15 de octubre de 2011

Medianeras

Há a necessidade do outro. Sem o outro não sou nada. Não me completo. Sou imperfeito e um fracasso. Eis a leitura que fiz do filme. Apesar das suas inúmeras qualidades, defender a tese de que precisamos de um par para sermos felizes, soa um tanto bobo, romântico mas bobo. Mas independente disso, falar da cidade, da metrópole, identificar nos prédios a existência de vida, de significados, de esperanças. Olhar uma antena de celular e dizer que há algo belo mesmo no caos - isso sim é edificante (edifícios edificantes...argh!). E apesar dos pesares, dos motoqueiros, dos táxis, da chusma e da loucura "civilizatória", há ainda uma saída.
Mesmo que seja necessário quebrar a parede, abrir uma janela, deixar o sol entrar e contar tudo isso em 140 carácteres. Somos jovens por opção. Gostamos de Woody Allen, do branco & preto, choramos, ouvimos Gismonti e choramos. E no meio de um livro, de um livro tolo procuramos respostas. Superamos nossos medos, nossas fobias e tentamos ser felizes. Ou, como o nosso personagem, tentamos deixar menos tristes os nossos dias tristes.