27 de noviembre de 2006

Torcida Palmeirense!

Vergonha http://www.youtube.com/watch?v=aJvnjYMw218 Ontem o jogo do Palmeiras contra o Inter foi uma vergonha! A tentativa de invasão dos vestiários e da tribuna de honra, foram dois símbolos claros da situação de desigualdade e insatisfação que vive o país. De um lado, o povão, a torcida p... da vida, revoltada e vindo de baixo, das arquibancadas e e do outro, a diretoria, as supostas elites encastelas na tribuna de honra no alto da sua própria incompetência. Cedo ou tarde, o povo irá tomar a Bastilha, a História (com H maiúsculo) é prova disso.

23 de noviembre de 2006

Rosas são rosas, com espinhos ou não.

Logo cedo, indo pro trabalho, encontrei na esquina de uma praça meio abandonada, um ramalhete de rosas vermelhas. Ainda frescas, ainda viçosas, ainda belas. Não deve ter sido a primeira vez que rosas assim amanheceram ao relento. Mas foi a primeira vez que reparei nelas. Perguntas e mais perguntas. Quem as deixou? A resposta mais óbvia é a de que se trata de um despacho ou algo parecido. Uma oferenda aos Deuses do Candomblé, aos Orixás. E se estiver acompanhado de um prato de comida e uma garrafa de pinga, é isso mesmo. Mas não custa viajar na imaginação. E pensar que as rosas são de um amante agradecido, de um marido arrependido, de um adolescente apaixonado. Que por um motivo ou outro deixou-as abandonadas ou jogadas, melhor dizendo (Lembrei de um amigo que jogou fora duas dúzias de flores do campo no cesto de lixo de um supermercado por que ficou com medo de passar ridículo quando encontrasse o seu amor não correspondido). Pois bem, talvez o amante agradecido tenha visto o marido da sua amada chegar em casa antes da hora e ele teve que disfarçar e esconder as rosas rapidamente. Talvez o marido arrependido tenha sido escorraçado de casa pela mulher traída. E entre carregar as flores e a mala cheia de calças sujas, camisas amarrotadas, gravatas e sapatos, optou é claro pelas roupas. Ou quem sabe, o adolescente inexperiente e cego de tanta paixão, não tenha percebido que a menina já estava em outra e que não ligava mais pra ele, pois nessa fase da vida, as meninas querem pular de galho em galho sem qualquer compromisso. E ele desiludido e cheio de dor no peito, largou as rosas ao lado de um árvore qualquer. Triste fim para tão lindas flores. Algo que no início prometia trazer felicidade, provocar um suspiro ou despertar a libido, acabou indo parar nas minhas mãos. Mas rosas são rosas mesmo com espinhos ou não. E uma mulher irá sorrir quando chegar ao meu destino.

22 de noviembre de 2006

Que Novela!!!

Desde os tempos das Faculdade, sempre me perguntei sobre o segredo das Novelas Globais e suas clones. Olhando-as friamente, todas giram em torno do mesmo assunto: a busca do amor eterno, ou melhor, do amado (a) eterno (a). É como se a nossa vida fosse só isso. Como se não tivessemos outros desafios e ambições, desejos e fantasias. Algum defensor da segunda paixão nacional, vai alegar que as Novelas se modernizaram, tratam agora de assuntos polêmicos e atuais, etc e tal. Que são mais conscientes e responsáveis, principalmente, se for a principal delas, isto é, a novela das 8. Pode até ser. Mas não me convence. É tudo déjà vu, sem gosto e sem sal. E essa história de falar de assuntos polêmicos ou tabus, não passa de jogada de marketing para criar factóides, conseguir manchetes e aumentar audiência. É como assistir ao mesmo filme, uma, duas, três, quatro, cinco, seis vezes... É como rir da mesma piada o tempo todo, achando-a engraçada toda vez que ouvida ou vista. Prefiro mudar de canal. Novelas, TÔ FORA!

20 de noviembre de 2006

18 de noviembre de 2006

Não 79

ONTEM Lembro como se fosse ontem da prateleira cheia de livros empoeirados. E entre milhares deles, algo que chamou mais a minha atenção. Eram 2 volumes das Tragédias de Shakespeare publicadas pela Editora Abril. Capa dura, cor verde escura. Mas apesar do conteúdo tão denso, eram pequenos e discretos. Em outras palavras, muito apropriados para aquilo que tinha em mente.

Nove anos antes, furtava frutas e legumes de um pequeno entreposto do interior gaúcho. Nunca esquecerei o olhar de censura misturada com raiva do menino - filho do dono do entreposto - que me olhava desconfiado mas que não tinha coragem de me acusar de ladrão-safado.

Ninguém por perto na seção de clássicos de um sebo popular no centro de São Paulo. Era só pegar e esconder. Um velho casaco com um bolso interno absurdamente grande seria o receptor do meu arriscado entretenimento. Feito! Ninguém viu, ninguém percebeu. Agora só resta sair sem demonstrar nervosismo ou qualquer indício de canalhice. Bastava cruzar a porta e misturar-se na multidão. Ninguém soube, ninguém saberá, pelo menos até hoje.

Desci as escadas em direção ao banheiro masculino. Estava frio, muito frio em Porto Alegre. Sem querer esbarrei numa faca peixeira enorme, daquelas que os gaúchos usam para cortar carne de churrasco e são acomodadas na cintura. Era toda bonita, nova e enfeitada. Estava lá, esquecida. E ninguém mais no banheiro. Não duvidei e guardei-a para mim. Minutos depois, ouvi passos descendo a escada. Era um rapaz de bigode e bombacha, perguntando se tinha visto a faca dele. Eu, adolescente corajoso, falei que não. O bagual não se deu por satisfeito e revirou novamente as dependências do lugar. Nada encontrado, refez a pergunta. E eu, adolescente imberbe, falei que estava com ela. Fiquei tremendo de medo e após ouvir impropérios e ameaças, saí do banheiro. Na mesa do restaurante, a minha namorada aguardava com um pedaço de picanha recém saído do espeto.

Encarei a multidão. O Sebo não notou o meu furto desqualificado. Não foi a última vez que furtei livros, pois a minha mania de querer levar vantagem em tudo continua. É arriscado e tenebroso mas culturalmente enriquecedor.

outubro 2003

Volver

De fato, o filme tem cenas muito tocantes. E talvez só alguém do sexo feminino para conseguir apreender todas as suas nuances. Eu, particularmente, não gostei das possibilidades que o Almodóvar trilha no começo e que no fim, abre mão. É como se entre o fantástico e o real, tivesse optado pelo último. Teria sido um filme mais poético se continuasse pela linha da superstição e do realismo fantástico, em outras palavras, se o conflito fosse entre as filhas sofredoras e a mãe que veio do além.

15 de noviembre de 2006

Mino Carta

Brasil e Venezuela
Os jornalões nativos, em tons diferentes, soletram hoje com transparente irritação (ou indignação?) que Lula, em visita à Venezuela, apóia Chávez e “volta a atacar a elite e a imprensa brasileiras”. Pergunto aos meus pacientes botões: seria possível diferenciar os tradicionais donos do poder verde-amarelo da nossa imprensa, e da mídia em geral? E seria possível evitar a comparação entre Brasil e Venezuela, no que diz respeito à prepotência da elite golpista e do vertiginoso desequilíbrio social? Lá ainda é pior, mas vamos reconhecer, numa boa, que em matéria de vocação golpista (ou seria instinto?) dos senhores e sua mídia, e de injustiça social (somos vice-campeões mundiais em má-distribuição de renda), por aqui não brincamos em serviço. Mino Carta.

13 de noviembre de 2006

Na fila do Itaú II

O meu amigo voltou na agência. Desta vez, não tinha qualquer desculpa para aproximar-se dela. Apenas ficou olhando. Contemplando-a de longe. Tão ensimesmado que acabou entrando na fila da terceira idade. Todo mundo reparou, pois longe do meu amigo aparentar mais de 65 anos ou estar grávido. Veio um segurança. Veio outro. E ela lá atrás do balcão. Impávida e cruel e cada dia mais linda. To be continued...

Mentos & Coca - uma mistura porreta!!!

2 scientist doing mentos experiment

http://www.youtube.com/watch?v=5Zh1jYN2JPs

10 de noviembre de 2006

Salve-se quem puder...

O que me chamou mais a atenção, não foi vê-la totalmente inerte, com olhos arregalados e agonizante. Não. Foi ver as minúsculas pulgas começarem a abandonar o corpo. Como se o barco estivesse afundando. Como se um grito de salve-se quem puder tivesse sido dado. Uma cena melancólica e triste. E bastou o corpo esquelético começar a esfriar para que as pulgas fugissem, pulassem literalmente fora. Fiquei em pé, observando. E pensar que também há sujeitos que vivem fazendo isso, aliás, vivem disso.

7 de noviembre de 2006

Torcida invade a sede do Palmeiras para protestar!!!

O fracasso do Palmeiras e da Portuguesa e a mediocridade do Corinthians e outros times, são tudo fruto da incompetência não dos jogadores e corpo técnico e sim dos dirigentes. Não há mais como negar isso. O futebol brasileiro, com raras exceções, é tocado pelos mesmos políticos que estragam o país.

4 de noviembre de 2006

Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Talvez esteja errado. Talvez. Mas deixar a premiação para pessoas que na sua grande maioria não fazem mais nada do que assistir todos os filmes da Mostra, é no mínimo complicado. Ver os filmes da Mostra Internacional de Cinema, virou uma atividade de lazer, consumo e entretenimento que seria o mesmo que fazer compras no Shopping. Cinema de verdade precisa de contemplação e reflexão, algo impossível quando se assiste a mais de um bom filme por dia.

Caos no Ar

A cada dia que passa fico mais e mais convencido de que a pauta da grande imprensa obedece apenas aos interesses gerais (classe média e elites) e aos interesses particulares (jornalistas e patrões). Isso explica o estardalhaço todo en torno do caos nos aeroportos nesse feriadão. O Estado de São Paulo dedicou um caderno inteiro ao assunto com tanta gravidade e sensacionalismo que parecia que tivesse acontecido um tsunami em Santos ou coisa pior. O assunto é sério e crítico mas por que dar tanta cobertura se comparado com as greves dos bancários ou da previdência - que atinge uma parcela muito maior da população com consequências muito piores...

1 de noviembre de 2006

Guerra declarada!

De Jorge Bornhausen, presidente do PFL: "Nossa trincheira é o Congresso Nacional..." Quer dizer, em outras palavras, que o PFL declarou guerra ao próximo governo sem mesmo ele ter começado? E só de imaginar o Bornhausen de capecete ao lado do Heráclito Fortes como guarda-costas, já dou muita risada...