Acordo logo cedo
com um "porque" pendurado
no meu pescoço, tal melancia alucinada.
Levanto e vejo
no espelho
mais um "porque"
pintado na minha testa, toda colorida.
Tento encontrar as razões e motivos
vasculho o seu silêncio insano
tento entender essa viagem maluca.
Maldita indiferença!
prefiro ser odiado
e me perder, me perder
nos seus cabelos emaranhados
como uma pequena abelha,
como um girassol.