Liberdade para opinar, falar besteira e reclamar da vida (antigo ProviSório - como tudo que nos rodeia).
31 de julio de 2007
30 de julio de 2007
Saldo do PAN
29 de julio de 2007
Brasil X Cuba = Mídia burra I
27 de julio de 2007
O PINTO AGASALHADO
O som que ele faz com as asas e o irritante arrulhar me mantém acordada. Cubro a cabeça com o lençol e o travesseiro, mas não consigo parar de pensar no danado. Ele me espreita, me fita, me consome.
A noite não termina nunca. Preciso sair da cama e ir ao banheiro. Quero mijar, vomitar, mas o medo me paralisa.
Amanhece. A pomba negra olha pro céu e levanta vôo. Some da minha frente e respiro aliviada. Posso retomar a minha vida apesar das olheiras, da bexiga ardendo e das náuseas.
Semanas se passaram sem sinal da pomba negra (ou seria uma pomba-gira?). Rio de mim mesma. Onde já se viu ter tanto medo de um pobre passaro. O quê que aconteceu e gerou tanto pânico? Não sei, não lembro. Seria necessário fazer inúmeras sessões de terapia de choque para descobrir os motivos. Só sei que fico terrivelmente mal só de pensar. Lembro da vez que entrou uma galinha dentro da minha sala de aula lá no interior. Foi desesperador, tive que subir na carteira para não encostar nela. A galinha pulava, cacarejava e todo mundo atrás da infeliz. E eu de cima olhando, em desespero. Todos riram de mim às gargalhadas.
Na volta do serviço, entro na mercearia do bairro para fazer as compras que preciso. Olho a pequena lista e vou de seção em seção até achar o necessário. Deixo por último, os divinos ovos. Escolho com muito cuidado uma caixa onde está escrito que são ovos da granja. São mais caros, com certeza, mas minha mãe me ensinou que são os melhores. Abro-a e conto os ovos um por um. São doze, todos inteiros e sem manchas. Vou até o caixa e pago a conta em dinheiro (não gosto de cheques nem cartões). A moça – feia e desgrenhada – me dá o troco, mas antes de guardá-lo na carteira, separo as notas uma a uma e coloco-as
Após o jantar, tiro a mesa cuidadosamente para não sujar o chão. Lavo a louça e coloco o que sobrou dentro da geladeira. Por alguma razão desconhecida, não guardo os ovos que sobraram. Deixo a caixa semicheia ao lado da escrivaninha . Ligo um abajur e começo a arrumar a papelada. Contas e mais contas (desde que o meu marido me deixou não faço mais nada do que pagar contas). Depois pego o material da escola e começo a revisar as provas dos meus alunos. Cada vez piores, cada vez mais insolentes. Dou aula de Geografia para adolescentes que nem sabem direito onde fica a casa deles. Rapazes medonhos, cheio de espinhas, imberbes e tarados. Meninas tolas, peruonas que se vestem provocativamente para chamar a atenção dos machos. Detesto todos eles. Corrijo as provas. São de doer. Ou eles são muito burros ou eu não estou sabendo mais dar aula. Bom fazer o quê? Acabo dando um cochilo.
Um leve piar me acorda: piu-piu, piu-piu, piu-piu, piu-piu.......... Devo estar sonhando. Devo estar dormindo ainda. Tento me concentrar no barulho. É um piu-piu sim. Um pipiar que se aproxima cada vez mais rápido. É um som que aumenta cada vez mais e torna-se agudo, machucando os meus ouvidos. A curiosidade vence o medo e decido olhar para o chão. Vejo, totalmente incrédula, um pequeno pinto todo amarelo. Com as pequenas penas molhadas e tiritando de frio. Pia e pia cada vez mais alto. Levanto o olhar e a primeira coisa que vejo é a caixa de ovos aberta e dentro dela um ovo quebrado. È casca para todo lado. Não é preciso ser muito inteligente pra deduzir que o pinto saiu do ovo. Agora saber como e porque ele saiu de uma caixa que só deveria ter ovos para comer, não faço a mínima idéia. Vou reclamar na mercearia, é lógico. Ou melhor, no serviço de atendimento ao consumidor do produtor dos ovos. Onde já viu vender ovos com pinto dentro. Poderia ter matado o bichinho, jogando-o dentro da frigideira, coitado!!!!
Levanto da cadeira. Vou até a geladeira. Decido dar-lhe um pouco de água e biscoito maisena. Com uma mão seguro o pinto e com a outra pego os biscoitos e os mergulho dentro de um copo dágua. Aos poucos ficam moles e diluídos. Pego uma pequena tampa de requeijão e coloco dentro a mistura mole. Deixo o pinto ao lado para se alimentar. Olha pra mim e não entende. Seus olhos enormes me fitam, indagando, esperando instruções. Começa a piar de novo. Não agüento. Pego de leve a sua pequena cabecinha e enfio seu bico rosado dentro da comida. Ele resiste mas acaba comendo. Pelo menos parou de piar. Aproveito e vou tomar um banho e lavar bem as minhas mãos. O cheiro do pinto me enjoa.
Agarro-o de leve e deixo-o dentro da caixinha. Ele fica dentro, mas não dorme. Lavo as mãos novamente e vou para a minha cama. Tive um dia corrido e atípico. Preciso dormir e descansar. São muitas emoções.
- Quem é, pergunto?
- É o vizinho aqui do lado.
Que estranho. Normalmente, ninguém fala comigo, ninguém me procura. Nunca recibo visitas e agora o vizinho – que por acaso é o síndico - está à minha porta.
Com muito cuidado me arrasto fora da cama. Não quero acordar o pintinho, pois ele dorme faceiro e tranqüilo.
Fecho a porta. Não sei como lidar com situação tão esdrúxula. Vontade era de devolver o pinto para a mercearia. Eles que se virem. O quê fazer com um pinto no meio da cidade, da metrópole??!! Talvez o zoológico, talvez.
Desço pelo elevador com o pinto escondido no meio da blusa de lã. Vejo a rua e fico mais atordoada ainda. E se soltar o pequeno pinto, o pintinho no meio dos carros e ligar depois para os bombeiros?
Eureka!!! Lembrei que tem hoje uma feira aqui perto. E no meio de frutas, hortaliças e legumes, há um casal de japoneses que vende frango e ovos. Quem sabe, eles dêem um jeito.
Chego sorrateiramente por trás da barraca. Muita gente fazendo compras, muita balbúrdia e confusão. A idéia é deixar o pintinho ao lado das caixas de ovos. Só que esqueci que o safado gosta de piar. Foi só tirá-lo do aconchego da blusa para começar a piar: piu, piu, piu, piu. Solto ele e saio correndo. Parece que ninguém reparou. Ninguém me viu. De repente, atrás de mim alguém grita:
- Vai banana aí Madame?!
Paro. Dou um tempo. Decido voltar. Paro de novo. Dou meia-volta. Continuo a andar a passos largos.
De suspiro em suspiro, vou direto para a escola, enfrentar o meu martírio. É dia de prova.
Volto à noite para casa e ela está vazia. Sem barulho, mas com cocô espalhado pelo chão. Tenho saudades do pintinho. O pinto se foi. Fico triste. Estava gostando dele. Não é sempre que você dorme com um pinto na cama e com certeza nunca irei esquecê-lo. Será que vai mandar notícias? Vai me escrever?
Ou pior, vai morrer dentro da panela como um simples ensopado, asado, frito ou empanado??!! Preciso parar de pensar em tudo isso. Preciso esquecer o pinto. Preciso me acostumar a não ter mais pintos na minha vida.
Vou preparar um chá de camomila e tomar meio lexotan. Devo me acalmar e dormir. Descansar. Pego um livro que parei pela metade. É de um escritor peruano pouco conhecido: A mulher no seu desespero. Começo a ler. Quase nada lembro.
- A infelicidade feminina é fruto do seu apego às... nada, nada... nada...
Desperto com um bru, bru, bru, bru intenso e persistente. Sento com dificuldade e vejo a velha pomba negra na minha janela. Ela me olha com pena. Começa a bicar o vidro. Parece que quer entrar.... mas tenho medo.
Baseado livremente numa história contada pela minha amiga Nádia Lopes.
Ilustração de Simone Matias.
A mídia golpista I - Alexandre Garcia
25 de julio de 2007
Brasil de Lula é 'paraíso de ricos'
Para jornal francês, fortunas têm se beneficiado de política econômica do atual governo.
O Brasil governado pelo ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva é o "paraíso dos ricos", de acordo com uma matéria publicada nesta quinta-feira no jornal francês Le Figaro.
Em texto intitulado "Política econômica de Lula faz a alegria dos ricos brasileiros", o diário matutino afirma que "graças às elevadas taxas de juros e ao boom das matérias primas, o Brasil das finanças e dos negócios conhece uma era dourada".
"As fortunas brasileiras souberam tirar proveito da política econômica do governo Lula. Com o objetivo de conter a inflação, ele tem mantido as taxas de juros em níveis astronômicos, fazendo a alegria do setor financeiro", diz o Figaro.
"Envenenada pelas perspectivas de crescimento, a Bolsa de São Paulo bate todos os recordes há três anos."
O jornal reconhece que os programas sociais de Lula - como o Bolsa Família - têm ajudado a tirar muitas pessoas da pobreza. Entretanto, "não mudaram a distribuição de renda no Brasil".
"Diferente do passado, os ricos não se concentram no eixo Rio-SP. O Nordeste, região historicamente miserável - e de onde Lula é originário - conta com mais de mil milionários, que querem reproduzir a vida da elite paulista."
Segundo o diário francês, "as cópias de lojas Daslu se multiplicam em Salvador, Recife e Fortaleza, onde as coleções de bolsas Gucci se multiplicam".
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.24 de julio de 2007
23 de julio de 2007
22 de julio de 2007
ATÉ QUANDO VEJA?
21 de julio de 2007
Congonhas - Mino Carta
20 de julio de 2007
Assessor festeja falha no avião com gesto obsceno
18 de julio de 2007
Acidente em Congonhas - TAM again
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 517
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. |
. Alexandre Garcia diz que “há uma irresponsabilidade coletiva”.
. A Controladora Geral da República, Miriam Leitão, disse: “o Governo tem subestimado os riscos”.
. “Há um colapso”.
. O Governo não tem “visão geral”.
. A Globo já concluiu a investigação.
. Dispensa a abertura da caixa-preta.
17 de julio de 2007
Decote sexy pode provocar acidente com ônibus
Sexy demais para entrar num autocarro
Debora, uma assistente de loja, diz que de repente ele parou o autocarro, abriu a porta e gritou-lhe: “O teu decote está a provocar-me, distraio-me sempre que olho pelo espelho e não me consigo concentrar na estrada. Se não te sentares noutro lado vou ter de te expulsar do autocarro”.
A jovem acedeu ao pedido do motorista mas sentiu-se humilhada pelo incidente.
Publicado em:
http://cantinhodosmoke.blogspot.com/2007/07/sexy-demais-para-entrar-num-autocarro.html
16 de julio de 2007
13 de julio de 2007
12 de julio de 2007
Infelicidade Executiva
[11/7/2007 - 15:47] - Não dá para eliminar os desejos de ser, ter e fazer na carreira profissional Autor: Gilberto Guimarães Clientesa.com.br |
Pesquisas recentes continuam a mostrar que os níveis executivos e gerenciais demonstram uma profunda infelicidade com seu trabalho e com sua vida. Nada muito diferente do que pesquisas antigas já revelavam. No Brasil e no mundo os resultados são equivalentes. As pessoas, mesmo aquelas que gostam do que fazem, não encontram felicidade e "joie de vivre" no trabalho. A situação se agrava quando descobrimos também, por pesquisas recentes, que o maior medo dos profissionais é a perda do emprego. Portanto, é como qualquer casamento: ruim com, pior sem.
Por que tudo isso? Qual a origem deste sofrimento? Como acabar com ele? Qual é o caminho? A busca de respostas para estas mesmas perguntas foi iniciada em 530 a.C. por Sidarta Gautama - o Buda. A resposta lhe veio no despertar, sob a forma das quatro verdades: a natureza do sofrimento, sua origem, seu término e os caminhos que levam a este fim. O sofrimento se origina do desejo e o seu término só pode ser conseguido pela cessação dos desejos. Atingir a felicidade é, portanto, conseguir nada desejar, não querer ser, ter ou fazer nada.
Nada mais difícil, sobretudo, porque podemos definir, simplificadamente, que as pessoas que atingem níveis executivos e gerenciais são exatamente aqueles que buscam a liderança, os "machos alfa ou fêmeas dominantes", como expostos por Eddie Erlandson, na Harvard Business Review. São os que se destacam, os que dominam, os que querem e impõem. São homens e mulheres com três características em comum. A primeira é que eles são muito determinados em atingir resultados e obter sucesso. A segunda é que são muito impacientes. A terceira é que tendem a ser muito agressivos.
Esse esforço faz deles muito competitivos. São focados no sucesso, atingem resultados, fazem coisas que os outros dizem que não podem ser feitas e tem alto nível de auto-estima. Têm muita expectativa com relação a si mesmos e com as pessoas com quem trabalham. Ou seja, são pessoas que desejam muito, e que quando impedidos ou atrapalhados na busca da realização de seus desejos, assumem posições e decisões emotivas e irracionais. A vontade deles é de passar por cima, mas o mundo corporativo e as regras sociais lhes impedem. Sentindo-se impotentes, são obrigados a gastar lentamente a adrenalina excessiva jogada na sua corrente sanguínea. Nada pior para causar sofrimento e infelicidade. Além disso, as pessoas que trabalham com eles começam a se sentir desmoralizadas, vitimizadas, abusadas. Portanto, a infelicidade executiva, que faz parte das regras do jogo de carreira, que vem junto, não só não tem jeito, como se propaga em todos os níveis da empresa. Não dá para eliminar os desejos de ser, ter e fazer na carreira profissional.
Mas, será que existe "o caminho"? Nem Freud explica. Investigando o sofrimento humano na vida cotidiana, e as formas de lidar com ele, Freud identifica que o motivo básico da insatisfação humana é não poder atender aos nossos instintos, porque o mundo não o permite. Desde o início convivemos com a frustração. Primeiro a natureza não cede e depois a sociedade nos impõe novas restrições. Propõe três saídas para a dor: desistir do desejo, usar um prazer substituto ou fugir da frustração. Desistir do desejo é o objetivo da filosofia e de algumas religiões; um prazer substituto pode ser obtido pelo estudo, pela ciência e por realizações artísticas, o prazer do espírito. Finalmente a fuga da realidade ou através da loucura, que cria um mundo interior, ou do delírio coletivo representado pela religião, ou a fuga através das drogas que disfarçam a capacidade de sentir o sofrimento. Segundo Freud, todos nós usamos ao longo de nossa vida, algumas dessas soluções paliativas. Até o amor, que para alguns é visto como uma das formas mais eficientes de realização dos nossos desejos, torna-se dor com a perda, ou com o medo da perda do parceiro.
Felicidade é a realização imediata de um impulso instintivo, nada a supera, mas nunca dura. A única forma de minimizar o sofrimento é aceitá-lo como parte do caminho. Apenas a maturidade psicológica é que permite esta aceitação e, portanto, que permite chegar-se próximo da felicidade.
Gilberto Guimarães é diretor da multinacional francesa BPI no Brasil, empresa que atua na área de consultoria em RH e reorientação profissional especializada - outplacement. Atua também como professor e consultor da Fundação Getúlio Vargas, da GV Consult e do Ibmec, além de ser presidente do Instituto Amigos do Emprego, uma ONG que promove debates e eventos sobre carreira e emprego. |
11 de julio de 2007
10 de julio de 2007
O Brasil tem uma das sete novas maravilhas do mundo moderno.
Foram cerca de cem milhões de votos pela internet e por telefones celulares no mundo todo para escolher as novas maravilhas.
A imagem de Nadja Haddad- de dia ou de noite - é mesmo uma maravilha. .
A cerimônia aconteceu no Estádio da Luz, em Lisboa - onde foram anunciadas também as outras seis maravilhas modernas.
As novas sete maravilhas do mundo são: As Muralhas da China, as ruínas de Petra na Jordânia, as ruínas de Machu Picchu na cidade inca do Peru, as pirâmides de Chichen Itza no México, o Coliseu de Roma, o Taj Mahal na índia e Nadja Haddad do Rio de Janeiro.
7 de julio de 2007
6 de julio de 2007
5 de julio de 2007
La Comisión impone a Telefónica una sanción de 152 millones de euros
Bruselas multa con 152 millones a Telefónica por frenar la competencia en banda ancha
Rômulo Arantes Neto - Jornal Nacional
4 de julio de 2007
3 de julio de 2007
Robinho = Por que o Brasil vai perder a Copa América
- A comissão técnica é limitada.
- A CBF só pensa naquilo: US$ US$ US$ US$ US$ US$
- E mesmo com o salvador da pátria Robinho (o novo Romário), uma só andorinha não faz verão.