30 de agosto de 2016

Café Society / Woody Allen (ou da arte de fazer escolhas)


Entre a melancolia e a idealização. Entre LA e NY. Entre a noite e o dia. Entre a morena e a loira.
Tudo perpassa, exige tomar decisões, fazer escolhas e destas sobrará apenas o gosto da desilusão ou a alegria da vitória. Triste sina do ser humano de crescer e virar adulto. Tocar a vida, ou como se diz popularmente, a fila anda e, acrescento, quem está atrás de nós está a puxar o nosso tapete.

 está num filme no mínimo delicioso, usando e abusando daquele olhar perdido que já encantava em Crepúsculo. Beleza de elenco, fotografia que vai das cores quentes em LA aos tons diáfanos em NY. Woody Allen na sua melhor forma.


21 de agosto de 2016

Das Olimpíadas do Rio ao Estupro Institucional - TV Globo

Não assisto ao JN, mas quando sou obrigado a assistir, lembro do porque detesto tanto. Um jornalismo tatibitate, um jornalismo que tenta extrair poesia de qualquer notícia, do ufanismo desmedido, da falsa alegria, da descontração estudada, da estupidez globalizada. 
E por que a maioria não muda de canal? Falta de controle remoto não é. Talvez seja algo que li esses dias, de que a maioria prefere o status quo, a zona de conforto a tentar o desconhecido. É o medo de tomar decisões ou frustrar-se com o novo, de ficar perdido no meio de outras versões/opiniões. "Não, vou continuar assistindo à Globo porque se mudo de canal perigo perder  algo ou não saber de tudo". Algo parecido com aquilo que acontece com as eleições. Sabemos que o partido no poder é corrupto, mas é melhor que arriscar com uma proposta nova, líderes novos e ter de suportar a incerteza do futuro.

Sabemos que a Globo é golpista, que as Olimpíadas são negócio puro e que depois de terminada, a nossa miserável vida continuará a mesma. Mas tanto faz. Talvez daí nasça o meu desejo de que o Brasil perca 

(desde a Copa de 82 que torço contra). Na vã esperança de que com a derrota da seleção, a população se revolte e tome conta das ruas, assuma o poder e expulse a corja conservadora. Ingenuidade pura.

Enquanto isso, continuo a iludir-me e a viver no faz de conta. Sinto como se fosse uma espécie de escravo que fica exulto com as tropas romanas ganhando mais uma batalha. Vendo o povo ganhar pão e circo, tendo suas atenções desviadas com mais uma guerra e as elites continuando a locupletar-se.

14 de agosto de 2016

Homem Irracional



Abe: I couldn't remember the reason for living, and 



when I did it wasn't convincing.

Stuck in Love



Raymond Carver—“I could hear my heart beating. I could hear everyone’s heart. I could hear the human noise we sat there making, not one of us moving, not even when the room went dark.”

9 de agosto de 2016

Jason Bourne



Mais do mesmo. É como se fosse um baita pastel, mas com péssimo recheio. Vale a pena pelo começo e final do filme e só.

2 de agosto de 2016