Um filme norte-americano que bebe na fonte dos filmes existencialistas europeus.
Com cenas longas, muita conversa e planos fechados.
Timing perfeito. Trilha apropriada e Claire Danes arrancando suspiros.
Mas, aqui entre nós, teríamos algo parecido aqui nos trópicos?
As jovens artistas, que não tiveram a oportunidade de nascer numa família abastada, vivem de fazer bicos e/ou trabalharem como garçonetes e poucas, poucas mesmo terão a chance de expor seus trabalhos numa galeria de renome.
E em se tratando de namorar com um executivo cinquentão? Tudo não passaria de uma triste ilusão. Os nossos bem-sucedidos empresários preferem as mulheres oxigenadas e siliconadas, do tipo que fazem sucesso no BBB.
Pois bem, a Claire Danes se morasse em São Paulo acabaria casando com aqueles tipos que freqüentam a Galeria do Rock. Seres esquisitos e cheios de tatuagens. E provavelmente alugariam uma casinha na Vila Madá. Seriam felizes para sempre? Talvez. Tudo irá depender da dosagem diária de fluoxetina e álcool.
