31 de julio de 2009

Algo forte bateu em mim e a sensação de frio, invadindo aos poucos o meu sangue, me dá vida e esperança.
#Lula deveria de convidar o @lapena e o @danilogentili para uma cervejada (que nem o #Obama) e resolver a tal de polémica racial.

29 de julio de 2009

On July 29, 2009, PoeTwittar said:

A música do Caetano diz: É proibido proibir. Mas o casal Serra/Kassab não deve conhecer a letra. Proibiram o cigarro, o #fretado e a venda de banana por dúzia.(http://www.agora.uol.com.br/grana/ult10105u601270.shtml)

Ridículo!!!!!

26 de julio de 2009

MAS QUE LUGAR É ESTE??????

Mas que lugar é este? Como vim parar aqui, nesta cama?

E quem é esta mulher ao meu lado deitada de bruços e semicoberta com um lençol encardido?

O meu peito enche de angústia e desespero. Procuro lembrar, puxar da minha memória qualquer indício que me traga alguma recordação. É difícil. Não consigo nada. A minha cabeça dói e está cada dia pior (não há vitamina E que resolva).

Por que estou aqui?? Fiz alguma coisa errada?? Alguma estupidez?

A minha mulher deve estar apavorada. Cadê o meu celular?? Cadê as minhas calças??

E a minha camisa? Dormi com ela, e agora está horrível, totalmente amarrotada. Como irei sair na rua desse jeito.

Achei a porcaria do celular. Está desligado. Pronto! Meu Deus, milhares de mensagens de texto e milhares de mensagens de voz apitando, pedindo para acessar a minha cx postal!

Vou ligar para a minha mulher, tentar descobrir aquilo que aconteceu. Quem sabe, ela saiba alguma coisa (ela sempre sabe tudo, não é?). Merda, a bateria descarregou por completo.

Preciso me vestir, sair, procurar ajuda. Cadê as minhas calças??? Cadê a minha carteira???

E você quem é??? Minha mulher que não é. Você é ruiva, cabelo comprido. Pele branca e cheia de curvas. Vou te acordar e exigir uma explicação.

Mas, você está nua!!! Teu corpo branco quase albino cheio de sardas e pequenas pintas está totalmente nu!!!!

Cubro o teu corpo ou não?? Melhor esperar um pouco. Deixa ver o teu rosto com mais calma. Talvez te conheça de outros carnavais. Quem sabe o teu rosto me dê alguma explicação e as respostas de que tanto preciso.

Não. O teu rosto é desconhecido. Bonito mas desconhecido. Lábios grossos, nariz fino, sobrancelhas espessas. Quem é você?? Porque vc não acorda??? Respirando vc está, sinto o calor do teu corpo, o hálito forte de álcool, de vodka talvez.

Meu Deus! O quê que eu faço. Acordo esta mulher desconhecida ou fujo sem dar um adeus e entender aquilo que aconteceu???

Deixa olhar pra ela de novo. Será que transei com ela?? Talvez tudo não passe de um sonho. Impossível ter transado com mulher tão bonita. Nunca namorei mulheres bonitas, muito menos transar com elas. O quê que eu fiz. Quem é você? Acorda!!! Acorda!!!

Você se vira e agora posso ver o teu rosto por inteiro, os teus seios. Fartos seios e uma cobra azul que descansa ao redor deles. Vontade de tocá-la, de deitar e rolar em direção ao teu corpo. Que desejo perverso, doentio.

Acorda!! Acorda!!! Teus olhos não abrem você fala coisas ininteligíveis. Resmunga, xinga e dorme de novo. Bêbada!! Prostituta!!! Suburbana!!!

Acorda!! Acorda!! Pego-te pelo braço, te levanto ou tento te levantar. Não agüento o teu peso e vc cai na cama, nua, totalmente nua. Desisto, vou embora. Cadê as minhas calças, os meus sapatos. As minhas meias novinhas nem pensar. Algum rato FDP deve ter comido ou levado embora.

E que quarto é este. Que pensão, que hotelzinho vagabundo é este???

Visto as minhas roupas ou o que sobrou delas. Vou até a porta. Procuro não fazer nenhum barulho. Olho pra você pela última vez... E covardemente, volto pra ficar do teu lado.

Quero deitar e rolar em direção ao teu corpo (desejo perverso de morrer na tua cama).

25 de julio de 2009

#Clarofail

No dia que a Claro comemorou o fato de ter ultrapassado 40 milhões de clentes ((http://www.clientesa.com.br/gestao/default.asp?pag=matintegra&matID=36682)), o Twitter saiu com uma campanha anti-Claro, o (http://clarofail.com/#clarofail). Será que foi uma safadeza dos concorrentes?

24 de julio de 2009

Odete F. C.©

Odete nunca foi de falar muito. E mesmo que quisesse não teria com quem falar. Morava apenas com os pais que saíam logo cedo para cuidar da fazenda vizinha. Praticamente só, a pequena Odete cresceu, cuidando do almoço e da ração dos outros bichos. Limpando a casa, limpando o curral. Colhendo frutas e legumes e semeando a terra dura de doer. A sua única diversão era uma bola de couro surrupiada do pai. Toda estropiada e mal costurada. Suja de barro e outras porcarias. Com ela, a Odete passava todas as tardes. Mesmo com chuva ou sol a pino, a Odete brincava de bola, tomando pra si, o cercado onde convivam galinhas e patos. Um cercado feito de madeira velha e que servia de campinho (reparem que não digo campinho de futebol, pois a Odete não sabia o que era futebol e muito menos que havia regras e tradições a serem seguidas). Dentro do cercado, a Odete pegava a bola e saía a driblar galinhas e patos, ou melhor, jogava um dia no time dos patos e no outro, no time das galinhas, ficando o tempo todo com a bola. Não pelo fato de ser a sua dona mas sim porque suas infelizes companheiras de time, ao invés de participar avidamente do jogo, fugiam toda vez que a bola lhes vinha em cima. Devo admitir, que as galinhas eram mais ágeis enquanto que os patos – duros de cintura – teimavam a ficar entre a bola e as tábuas de madeira. A graça do jogo, consistia em driblar o maior número possível de aves e depois bater a bola na cerca. E quanto mais conseguia bater, mais tempo ela jogava e se divertia. Era drible pra cá, drible pra lá. Dribla um, dribla dois, dribla três e chute na cerca!!! Sorte da Odete, azar dos outros. Vez ou outra, uma galinha ou um pato saía machucado. Era pena e poeira para todo lado. E o galo que detestava o jogo e se achava dono do galinheiro, vivia a reclamar com razão. Piando, cocoricando, ciscando e pulando de madeira em madeira e às vezes fugindo do cercado. Anos se passaram, e começou a faltar comida na casa de Odete. Os pais ficavam o tempo todo em casa, brigando de hora em hora. Mas Odete não desanimou, pois apesar das galinhas e patos começarem a sumir, ela continuava a driblar e chutar. Agora com certo cuidado, afinal havia uma criança entre elas. Era a Berenice recém saída da barriga da mãe e que ficava dentro de um saco de juta pendurada numa estaca no meio do cercado. No fim, restou apenas a Filomena e a Dorotéia, duas craques dos velhos tempos e que agora nem para caldo serviam. Coitada das duas, uma vivia a coxear e a outra de tão idosa, arrastava pelo chão. Mas foi com elas que a Odete decidiu, um dia qualquer, sair pelos campos afora. Cansada de brincar dentro do pequeno cercado, saiu driblando tudo que passava pela frente, com a Berenice nas costas e a Filomena e a Dorotéia, tentando acompanhar o ritmo. O pequeno sítio cada vez mais distante. O sol se pondo. As estrelas surgindo. E ela nada de cansar e parar de driblar. Foi assim que sumiram no horizonte. Odete Futebol Clube, um time dos sonhos.

21 de julio de 2009

MARCELA BIASI - **ARRASTANDO MARAVILHAS**

Sabe aquela música que vc ouve na rádio, gosta mas que some de repente...

Orides Fontela (1940-1998)

Da condição humana Somos livres - até percebermos as grades. 

Somos gente - até irmos ao banheiro. 

Somos vivos - até que morremos.

20 de julio de 2009

Os Reis Preguiçosos

Ontem à noite tive a bela surpresa de assistir aos Reis Preguiçosos. Um espetáculo de rua diversificado, colorido, chamativo e alegre. Um misto de teatro e circo, com shows pirotécnicos, acrobacias, muita música e fantasias divertidas. Em outras palavras, a estética do deslumbre levada com competência às ruas do Ipiranga.

18 de julio de 2009

On July 18, 2009, PoeTwitar said:

Depois de ser obrigado a ñ ler a Carta Capital por algumas semanas. Li no dia de hoje - pra minha felicidade - um ensaio antigo do Mino Carta (26/06) e descobri que não estou só. Se fui raivoso por criticar todo o deslumbre da FLIP e muitos não gostaram, é por que de fato, vivemos no império da mediocridade. E prova maior foi ver a mídia mundial cobrindo a morte de Michael Jackson. Somente uma palavra consegue traduzir tudo isso, estupidez.

Ensaio sobre a fraude

26/06/2009 15:46:20

Mino Carta

http://tinyurl.com/lxebjd

17 de julio de 2009

À luz de uma vela qualquer...

Tente pelo menos uma vez na vida, escrever à luz de uma vela. O texto sairá mais denso sem deixar de ser simples. Será mais poético sem ser piegas. Será o produto de um momento de contemplação e serenidade, longe do deslumbre da luz artificial.

15 de julio de 2009

12 de julio de 2009

Quando Hank Moody caiu de paraquedas em Paraty

Em meio ao caos urbano, o meu escapismo preferido é imaginar situações bizarras. E uma delas foi pensar em como Hank Moody (personagem de David Duchovny em Californication) reagiria frente a tanta badalação da mídia em torno da última FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty. Pois assim como eu, Charles Bukowsky e Plínio Marcos, Hank é do tipo que detesta encontros, bienais, feiras, festivais, vernisages, concertos etc, onde haja mais de um escritor ao mesmo tempo (a não ser que tenha open bar).
E com um copo de bourbon na mão, ficará obsessivamente se perguntando, será que os leitores brasileiros ainda não aprenderam que escritor que vale a pena não vai em tais eventos? E depois de mais um gole, dirá peremptoriamente: Escritor com "E" maiúsculo vomita toda vez que vê uma mesa redonda (e se for sobre o processo de criação literária, vomita em dobro).
Tanta bajulação em torno do autor de um romance, de uma novela, de um livro de contos ou de poesias é de duvidar, segundo Mr. Moody. Afinal o livro é nada mais, nada menos que um produto. Um produto cultural dentro do nada charmoso mercado de consumo globalizado que sofre um processo de customização mercadológica, tornando-o mais apreciado, mais desejado pelo leitor. Tal um filme, uma música, um vídeo ou uma peça de teatro. E o que mais lhe enoja nesse processo todo é ver tanto incauto cair na armadilha das editoras. Incautos que ficam em filas enormes para conseguir o autógrafo do mais novo autor pop star e se entopem de livros que irremediavelmente irão parar numa estante poeirenta.
Hank sabe por vivência e experiência própria, que o escritor - talentoso ou não - é um ser perturbado, problemático, egocentrico e egoista. Daí ele tentar colocar no papel o seu falso sentimento. E ver esses pseudo-escritores falando abobrinhas e o público todo alucinado, pagando para ouvi-las, é de matar.
Mas como adora repetir o Hank, a vida é uma permanente festa idiota à qual não fomos convidados. E já que estamos por aqui, andando pelas ruas empedradas de Paraty, só nos resta acabar com todo o estoque de destilado, mesmo que seja na companhia de Chico Buarque e Guy Talese.

10 de julio de 2009

Concierto LODVG - Jueves

A música é de arrepiar. E não há como fugir ao contexto (jueves 11 de marzo - dia do atentado na estação do metrô). O pessoal do LODVG conseguiu falar de uma pequena história de amor no meio de um atentado terrível. É uma forma de homenagem, com certeza, mas será que as massas conseguirão entender tudo isso? Será que no meio de um show, depois do povão tomar todas, o pessoal inocente que morreu será lembrado como deveria? Sinceramente, tenho as minhas dúvidas.
VIVO,VIVO por você. Apesar de ter matado todos os meus sonhos, VIVO,VIVO ainda por você.

8 de julio de 2009

De Sonia Braga a Penéope Cruz = a Amante Latina não mudou nada

Como em Hollywood nada se cria e tudo se copia, provavelmente Woody Allen assistiu Sex in the City num passado recente e adorou a personagem interpretada por Sonia Braga. Na terceira ou quarta temporada, a atriz brasileira interpretou uma pintora lésbica, namorada de Kim Cattrall. Sem fugir aos estereótipos do(a) amante latino, Sonia fez uma participação marcante.
Seis anos depois, Woody Allen retoma o papel agora interpetado pela Penélope Cruz. O cabelo desgrenhado, a beleza madura, a "pasión", os trejeitos, o exagero na hora de expressar os sentimentos, o descontrole etc. Está tudo aí. Um claro sinal de que por trás da moralidade anglo-saxônica, há a fantasia secreta de dormir com um cucaracho(a).

3 de julio de 2009

Flip e o livro como produto

http://www.flip.org.br/ Não sou do tipo ingênuo que acha que o Livro é algo sagrado, que deveria de ser guardado a sete chaves depois de lido. Não. O livro é nada mais, nada menos que um mero produto de consumo dentro do atual mercado globalizado. UM produto cultural, é claro. Tal um filme, uma música, um vídeo ou uma peça de teatro.
O que me enoja nesse processo todo é ver o autor, o escritor virar um pop star.
E ver os fãs delirarem alucinadamente.
É sabido que o escritor - talentoso ou não - é um ser perturbado, problemático, egocentrico e egoista. Daí ele tentar colocar no papel o seu falso sentimento.
E ver esse povo todo falar abobrinhas e o público pagar para ouvi-las me causa vertigem.
Mas no fundo deve ser ódio.
Afinal, poderia estar em Paraty, ganhando em dólar.
E ao invés disso, estou aqui a teclar o meu PC com raiva e inveja.
Quero os holofotes e apenas ganhei uma lâmpada meia boca.
Quero a fama, a redenção e a imortalidade, mas apenas obtive mais alguns dias de vida.
O meu obscuro objeto de desejo irá continuar secreto e insensato.

2 de julio de 2009

As fotos "vazadas" na web da Scarlett Johansson.

Dúvido que alguém tenha vazado as fotos só agora de forma inocente.
Incautos aqueles que acreditam nisso.
São fotos na intimidade, sem maquiagem, mas lindas de morrer.