai, nada me consome. Vejo duendes em cada jardim. Vejo cachorros famintos, ratos insones e sinto sua falta com a voz suave da mentira. Não há nada mais a ser feito. A fluoxetina corre solta em direção ao rio que não existe. O Tietê me aguarda e eu vou junto. A zona de exclusão, o cinturão verde, o pobre escritor que procura entender os poetas no Wikipedia. Sigo em frente, passo pelo Paraíso, atravesso a Liberdade e desembarco no Anhangabaú. Vomito no primeiro farol e esquento com as sirenes. Dou risada de mim mesmo. Patético. Corrói a minha alma ter certas lembranças. O silêncio se aproxima. Paredes altas crescem e limitam meu espaço. Corro, grito e entre lápides, decido pensar no amanhã. Creio que a Consolação está próxima e levanto para descer.
Foto by Bruno Wilck

Gotye - Somebody That I Used to Know (legendado) - feat Kimbra