1 de octubre de 2016

Joana - Gota D'Água A Seco - Laila Garin



Dilma - Clara de Aquarius - Joana da Gota D'Água, todas mulheres fortes, decididas. Cometeram erros sim, mas no fim,  decidiram - de peito aberto - enfrentar a adversidade, a loucura, o assédio, a traição...

24 de septiembre de 2016

APENAS UM RAPAZ LATINO AMERICANO - BELCHIOR

LOVE | Featurette with Judd Apatow [HD] | Netflix


Pode ser Nerd, Millenian, Baby Boom, o diabo à quatro. Tanto faz. As dificuldades de iniciar um romance e manter a relação, de superar a primeira transa, o primeiro beijo (não necessariamente nessa ordem), de manter-se fiel, de manter o emprego, de lidar com o chefe e os colegas invejosos....etc, etc. Tanto faz se você tem 25, 30 ou 50, a vida não é fácil para ninguém. A forma de contato mudou, de arrumar um encontro, de encontrar um parceiro ou uma alma gêmea - tudo isso pode ter mudado, mas o frio na barriga, a insegurança e o coração ficar fora de controle, continua igual, estupidamente igual. Nota 8.

15 de septiembre de 2016

Excelente atuação de Sonia Braga não salva AQUARIUS


Em que momento a obra de arte transforma-se numa obra política? Resposta delicada e cheia de nuances. Comecei a desgostar de filmes que tentam abordar diversas teses ao mesmo tempo. A especulação imobiliária, a desigualdade social, a vida sexual de mulheres com mais de 50 anos, o câncer, a estupidez dos mais novos, a arrogância das elites etc, etc. Quer contar a vida de uma mulher forte e decidida, conta de forma focada sem tentar defender ou comprovar mais de uma tese, sem tentar dar lição de moral. Quer diversificar, conta a história de personagens em paralelo. Fica por demais cansativo. E a metáfora do cupim a engolir os nossos valores e a ética a ser seguida em sociedade está por demais manjada. Fiquei constrangido de ver algo tão óbvio. 
A obra de arte tem sim o dever de denunciar as nossas mazelas, de conscientizar os mais leigos, mas não de forma tão proselitista e démodé. 
A Sônia Braga e o resto do elenco são um espetáculo à parte. Mas não salvam o filme. Talvez para os mais incautos que não possuem ou possuem pouca consciência social seja de certa forma revelador e desperte a chama da revolta, mas para quem já assistiu Costa-Gavras ou o recente Erin Brockovich, não irá deixar saudade.

4 de septiembre de 2016

Da grandiosidade (São Paulo em época de #ForaTemer)

São Paulo.
Poucas letras, com certeza, não definem a grandiosidade da cidade.
Talvez se fosse tudo em CAIXA ALTA. Talvez, mesmo assim, creio que não seria o suficiente.
Hoje estive na passeata dos cem mil, mas a cidade é tão imensa e monstruosa que, tinham outros milhares comendo, dormindo, fornicando... tudo ao mesmo tempo - agora.
Enquanto cem mil pessoas gritavam #ForaTemer na Paulista, havia gente no teatro, no cinema, em casa vendo TV, no estádio assistindo um jogo, na padaria comprando croissants, voltando do interior....fazendo curso de dança ou escrita, numa festa no centro...sei lá, tantas coisas e ninguém parou para saber da manifestação, ninguém saiu da rotina ou mudou seus planos para a noite de domingo...é fantástico o que a cidade oferece e só uma catástrofe de proporções bíblicas para alterar, quem sabe,  a vida de todos seus habitantes...

30 de agosto de 2016

Café Society / Woody Allen (ou da arte de fazer escolhas)


Entre a melancolia e a idealização. Entre LA e NY. Entre a noite e o dia. Entre a morena e a loira.
Tudo perpassa, exige tomar decisões, fazer escolhas e destas sobrará apenas o gosto da desilusão ou a alegria da vitória. Triste sina do ser humano de crescer e virar adulto. Tocar a vida, ou como se diz popularmente, a fila anda e, acrescento, quem está atrás de nós está a puxar o nosso tapete.

 está num filme no mínimo delicioso, usando e abusando daquele olhar perdido que já encantava em Crepúsculo. Beleza de elenco, fotografia que vai das cores quentes em LA aos tons diáfanos em NY. Woody Allen na sua melhor forma.


21 de agosto de 2016

Das Olimpíadas do Rio ao Estupro Institucional - TV Globo

Não assisto ao JN, mas quando sou obrigado a assistir, lembro do porque detesto tanto. Um jornalismo tatibitate, um jornalismo que tenta extrair poesia de qualquer notícia, do ufanismo desmedido, da falsa alegria, da descontração estudada, da estupidez globalizada. 
E por que a maioria não muda de canal? Falta de controle remoto não é. Talvez seja algo que li esses dias, de que a maioria prefere o status quo, a zona de conforto a tentar o desconhecido. É o medo de tomar decisões ou frustrar-se com o novo, de ficar perdido no meio de outras versões/opiniões. "Não, vou continuar assistindo à Globo porque se mudo de canal perigo perder  algo ou não saber de tudo". Algo parecido com aquilo que acontece com as eleições. Sabemos que o partido no poder é corrupto, mas é melhor que arriscar com uma proposta nova, líderes novos e ter de suportar a incerteza do futuro.

Sabemos que a Globo é golpista, que as Olimpíadas são negócio puro e que depois de terminada, a nossa miserável vida continuará a mesma. Mas tanto faz. Talvez daí nasça o meu desejo de que o Brasil perca 

(desde a Copa de 82 que torço contra). Na vã esperança de que com a derrota da seleção, a população se revolte e tome conta das ruas, assuma o poder e expulse a corja conservadora. Ingenuidade pura.

Enquanto isso, continuo a iludir-me e a viver no faz de conta. Sinto como se fosse uma espécie de escravo que fica exulto com as tropas romanas ganhando mais uma batalha. Vendo o povo ganhar pão e circo, tendo suas atenções desviadas com mais uma guerra e as elites continuando a locupletar-se.

14 de agosto de 2016