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2 de noviembre de 2011

O Palhaço - Trailer


Chamar o circo de Esperança e localizar o filme numa época sombria da história brasileira - é uma solução fácil e canhestra até. Mas como não se emocionar com a relação pai & filho, com os rostos suados e tristes à la Sebastião Salgado, com o retorno às origens de forma concreta e simbólica, com o humor ingênuo e a risada solta...

26 de junio de 2011

Meia-Noite em Paris

Antes tarde do que nunca. Há tempos que não ia ao cinema e isso pra quem já viu três filmes num dia só (na época que passeava por Porto Alegre), é triste, um sacrilégio pra qualquer cinéfilo de carteirinha.
Enfim, foi um prazer voltar ao escurinho do cinema pra assistir a mais um filme do Woody Allen. Mesmo que a história fosse ruim, a voluptuosa e fútil Rachel McAdams (uma Paola Oliveira dos States) e a sempre lindíssima Marion Cotillard valem o ingresso (desculpem o chavão).
Mas o filme não é nada ruim. Muito antes pelo contrário. É simples sem ser simplista. É criativo sem ser soberbo. É divertido sem ser piegas. É melancólico sem ser "cursi". E Paris é sempre Paris. 
Como Woody Allen apresenta a petulância norte-americana e seu gosto jeca - é bárbaro. Lembro quando o Bush Jr ofendeu a velha Europa. E agora temos um filme que faz uma linda homenagem à cidade - nada melhor que o tempo para apagar as besteiras do Destino Manifesto. 
E o que dizer da trama, do plot? A melhor frase é "...todo escritor é competitivo", dita por um Hemingway bêbado. E a volta ao passado como negação do presente guarda em si uma loucura contida. Um escapismo besta mas romântico. Quem não gostaria de voltar ao passado? Quem nunca achou que nasceu na época errada? Voltar no tempo e encontrar heróis da literatura, artistas geniais é uma sacada e tanto. É como dizer que a arte salva tudo. E que estamos vivenciando um mundo medíocre porque a arte é idem. Owen Wilson resume tudo quase no fim do filme - o nosso presente é imperfeito, mas é o presente e cabe a nós muda-lo.



17 de noviembre de 2010

Fórum da Cultura Digital 2010: O pobre tem vez?

Correndo o risco de ser tachado de idiota, recalcado e de ter ficado preso num discurso bem anos 60; venho aqui deixar rapidamente as minhas impressões sobre o que vi ontem no Fórum de Cultura Digital na Cinemateca Brasileira.
Correção, na realidade é mais um questionamento, que será aprofundado com mais calma depois: O fato do Fórum ser freqüentado apenas por jovens de classe média alta, permite ou não o acesso à Cultura Digital de outros atores menos favorecidos?
(é o mesmo sentimento que aflora toda vez que vou ao teatro e vejo apenas na platéia pessoas bonitas e bem-vestidas).
A arte é ou deve ser popular?
http://culturadigital.br/

23 de agosto de 2010

Bienal do Livro

Rodeado de piralhos por todos os lados, visito mais uma edição da Bienal do Livro de São Paulo e por aquelas razões que só Freud explica, teimo em chama-la mais de uma vez de Feira do Livro. Talvez se deva ao fato de que lá no sul - região da qual meio que eu vim - cidade pequena não faça Bienal, faz apenas uma modesta Feira, quase sempre localizada na principal praça da cidade. Nada de Anhembi, Sambódromo, Centro de Exposições ou qualquer outro hiper espaço de eventos. Em se tratando de cidade do interior, as dimensões são minúsculas. Cinco ou seis barracas, normalmente da marca mais badalada de refrigerante. Iluminação improvisada. Mesas e cadeiras arranjadas às presas. E um sistema de som emprestado. Tudo de forma precária e amadora. Mas com uma imensa vontade de participar, de fazer acontecer, de manter uma tradição e obter lucro, se possível...
E lá se vão mais de 20 anos desde que saí do RS.

8 de septiembre de 2009

Do Twitter e suas contradições

Não irei citar o nome que ELA usa no Twitter por três motivos: 1) Serei acusado de tentar criar uma falsa polémica e assim me tornar mais conhecido, ganhando mais followers; 2) Alguém pode insinuar que tudo não passa de dor de cotovelo, rejeição ou algo parecido e que seria uma forma de chamar a atenção DELA; 3) Sei lá mil coisas (no fundo, bem lá no fundo, sou um cavalheiro à moda antiga). Mas o assunto é polémico sim. Pelo menos merece uma discussão mais elaborada, não digo profunda. E sabendo de antemão que vou ser trucidado nessa conversa, lá vai: A internet - como uma poderosa ferramenta de comunicação - não existe a contento sem total liberdade (e digo liberdade em todos os sentidos). Logo ser bloqueado no twitter por ELA sem qualquer justificativa é no mínimo contraditório. O twitter não é um orkut nem muito menos um linkedin, pois as duas funcionam à base do convite. Ser ou não ser aceito, eis a questão. Tu pode me aceitar como amigo, conhecido ou colega de trabalho ou recusar simplesmente. Ao contrário do twitter que é como um livro aberto. Te sigo (te leio) porque gosto do tweet (da leitura), das bobagens e pensamentos, etc. Aqui a questão é ter liberdade de seguir e ser seguido. Afinal não estou pedindo para ser levado na cama de ninguém. E guardada as devidas proporções, ser bloqueado no twitter é como aqueles blogueiros que censuram ou filtram teus comentários só porque são discordantes. Ou dar o poder ao jornalista de escolher seus leitores. Mas onde termina o direito de te seguir e começa o meu direito de não querer que tu me siga. E neste ponto peço ajuda aos universitários. Cabe aqui, entrementes, dar uma rápida definição: Twitter é uma rede social e servidor para microblogging que permite aos usuários que enviem e leiam atualizações pessoais de outros contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"), através da própria Web, por SMS e por softwares específicos... Desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter ganhou extensa notabilidade e popularidade por todo mundo. Algumas vezes é descrito como o "SMS da Internet". http://pt.wikipedia.org/wiki/Twitter Logo, ele nasceu nos EUA que é sabidamente um país traumatizado por guerras internas e ameaças externas. Onde o medo e a paranóia andam juntas e os governos jogam com tais sentimentos para conseguir fins diversos. Sendo assim, a função de bloquear um seguidor condiz com sua origem. É puro medo, paúra até. Por outro lado, nossos irmãos do norte são especialistas, ou melhor, foram os inventores do culto moderno à personalidade e seus derivados. Estrelas de cinema, TV, top models, atletas diversos, celebrities en suma. E quem não tem talento, mas possui baixa estima em excesso, vira fã de carteirinha. E muitos virão obsessivos ao ponto de importunar e fazer ameaças. Eis mais um motivo para ter a opção de bloquear um seguidor - mais medo e paúra. Por aqui nestes tristes trópicos, as nossas celebridades já usaram desse expediente. Bloquear alguém que te ofende, te ameaça faz sentido. Mas não seria melhor não se expor? O twitter já foi acusado de ser fútil e irrelevante. E no começo não ia muito além disso mesmo. Mas nos dias de hoje, ele se tornou - na minha modesta opinião - algo que vai mudar conceitualmente a internet. Tanto que empresas já o usam para vender seus produtos, usuários trocam informações on line ou procuram emprego, as notícias são veiculadas antes dos grandes portais e movimentos políticos são combinados em massa. E quem não sabe ou não está preparado para lidar com tanta exposição, acaba se estrepando, vide o exemplo da eterna rainha dos baixinhos @xuxameneghel. Pois bem, depois de tanta delongas, podemos concluir o quê? Vale a pena ser usuário do twitter? Se expor, abrir suas intimidades, falar mal da mãe, brigar com o namorado, divulgar escritos veiculados em outras mídias, fotos, sentimentos, raiva, intolerância, preconceito, piadas, absurdos e besteiras? Se sim, devo estar ciente que posso tomar invertidas, ser solenemente ignorado ou receber críticas pesadas. Mas isso não justifica bloquear alguém. Deixemos o bom senso falar mais alto e definamos a livre e saudável convivência ser a nossa juíza. Tu não me xinga, tu não me ofende então não te bloqueio. Alguém pode argumentar que o velho e bom blog pessoal permite fazer uma análise prévia dos comentários antes de publica-los. E que o twitter por ser um microblog não tem como. Pois bem, então a minha sugestão é que não entre no twitter. O ditado popular já diz tudo, "quem está na chuva é pra se molhar".

20 de julio de 2009

Os Reis Preguiçosos

Ontem à noite tive a bela surpresa de assistir aos Reis Preguiçosos. Um espetáculo de rua diversificado, colorido, chamativo e alegre. Um misto de teatro e circo, com shows pirotécnicos, acrobacias, muita música e fantasias divertidas. Em outras palavras, a estética do deslumbre levada com competência às ruas do Ipiranga.

12 de julio de 2009

Quando Hank Moody caiu de paraquedas em Paraty

Em meio ao caos urbano, o meu escapismo preferido é imaginar situações bizarras. E uma delas foi pensar em como Hank Moody (personagem de David Duchovny em Californication) reagiria frente a tanta badalação da mídia em torno da última FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty. Pois assim como eu, Charles Bukowsky e Plínio Marcos, Hank é do tipo que detesta encontros, bienais, feiras, festivais, vernisages, concertos etc, onde haja mais de um escritor ao mesmo tempo (a não ser que tenha open bar).
E com um copo de bourbon na mão, ficará obsessivamente se perguntando, será que os leitores brasileiros ainda não aprenderam que escritor que vale a pena não vai em tais eventos? E depois de mais um gole, dirá peremptoriamente: Escritor com "E" maiúsculo vomita toda vez que vê uma mesa redonda (e se for sobre o processo de criação literária, vomita em dobro).
Tanta bajulação em torno do autor de um romance, de uma novela, de um livro de contos ou de poesias é de duvidar, segundo Mr. Moody. Afinal o livro é nada mais, nada menos que um produto. Um produto cultural dentro do nada charmoso mercado de consumo globalizado que sofre um processo de customização mercadológica, tornando-o mais apreciado, mais desejado pelo leitor. Tal um filme, uma música, um vídeo ou uma peça de teatro. E o que mais lhe enoja nesse processo todo é ver tanto incauto cair na armadilha das editoras. Incautos que ficam em filas enormes para conseguir o autógrafo do mais novo autor pop star e se entopem de livros que irremediavelmente irão parar numa estante poeirenta.
Hank sabe por vivência e experiência própria, que o escritor - talentoso ou não - é um ser perturbado, problemático, egocentrico e egoista. Daí ele tentar colocar no papel o seu falso sentimento. E ver esses pseudo-escritores falando abobrinhas e o público todo alucinado, pagando para ouvi-las, é de matar.
Mas como adora repetir o Hank, a vida é uma permanente festa idiota à qual não fomos convidados. E já que estamos por aqui, andando pelas ruas empedradas de Paraty, só nos resta acabar com todo o estoque de destilado, mesmo que seja na companhia de Chico Buarque e Guy Talese.