Liberdade para opinar, falar besteira e reclamar da vida (antigo ProviSório - como tudo que nos rodeia).
12 de abril de 2014
Captain America - The Winter Soldier e o Big Data, NSA, etc.
Steve Rogers: I thought the punishment usually
came after the crime.
"Matar 20 milhões para proteger 7 bilhões". Como conseguir isso?
É simples, basta identificar as possíveis ameaças...através de dados, cookies, phishing, posts, facebooks, googles e tudo aquilo que preserva, compartilha e arquiva os nossos sonhos, desejos e vontades.
É de dar medo, eu sei.
E de ficar paranoico só de pensar que estamos sendo monitorados 24 por dia. É como se o Big Brother (o livro não o reality show) fosse verdadeiro e onisciente, onipresente e onipotente.
Trata-se de uma longa e complexa discussão. E se tudo for verdade e estivermos bem no meio de uma grande conspiração dos grandes conglomerados financeiros para vigiar e destruir todos aqueles que discordam do sistema?
Pode ser algo simples, como saber as nossas preferências de compra ou algo mais radical e sinistro, como perder o emprego porque falamos mal da chefia (a propósito, ela fez redução de estômago, mas a arrogância tomou o lugar da gordura).
Paranoia pode ser ótima pros negócios (ficando alerta o tempo todo contra funcionários rebeldes e jogadas da concorrência), mas é muito ruim para as relações pessoais.
Mas voltando ao filme, do qual pouco falei porque queria pegar uma carona na ideia central.
Nick Fury: You need to keep BOTH eyes open.
Que seria basicamente de desconfiar de tudo e de todos (mais
paranoia).
Talvez fosse relevante pensar que isso é bom para os EUA e sua máquina militar. Quanto mais ameaças desconhecidas ou conhecidas, mais e mais investimentos em novas armas, em segurança, em milicias, em novas formas de coerção, em monitoramento, em espionagem (a NSA está aí pra isso).
E que é bom termos o Captain America (leia-se USA) para nos proteger de tudo isso.
Mas em termos de entretenimento, é salutar ver que os filmes de Hollywood deixaram de certa forma o infantilismo de lado. E trazer gente da TV para dirigir os filmes, faz parte dessa nova estratégia. Basta comparar o filme de 2011 com o de hoje. Nada de patriotismo besta e cenas edulcoradas. O ano de 2014 pede mais complexidade e lutas corporais (UFC, of course), pede mais discussão ética e rebeldia, pede menos associação fácil e mais pensamento cognitivo.
Almas simples e ingenuas não irão entender tanta complexidade e para eles temos o Chris Evans e a Scarlett ou Natasha Romanoff ou Black Widow (whatever). Afinal não somos Homens de Ferro (sem trocadilhos...)
Em tempo: Vou fazer um filtro com os meus "amigos" no Face. E eliminar qualquer link que me comprometa ou identifique este que vos escreve. Afinal, por mais que o mundo esteja à beira da auto-destruição, preciso pagar as minhas contas e o Big Data faz de tudo pra me sabotar.