30 de agosto de 2008

JUSTIÇA CRIMINAL DE SP CONDENA MAINARDI

Lendo o texto da condenação do "jornalista" Diogo Mainardi lembrei da época que deitava na relva pra ler a antiga Veja. Pegava a mesma emprestada da hemeroteca da Casa dos Estudantes e a lia de cabo a rabo, aproveitando o sol de uma manhã de domingo. Tempos gaúchos de vinte e poucos anos atrás. Lembrei também de um comercial veiculado na TV - creio eu quando a Veja começou a chegar na casa dos assinantes na sexta (ou sábado) e não mais aos domingos. A dona de casa fica toda desconfiada do entregador que tenta dar-lhe a revista. Ela diz que não irá abrir a porta porque a revista chega aos domingos e deve tratar-se de uma tentativa de invasão, de roubo, sei lá. No fim, o entregador não entrega a revista e a dona de casa e assinante não fica com a nova edição semanal da Veja. Provavelmente, não tenha sido algo intencional, mas de certa forma isso prova como a Editora Abril vê o assinante e/ou leitor da Veja. Um ser paranóico, classe média que teme perder os bens que com tanto esforço conseguiu juntar (ou herdar). Entre 30 e 45 anos, morador dos grandes centros urbanos, freqüenta academia, culturalmente limitado e conservador nos costumes. Ávido consumidor de bugigangas eletrônicas e que mata suas frustrações, indo todo final de semana ao shopping ou jantando numa churrascaria (depois de deixar a 4 x 4 com o manobrista) . Pois bem, é isso aí como diz a versão da música. E como ex-assinante da Veja (e de outras publicações da Abril), só tenho a lamentar a decadência da revista que tanto me entretia. http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=553