26 de junio de 2007

Kibe - Relaxa e goza!

FERNANDO DE BARROS E SILVA Não resta nenhuma dúvida sobre a infelicidade da frase de Marta Suplicy. A própria ministra logo percebeu a bobagem e tentou corrigir-se, pedindo desculpas. Não funcionou. A "dica de viagem" está incorporada à sua biografia política e certamente ainda irá lhe render vários constrangimentos. De imediato, serviu para conectá-la ao apagão aéreo, problema sobre o qual a titular do Turismo tem tanta responsabilidade quanto a sua colega do Meio Ambiente, Marina Silva, -isto é, nenhuma. "Relaxa e goza!" Marta foi vítima da sua autoconfiança, acabou traída pela espontaneidade. Ofendeu quem já estava sendo desrespeitado em seus direitos e/ou humilhado nos aeroportos. Deveria ficar por aí. Impressionam, no entanto, a insistência e a violência dos ataques à ministra, as facilidades e os exageros comparativos, os estupros do bom senso cometidos nos últimos dias. Não é preciso ir muito longe para constatar a fúria machista recalcada na fala dos marmanjos. Marta não é Maluf. Muita gente quis comparar a frase da primeira ao célebre "estupra, mas não mata". Não faz nenhum sentido. Maluf se referia a um caso concreto de estupro seguido de morte quando formulou sua sentença singela. Alegar que "relaxa e goza" tem como premissa a frase "se o estupro é inevitável" equivale a usar uma verdade fora de contexto para produzir uma mentira como resultado. É ma-fé. Goste-se ou não, boa parte da vida pública de Marta está ligada a posições avançadas sobre comportamento e sexualidade, ao esclarecimento e à emancipação da mulher e à defesa de minorias. O auge do obscurantismo, o supra-sumo da boçalidade pertence a Alexandre Garcia, que no "Bom Dia, Brasil" comparou o "relaxa e goza" da ministra à inscrição "o trabalho vos libertará", dos pórticos dos campos de concentração do nazismo. O deboche é o mesmo, disse. Ainda somos um país de sorte. Seria bem pior se o jornalista Garcia fosse ministro da Propaganda.

Cría Cuervos = Labirinto del Fauno

Para quem assistiu e gostou do "Labirinto del Fauno", convido a assistir o "Cría Cuervos" de Carlos Saura. Um filme de 1975 que fala da mesma Espanha, do franquismo e da inocência infantil.

23 de junio de 2007

Baixio das Bestas.

Depois de assistir ao filme, ficou claro na minha pobre cabecinha, por que tanta gente detestou. Provavelmente, por fugir aos padrões globais de tele-reportagem. O padrão global manda mostrar imagens de paisagens bucólicas e um povo simpático, sem esquecer o artesanato local e as danças folclóricas. O filme quebra com tudo isso. O que vemos é a natureza crua, personagens violentos, sexo, drogas e muita cachaça. Lembrei na hora de um filme de Gus Van Steen (ou algo assim) que narrava o massacre numa escola no interior dos EUA. São todos personagens à deriva ou sem eira nem beira, como diria um ditado tupiniquim. Nada é gratuito dentro de uma realidade fria e cruel. É o Brasil que ninguém vê ou não faz questão de ver.

22 de junio de 2007

Novo visual

Com 1500 visitas e 2400 page views em menos de um ano, tava na hora de mudar pra não estagnar. Mudar não apenas o visual mas também o approach (como diria se fosse ainda publicitário). Menos mulher pelada e mais conteúdo. Mais serotonina e menos testosterona. Mais dicas de vida saudável e menos política. Enfim, algo mais leve, de bem com a vida. Afinal os "homens-maus" continuarão a existir sempre (vide foto). Cabe a nós, tocar pra frente, fazer acontecer e aproveitar, pois é melhor se arrepender daquilo já feito do que chegar aos 40 (ou 30 sei lá) e se arrepender das coisas não feitas, das oportunidades perdidas, do beijo não dado que saudades deixou...

20 de junio de 2007

Mappin

Justiça condena Edemar, Nasser e Mansur Quem diz que banqueiro não pode ser condenado na justiça (preso é outra história)? Antes tarde do que nunca! Principalmene, o Mansur que afundou o Mappin e a Mesbla.

Vaticano e seus dogmas



Sem querer achei um texto na internet que fala sobre Igreja e castidade. E deveras fiquei surpreso em achar pessoas que ainda pensam assim (os nomes foram mudados para preservar a identidade):

Desde que se conheceram, doutor Júlio e dona Vera repetem a cena: todos os domingos, vão à missa. Eles seguem à risca os preceitos da Igreja, e criaram os filhos sob os mesmos mandamentos.

Aqui não há divergência com o pensamento do Vaticano: Júlio é medico, e renega a camisinha. “A maior proteção é o que nós chamamos de castidade”, argumenta.

Para o filho deles, de 26 anos e também médico, sexo só depois do casamento. “Falo abertamente que vivo a castidade com minha namorada. É fácil? Não é fácil, mas a qualidade do meu namoro eu não vejo na qualidade dos amigos que não seguem a castidade”, diz Alberto.

Entre os casados, doutor Júlio defende apenas os métodos naturais. “A mulher tem ciclos, não é problema algum para um casal casado passar oito dias em abstinência. É muito menos nocivo do que você tomar pílula anticoncepcional”, acredita a segunda filha, Adriana, que é professora de Religião.

Sinceramente, hoje em dia não vejo problema algum em ficar 8 dias sem sexo. O problema seria se tivesse ainda 20 e poucos anos, o rosto cheio de espinhas e a mão direita toda esfolada. Ninguém merece, ninguém aguenta.

18 de junio de 2007

Roma - Rome - HBO

An intimate drama of love and betrayal, masters and slaves, and husbands and wives, 'Rome' chronicles the epic times that saw the fall of a Republic and the creation of an empire. O último capítulo foi ontem.
Uma visão bem particular do Império Romano. Talvez longe demais dos verdadeiros fatos históricos, mas que o poder corrompe, isso ninguém a de negar. Dica de leitura: Juliano de Gore Vidal e a série sobre os Imperadores de Alain Messie (ou algo assim).