15 de septiembre de 2011

Guia de sobrevivência no Mundo Corporativo I

1° Quando você souber que o seu subordinado está pedindo as contas porque conseguiu um emprego muito melhor... finja, finja que adorou a noticia e abra um enorme sorriso amarelo. Pois o filho-da-mãe
mal-agradecido pode ser de alguma utilidade se você precisar de ajuda numa futura recolocação.
P.S.: Há tanta mediocridade no mundo corporativo que o Brasil merecia uma versão tupiniquim do Dilbert.



http://www.centroatl.pt/edigest/dilbert/

12 de septiembre de 2011

O jornalismo, a corrupção e o PT


Uma narrativa recorrente em certos ambientes, e reproduzida à exaustão em não poucos veículos de comunicação, aponta a ascensão do Partido dos Trabalhadores a cargos de mando no país como o ponto inicial da corrupção no país. Tudo se passa como se tivéssemos vivido, até 2002, em uma ilha de administradores probos e políticos campeões da moralidade pública.
O estabelecimento de uma relação direta entre a ascensão do PT a postos de governos e a entronização da corrupção como pauta primeira da preocupação nacional é mais do que uma embromação histórica. E é também algo mais do que mera luta política, como apreendem, equivocadamente, os petistas. No curto prazo, é a única forma de garantir visibilidade pública para quem já não tem como garanti-la através da elaboração de alternativas políticas e econômicas para o país. Mas, e aí tocamos no que é fundamental: o apelo moralista contra a corrupção supostamente desencadeada pelo petismo (antes, por suposto, essa era uma prática inexistente no país) é a trilha mais fácil a ser seguida por setores jornalísticos que perderam a condição de mediadores culturais privilegiados no país.
O jornal Folha de São Paulo é a melhor expressão dessa derrocada cultural da imprensa brasileira. Antes, ponto de apoio para um jornalismo que expressava uma reflexão criativa e criativa da vida política nacional, o jornal paulista foi se deixando encurralar nesse triste e patético lugar social de um jornalismo que, sob a decoração modernosa, não se diferencia muito das "críticas" moralistas proferidas em programas popularescos de TV. Não fossem as referências esparsas a um ou outro pensador legitimado no mundo acadêmico, que distância existiria entre alguns dos textos produzidos pelos colunistas do jornal e os discursos do Pastor Malafaia?
Ora, não é o petismo o responsável pela sua ascensão da corrupção ao topo da pauta do jornalismo pátrio. Uma de suas causas está na própria configuração atual da atividade política. Dado que a midiatização da atividade é a via quase única para o resgate de alguma legitimidade, os políticos se tornaram prisioneiros da "imprensa". Tanto é assim que não poucos dentre eles atuam e se pensam como celebridades. Que todos os principais legislativos tenham criado as suas próprias emissoras de rádio e tv, essa outra expressão da irresistível força da visibilidade midiática sobre a atividade política.
Paradoxalmente, maior visibilidade e pouca diferenciação no que diz respeito a propostas substantivas contribuíram para que a busca da distinção tivesse como referentes quase exclusivos a moral e a estética. Some-se a isso o cansaço geral para com as tarefas necessárias para o fermento da esfera pública e o que emerge? Uma forma de se "fazer política" (e jornalismo diário) que tem na denúncia do governo de plantão a sua única razão de ser.
Se um ator com veleidades de patrocinador de reformas sociais e econômicas ocupa um posto de governo, aí então estão dadas as condições para o cerco moralista ao "poder". Não há muita novidade nisso, é bom que se frise. Repete-se no Brasil nestes últimos anos, com todas as tinturas de mais uma farsa tropical, o que ocorreu na Espanha na segunda metade da década de 1980. Quando da primeira ascensão do PSOE ao governo. Naquele tempo, determinado jornal espanhol conseguiu pespegar no partido do então Primeiro-Ministro Felipe Gonzalez a marca da corrupção. Com isso, pavimentou o caminho para a ascensão do direitista PP. Lá, como cá, a direita encontrou no moralismo a forma de aparecer na vida política. Que setores supostamente críticos tenham incorporado essa pauta nestas plagas, eis aí uma confirmação da assertiva definitiva de Lévi-Strauss: "os trópicos são menos exóticos do que démodés".
Exemplar do que apontei mais acima é uma coluna de autoria do jornalista Fernando Barros e Silva, publicada no sábado passado no jornal Folha de São Paulo. Encimada pelo título "Toninho do PT, 10 anos depois", a coluna consegue ser surpreendente, mas não exatamente pela argúcia analítica. Poucas vezes se leu em um grande jornal algo tão irresponsável e leviano. Tendo o assassinato de Toninho, então Prefeito de Campinas pelo PT, em 2001, como mote do texto, o jornalista lança insinuações sobre quem seria o verdadeiro responsável pela morte do saudoso político campineiro. E conclui atirando no seu alvo preferido:"Não sabemos ainda a resposta. Mas sabemos quem matou a honestidade quando chegou no poder em Campinas, em Santo André, no país".
Parafraseemos o colunista. Qual o futuro de um jornalismo que, desacreditado no seu papel de mediador cultural, vai se reduzindo à condição de pregador moralista? Também não sabemos a resposta. Mas sabemos quem matou a objetividade analítica no jornalismo paulista.
Edmilson Lopes Júnior é professor de sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

8 de septiembre de 2011

Marcha anticorrupção e os números que nunca batem.

Na época da ditadura, a PM sempre dava um jeito de minimizar as manifestações populares. Por exemplo, o ato pelas diretas já na Praça da Sé, teve no máximo 5000 populares (segundo eles). Sendo que a olhos vistos, havia uma multidão muito maior. Nos dias de hoje, os papeis se inverteram. A imprensa golpista e conservadora, dá um jeito de inchar os números toda vez que tem uma manisfestação anti-governo petista (seja com a desculpa da corrupção ou não). E surgem - no dia seguinte - as manchetes grandiloquentes, anabolizadas por interesses escusos. Vejamos os números de ontem em Brasília. A polícia diz que foram 12.000, o Estadão fala em 25.000, sendo que - citando a Folha - "...parte dele assistiu ao desfile e se integrou ao protesto depois". Quer dizer, das 26.000 que confirmaram presença no Facebook, compareceram apenas 2.000 e o restante, foi assistir ao desfile de 7 de setembro primeiro. Então, sou obrigado a acreditar, que no mínimo 10.000 pessoas foram ao desfile onde aplaudiram a entrada da Dilma e depois - no clima de oba-oba - juntaram-se ao protesto para xingar os políticos corruptos. Acredite se quiser...

5 de septiembre de 2011

11 de setembro - 10 anos (september eleven)

Cansei. Pode soar politicamente incorreto, mas não aguento mais ver e ouvir falar dos 10 anos do 11 de setembro. Cansei...

4 de septiembre de 2011

Doces Bárbaros - O Seu Amor

Um verdadeiro clássico...Ninguém me perguntou, mas na minha modesta opinião, o melhor disco de MPB já feito.

1 de septiembre de 2011

Ato contra a Corrupção - 7 de setembro

Surgem nas paredes do metrô, postes e ruas diversas, panfletos conclamando para o Ato contra a Corrupção no próximo dia 7. Uma atitude tola, na minha opinião, pois apesar dos diversos escândalos divulgados com toda a pompa e cincunstância pelos meios de comunicação (algo que não faziam quando se tratava de governos conservadores), o Brasil convive hoje com emprego em alta, estabilidade financeira e otimismo. Logo, uma situação totalmente diferente à encontrada na Europa. Sem muitas delongas, a corrupção sempre existiu e sempre irá existir porque ela é inerente às elites. Se queremos acabar com a corrupção, precisamos acabar primeiro com a desigualdade social e deixar de ser massa de manobra de grupos interessados apenas em atacar um governo eleito pela maioria.
Análise do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em agosto de 2011 http://ping.fm/rsr7b
MERA COINCIDÊNCIA http://ping.fm/zOexd
Manifestações contra a corrupção mobilizam internautas no Facebook http://ping.fm/IK37q