28 de agosto de 2011

#AndersonSilva - UFC - Esporte?

Que me desculpem os torcedores, fãs e corinthianos de plantão, mas não consigo encarar a UFC como esporte. Ver alguém sendo massacrado no 
chão - indefeso e sem qualquer reação - não combina com a visão que eu tenho de algo civilizado e muito menos com "fair play". 
Tenho dito.

16 de agosto de 2011

Crise cria classe de novos pobres na Espanha

E ainda tem gente que se pergunta o porquê da nossa juventude não estar nas ruas a reclamar da "corrupção" no governo federal. Enquanto houver emprego e chances de crescimento profissional...http://ping.fm/9iaCr

14 de agosto de 2011

Dia dos Pais - A Pandorga (Papagaio de papel).


Antes de tudo, cabe aqui uma pequena introdução ou talvez até uma justificativa: a família do meu pai sempre foi famosa pela sua avareza. Nada de viver na miséria e esconder o dinheiro embaixo do colchão. Não, nada disso. Era, mais bem, uma família que fazia de tudo evitar o desperdiço e economizar nos pequenos detalhes, mantendo a mão fechada sempre que possível.
Bom, agora vem a historinha. Como toda criança curiosa e exigente, queria porque queria que o meu Pai comprasse uma pandorga. O meu pai – fiel aos princípios familiares – falou que não. Nada de gastar desnecessariamente.
- Podemos montar uma, disse ele. Sairá muito mais barato!
Pois bem, lá fomos nós comprar o material necessário. Papel de seda, varinhas de madeira ou cana, cola , tesoura, cordel, etc, etc.
Montar uma pandorga não é – teoricamente – uma atividade do outro mundo. É só cortar o papel, colar as varinhas, dobrá-las, juntá-las, quebrá-las e por fim colá-las de novo. Emendar a linha, a cauda colorida, o barbante e o resto do resto. Após algumas horas, a pandorga estava pronta. Bonita, com certeza, mas faltava o principal, o teste é claro. De que adiantava ter uma pandorga bonitinha se não voasse!
Lá fomos nós. No meio de um descampado, num dia nublado, frio e com uma pequena mas incômoda garoa.
Testamos o vento e fizemos os últimos preparativos. A pandorga parecia um lutador de boxe rodeado de preparadores, assistentes e do técnico, dando-lhe as últimas orientações.
Corri com ela uns 15 a 20 metros e ergui os meus pequenos e magricelos braços. A pandorga estava pronta para decolar. O meu Pai puxou o cordel mas a Pandorga não levantou voo. Pesada demais, caiu no chão.
Nova tentativa, corri e ergui os meus braços a mais não poder. Nada. Ela teimou, teimou e caiu, estatelando-se no chão de terra.
Mudamos as posições, o meu Pai decidiu erguer a pandorga e eu me afastei para puxar o barbante com força e determinação. Mas a bendita pandorga, subiu, deu algumas piruetas, zunindo o vento e pum!!! Na lona de novo. O meu lutador de boxe tinha sido nocauteado pela terceira vez.
Assim foi a tarde toda, novas tentativas, novas frustrações.
Fizemos alguns remendos na pandorga machucada, corrigimos a cauda, refizemos e tampamos alguns buracos. Mas nada. A pandorga não durava mais do que alguns segundos ao vento.
O meu Pai entre chateado e furioso, tentava me animar e incentivar em novas tentativas. Mas a cada queda, o tom de voz ficava cada vez mais nervoso e inseguro.
Eu, desiludido, não sabia como reagir. Reclamar pelo fato do meu Pai não ter comparado uma pandorga pronta ou falar que tudo bem, o importante era ter ficado algumas horas junto com ele, montando a mal-agradecida.
De longe, apareceu um moço que com certeza tinha visto nossas frustradas tentativas de erguer o meu brinquedo. Ele fez alguns comentários que não entendi mas percebi que compreendia mais do assunto do que o meu Pai. Começou a mexer na pandorga, cortou alguns excessos do corpo e da cauda, refez a aerodinâmica – se assim podemos disser – e sugeriu uma nova tentativa.
O meu lutador de boxe, depois de vários KO estava pronto para o último assalto. Era bater ou correr. Era derrubar o adversário ou perder a luta.
Lá fomos nós de novo. Levantei os braços, a pandorga estava pronta. O moço desconhecido puxou com firmeza o cordel e a pandorga levantou voo. Desta vez, durou uns 10 segundos antes de cair. Beijou a lona. Estatelou-se e quebrou-se em alguns pedaços. O juiz parou a luta, mandou o adversário pro canto dele e começou a contagem. 10, 9, 8...3, 2 1.0. O meu lutador não se levantou. A pandorga já era.
O moço apertou a mão do meu Pai e meio que se justificando, explicou que a pandorga não tinha jeito. Era pesada demais ou algo assim (como se já não soubéssemos). O meu Pai assentiu com a cabeça e agradeceu.
Virou-se pra mim e pediu desculpas com o olhar. Eu não sabia o quê disser. O meu lutador continuava no chão. O meu Pai – o meu herói, o meu ser indestrutível e perfeito, o meu modelo de conduta e sabedoria, tinha fracassado. E pela primeira vez, vi o meu Pai como um perdedor, um ser humano de carne e osso que fez a escolha errada, tentando economizar em ninharias, dando-se mal.
Fui buscar a pandorga (o que sobrou dela). Talvez pudesse construir uma nova com os restos. Uma pequena, leve e solta. Afinal, pra quê gastar numa nova se poderíamos tê-la de volta.


Portal do Consumidor - Notícias

Advogado elabora os 10 Mandamentos das Redes Sociais para que os usuários não corram o risco de cometer crimes nem de ser vítimas de criminosos virtuais Portal do Consumidor - Notícias

13 de agosto de 2011

11 de agosto de 2011

FHC X LULA X DILMA

O governo Dilma é mais corrupto porque pune mais ou pune mais porque é mais corrupto???

Em latas de sardinha (via @cartacapital)

Enquanto a grande imprensa vive a preocupar-se apenas com o próximo escândalo do governo Dilma e/ou das celebridades, nós simples mortais continuamos a sofrer com a estupidez e descaso do PSDB aqui em São Paulo. http://ping.fm/HN7u0

9 de agosto de 2011

Palavras

Gosto de brincar com as palavras. O talento é escasso, a disciplina falha. E por isso brinco. Levo a vida tão a sério que só me resta a escrita como válvula de escape, como contraponto à minha introspecção (mas a brincadeira foge de controle, causa mágoas, melindres e feridas são abertas, sentimentos são machucados e a catarse explode). Eis o fascínio das palavras, como diria Cortázar.
Eis o desejo de expressar aquilo pouco que tenho dentro de mim. 
Em volúveis e irrelevantes palavras.

1 de agosto de 2011

Cartas de Cortázar


Todo mundo a falar da Piauí deste mês por causa dos perfis de Ricardo Teixeira e Kassab, mas ninguém a comentar as lindas cartas de Julio Cortázar. Segue um breve exemplo da sua riqueza, mesmo sendo um assunto pra lá de escatológico:


"...A questão é que a sintonia, a concordância, a coincidência lógica não se produz e, depois de um tempinho neste gabinetto, e em todos os outros (pois tenho inspecionado todos), você vê que o buraco funcional rutila e resplandece, enquanto ao redor, nas bordas, no teto, nas paredes, contra a porta e fora da porta, levanta-se toda gama de colorações nacionais e dietéticas, as pirâmides exalantes e probatórias da triste condição humana..."


http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-58/cartas-julio-cortazar/misteriosa-entrega-e-mudanca-de-si-mesmo