6 de mayo de 2012

Air France Commercial 2011 - Mozart K488 Adagio

Adoro propagandas minimalistas

Adoro p

#Virada Alex Atala é vaiado após confusão para comer galinhada no Minhocão


Meu!! Como conseguimos tornar algo prazeroso em pura loucura urbana? É muita neurose pra meu gosto. A matéria desta semana da @CartaCapital, falando sobre o sofrimento do paulistano pelo caos de viver na metrópole, só reforçou meu sentimento de mudar de cidade...

28 de abril de 2012

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS




EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS
de Beto Brant e Renato Ciasca
Punhal de prata já eras, punhal de prata! nem foste tu que fizeste a minha mão insensata. vi-te brilhar entre as pedras, punhal de prata! - no cabo flores abertas, no gume, a medida exata, exata, a medida certa, punhal de prata, para atravessar-me o peito com uma letra e uma data. A maior pena que eu tenho, punhal de prata, não é de me ver morrendo, mas de saber quem me mata.
(Cecília Meireles)
Há duas possíveis leituras, olhando o filme como um todo. A primeira é de que estamos frente à luta entre o corpo e a alma. A segunda, é encararmos a obra como uma metáfora de que todo pecado merece ser punido.
Simbolicamente, uma das primeiras cenas, acontece numa prisão. O que acreditamos que sejam criminosos passam por uma sessão de fotografia a contragosto. E por uma ironia do destino, o personagem principal, fotografo de profissão, terá que experimentar algum tempo depois, da hospitalidade carcerária.
Ele, o fotografo, o forasteiro, o intruso, não se limita a olhar, a enquadrar a realidade e cortar seus excessos. Vai além. Sucumbe à beleza trágica da mulher do pastor local. E não bastasse o pecado da cobiça, tenta mudar o curso da história, tenta mudar o destino de Lavínia (interpretado pela excelente Camila Pitanga) e é punido com a perda parcial do seu instrumento de trabalho.
Na outra ponta do triângulo, temos o pastor que não sobrevive à “lei da selva”. O discurso mesmo travestido de retórica evangelizadora, não agrada aos poderosos da região. Há um desafio ao status quo e isso traz mais uma perda, mas desta vez, total e irreversível.
Lavínia, não sai ilesa desse redemoinho de interesses escusos e egoístas. O gozo é punido. A luxúria é proibida e quem dela faz uso e divertimento cai em desgraça. Só lhe resta fugir e esconder-se em si mesma.
Por outro lado, temos a leitura do corpo e da alma.
Enquanto o pastor tenta salvar a alma de Lavínia, usando a religião como remédio; o fotografo procura a salvação do corpo dela com a realização das mais variadas fantasias. Os dois fracassam, por sinal. A alma perturbada e infeliz não resiste às tentações da carne e vice-versa. O pastor também fornica, também deseja, mas não é o suficiente. Falta o ardor da paixão que não se revela. Do instinto que vai mais fundo e enlouquece. O discurso libertador não resiste à tentação mundana.
Enfim, somos pecadores e merecemos o castigo. Temos corpo e alma. Somos imperfeitos. E tanto faz se estamos à beira do rio e da natureza exuberante, a incerteza e o medo fazem parte da nossa pesada bagagem.
http://companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11927

27 de abril de 2012

Estação Paulista do metrô atende o dobro da capacidade

Estação Paulista do metrô atende o dobro da capacidade - Vídeos - Tv Estadão:
São Paulo não tem qualquer limite. Tudo é hiperbólico e absurdo. Gostar daqui exige paciência, jogo de cintura, sacrifício e quase nada de bom senso. Há cidades bem piores, com certeza. Mas a escolha de continuar por aqui revela um pouco de masoquismo, um pouco de loucura... 

22 de abril de 2012

Camila Pitanga (quem te viu, quem te vê!)

Assistir "Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios" me trouxe duas constatações. Primeiro, Camila Pitanga é muito, muito mais do que a garota propaganda da CEF. Ela é -  absurdamente - uma atriz e tanto. Convence em todos os momentos, desde a prostituta alcoólatra, passando pela fêmea sexy/infeliz e terminado com a ribeirinha catatônica. Um luxo só. A segunda constatação, é ver que o cinema brasileiro tornou-se sério e profissional. Nada de tramas em torno do umbigo do diretor, muito menos dificuldades técnicas tanto de iluminação como de som. Há qualidades de sobra. Dá prazer em assistir. Os criadores tornaram-se adultos, talvez por não serem filhos do Baixo Leblon...talvez.