vivo à procura de um coração de aluguel pouco usado pouco sofrido a bater apenas na superfície de ruas vazias lágrimas fáceis gritos abafados sede compulsiva prometo cuida-lo bem e esconder a tentação o desamor tal torpe e ingênuo desejo sob o tapete
represar o que me deprime mentir se for preciso sentir a fome de viver em círculo estúpido vicioso escrever sentir desistir e meio sem querer aninhar os sentimentos - abrir o mar - multiplicar os pães - viver sem pecado - esquecer a carne.