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| os elefantes do Vietnã primeiro eles costumavam, ele me contou, atirar e jogar bombas nos elefantes, dava para ouvir seus gritos sobre todos os outros sons; mas você voava alto para bombardear o povo, você nunca o enxergava, só um pequeno clarão de lá em cima mas com os elefantes você podia olhar aquilo acontecendo e ouvir como gritavam; eu dizia a meus companheiros, ouçam, caras, parem com isso, mas eles se limitavam a rir enquanto os elefantes se dispersavam erguendo suas trombas (se não tivessem sido estouradas) abrindo suas bocas bem grandes e tropeçando em suas pernas grossas e desajeitadas enquanto o sangue escorria dos grandes buracos em suas barrigas. então nós voaríamos de volta, missão cumprida. acertávamos qualquer coisa: comboios, depósitos, pontes, gente, elefantes e todo o restante. ele me contou mais tarde, eu me senti mal pelos elefantes. |
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