27 de julio de 2013

Brincar com as palavras

Estava de passagem
Vivendo escondido entre paredes
Dramas melosos
De poções envenenadas
Palavras mal-ditas
Cabeças ao vento
E mãos sujas.

Tento esquecer
Paro por um minuto de pensar
"sorpresas te da la vida"
Sem cerimonias
Sem preâmbulos
Sem luzes e alma pobre
Entre a multidão irrequieta
Tudo acontece.

A chaleira ferve
O carvão estala
O frio desce
O minuano corta
Resta brincar com as palavras.

23 de julio de 2013

Luciano Szafir revela sofrer de #TranstornoBipolar

F5 - celebridades - Em campanha, Luciano Szafir revela sofrer de transtorno bipolar - 23/07/2013:

Os antigos maníacos-depressivos viraram bipolares. OK. Nada contra mudarem o nome da doença. Errado é o poderoso Laboratório Abbott patrocinar uma suposta campanha de esclarecimento sobre a doença com o apoio da Associação Brasileira de Psiquiatria, sendo que eles comercializam o Depakote - que por mera coincidência é prescrito para...Transtorno Bipolar! Só falta agora a Glória Perez bolar uma nova novela da Globo com um personagem Bipolar para a doença virar moda e a Abbott lucrar horrores.

Gerardo Martino: su filosofía en diez frases #Barcelona

Gerardo Martino: su filosofía en diez frases:

20 de julio de 2013

Canalhas também amam seu filhos num sábado à noite


Desdobro-me em sementes
cresço com um girassol que tomou choque
sujo a calça
e vejo multidões.
Arrumo a mudança
insiro fechaduras e cadeados
coloco pregos na parede
e retratos teimam em cair da moldura.
Tu te tornas
o perfil que não consigo desenhar
feito sem gosto
apenas pele e gordura.
Eu sou a poesia da esquina
onde não há mais neblina
nem guris de prontidão.
O vinho verde 
repousa na calçada
pedindo esmola
e um grito ao longe
em cima do viaduto
acorda o trem.
Subo teus degraus
e esqueço onde tu guardas as minhas memórias.
Limito meus passos no teu ventre e me escondo
apenas um de cada vez - imploro
uma nova chance.
Risco tua pele clara
e deixo toda colorida as linhas da tua mão.
Vejo três tristes tigres tentando acomodar-se no teu colo
vejo flores largadas na lixeira
vejo conspirações tomando corpo
vejo capitalistas cheirando pó
vejo assassinos cuidando de recém-nascidos
vejo o espelho e o canalha.
O canalha lava a louça
arruma a cama
limpa o sangue
e vive de dar falsas esperanças.
Enquanto continuo a juntar o meu corpo
- as sobras -
de overdose em overdose
em calma procissão.